CPMF: O febeapá dos embusteiros

Tributos

"Uma mentira repetida mil vezes vira verdade?"

Mentira,  pois que pela milésima vez os pigmeus aloprados da Foia da Chuiça malograram na tentativa de convencer seus parvos leitores de mais um embuste:  a CPMF é nociva.

O Febeapá (*) que se segue é pouca bobagem. Os supostos "malefícios" recairiam sobre estúpida minoria que, para frear a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), lançaram mão do movimento conhecido como "Cansei, tô cansadinho...Aff!", com pomposas madames a protestar pela Av. Paulista com seus cãezinhos poodles, fazendo-se ecoar pelas trombetas de programinhas de TV (quinta categoria, é elogio), passando pelas páginas dos jornalões todos ávidos por verem seus patrões livres da inquisição da Receita Federal sobre seus patéticos patrimônios e chegando até as mais altas cortes do empresariado nacional, representado, naquela oportunidade, por seu patrono Paulo Skaff.

O raciocínio (?) seria parvo, se tal indigência não fosse conhecida: aprendizes de feiticeiros cooptados pela bancada de Daniel Dantas (banqueiro bandido e condenado) na grande imprensa, conforme  as mais insuspeitas análises do relatório da Satiagraha. Portanto, "boa-fé" é só o que se pode esperar daí.

Irônico é que, justamente, o que se tenta argumentar contra a CPMF justifica-a prontamente. Senão acompanhemos a ribalta:

  •  "Depois que o Senado impediu a renovação do imposto do cheque, no final de 2007, criou-se um novo instrumento: a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira. Trata-se de uma declaração que bancos estão obrigados a fazer."
É de se chorar de rir. Imagine só, num país tão metódico quanto o Brasil, sobretudo no que diz respeito à "supervisão" dos bancos,  tarefa por demais penosa ao Bacen, se algum Banco se insurgiria a quebrar a tão zelosa Lei do Sigilo Bancário. Só esta bastaria para escurraçar o embuste  demagógico  de afronhados, não tivesse o Brasil assistido horrorizado a repentina quebra do Banco Panamericano (do Grupo Silvio Santos), sob a complacência de sócios como Caixa Econômica Federal e a supervisão tão "criteriosa e eficiente" do nosso Banco Central.

Então, a pergunta que deve ser feita é: a quem interessa impedir a CPMF?

Os febeapás correm às pencas em colunas dos jornalões moribundos, denunciando os interesses de uma minoria de privilegiados,  que não se fazem de rogados quando veem seus seculares privilégios ameaçados. E alguém ousaria desmentir o temor que se tem em pagar o Imposto de Renda devido?

A saúde da esmagadora maioria da população que se moa, diria o Jornalista maior desse país.

Está mais que provada a necessidade desse tributo como fonte financiadora da saúde pública, por ser uma das (senão a única) formas mais justa, e menos sofrida, de se matar dois coelhos com uma só cajadada:
  1. financiar um sistema de saúde que jaz por falta de recursos (humanos, tecnológicos e financeiros)
  2. combater a sonegação de forma efetiva - só há um meio eficaz para tal: a marcação da movimentação financeira.
Enfim, e não por fim, lastimável como o frágil e irracional ataque ao imposto do checão continue sendo absorvido pelos aspirantes a privilégios de uma zélite hipócrita, retrógrada, avarenta, peçonhenta e abjeta - sobretudo pelos colonistas dos jornalões da Chuiça.

É de se considerar factível a mudança de CPMF para CPMF: Contribuição Permanente sobre Movimentação Financeira.

(*) Febeapá: Festival de Besteiras que Assolam o País

Tato De Macedo

Comentários

Marilda Oliveira disse…
Prezado Tato, Eu sou contra a CPMF, devido o esquema em que ela foi administrada desde seu início fugindo totalmente seu objetivo principal. Torcemos que o governo futuramente adote novas sistemáticas de gerenciamento para: (Saúde x controle dos ricos)

http://comportamentopolitico.blogspot.com/2010/11/cpmf-direcionada-para-saude-2-nao.html
Tato de Macedo disse…
Marilda, já eu sou a favor de uma saúde pública com a mesma qualidade e eficiência vista pela saúde privativa às elites.

Essas mesmas que dizem contra, mas que quando no poder foram a favor de sua implementação.

Você, por exemplo, que não precisa se utilizar de um posto de saúde, por acaso, é a favor do IOF complementar?

Abs
Marilda Oliveira disse…
Eu tb Tato sou a favor de uma saúde pública de qualidade para o povo brasileiro.
Sou contra CPMF , IOF complementar ou qualquer imposto que recaia sobre o trabalhador assalariano; - no final o único prejudicado.
A Receita Federal aliada ao Banco Central, deve utilizar outras alternativas para identificar as milionárias contas bancárias destas que vc (eu tb) identifica como elite privativa. Para consertar a casa a Presidente deverá a meu ver pedir em caráter urgente a reforma tributária.
Tato de Macedo disse…
Marilda, isso mais parece aquele discurso das zélites disseminadas entre o povoão: "queremos uma democracia, sim" (mas sem povo).

Como ser possível querer uma saúde de qualidade sem dinheiro?

Irônico é que parvos que entram nesse movimento de manada contra o novo imposto, não percebem que continuam a pagar a alíquota de 038% (IOF complementar).

O resto é conversa afiada para se manter tudo como está: sonegadores protegidos e saúde em estado terminal.

Abs

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