Oportunidade: O melhor momento para comprar ação da Petrobras é hoje, na oferta

 Petrobras: Marca Forte

Nesta quarta-feira (22) encerra-se o período de reserva para a distribuição no varejo de ações da oferta primária da Petrobras (PETR3, PETR4), além de terminar também o prazo máximo para a adesão à oferta por meio dos fundos de investimento em ações constituídos para participar da emissão.


A última quinta-feira (16) marcou o fim do período de reservas para a oferta prioritária da estatal, que irá atender, de acordo com o limite proporcional de subscrição, apenas aos acionistas que tivessem posição sob custódia de papéis da companhia no dia 10 de setembro. O número de ações garantidas pelo direito de subscrição a esses investidores depende da variação da posição entre o dia 10 e o dia 17 de setembro, já que o limite será calculado de acordo com a variação proporcional da posição entre as duas datas. 

Com os prazos de reserva encerrados, aproxima-se o dia 23 de setembro, data em que o preço por ação será divulgado. Após tantas especulações, incertezas e críticas envolvendo o processo de capitalização da estatal, 49,35% dos 2.235 leitores que responderam à enquete do Portal InfoMoney acreditam que a oferta de ações da estatal representa o melhor momento para a compra dos papéis. 

Ação mais barata que mercado, sem diluição
Entender o pensamento que leva a essa resposta não é difícil, embora analistas ressaltem que muitos riscos ainda envolvem a companhia. Por causa da expectativa - e das incertezas - com o processo de capitalização, investidores vem penalizando as ações, e a companhia perdeu cerca de um quarto de seu valor de mercado nos últimos nove meses. 

A ideia, disseminada entre agentes de mercado, é de que assim que essa "amarra" for desfeita, os ativos da estatal poderão voltar a caminhar e recuperar, ao menos em parte, o valor perdido ao longo do ano. Desse modo, a oferta de ações pode representar uma oportunidade, até mesmo porque existe a expectativa de que as ações sejam ofertadas por um valor inferior ao que são atualmente negociadas. 

Para que seja o menor valor possível, investidores têm pressionado os papéis com bastante força. Além disso, parte dos investidores fica atento ao fato de que a decisão de não participar da oferta de ações resulta, de acordo com cálculos da própria Petrobras, em diluição de cerca de 30% na participação acionária na empresa. A diluição é ruim porque o lucro, na forma de dividendos, por exemplo, pode se manter constante, mas o investidor que tiver sua participação reduzida irá receber uma proporção menor. 

FGTS: expectativa de bom retorno
Para quem pretende utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a oferta também parece um bom negócio. De acordo com as regras para o uso do fundo na capitalização da Petrobras, os trabalhadores que já investiram na estatal por através do FGTS em 2000 e que ainda mantêm os papéis podem fazer reserva de ações num limite de até 30% do saldo disponível.

O grande atrativo é a perspectiva de um retorno maior. Quem optou pela compra de ações da Petrobras em 2000 com recursos do FGTS teve uma rentabilidade de 619,67% no período de 10 de agosto daquele ano até 10 de setembro deste ano, enquanto quem deixou o dinheiro no fundo teve um retorno de 65,62% no mesmo intervalo.

Isso significa que quem possuía R$ 1 mil naquela época e manteve a aplicação conta com um rendimento de R$ 6.196,70 (sem considerar o principal). Já quem manteve os recursos no fundo dos trabalhadores ganhou R$ 656,20, uma diferença de R$ 5.544,50.

Nem todas as incertezas se dissiparam...
Alguns, no entanto, preferem evitar as incertezas que ainda rondam a oferta, como o sucesso em atingir demanda suficiente no que deve ser a maior oferta de ações na história mundial, e adiar os planos de compra. Cerca de 16,24% dos leitores que responderam à enquete disseram que preferem comprar as ações logo após a oferta, de modo a não passar por esse período turbulento, em que ainda não é sabido se a emissão de ações teve boa recepção, tanto no mercado interno quanto no internacional.

Uma pista dada em relação a esse assunto foi a ampliação do lote adicional. Em nota ao mercado na sexta-feira (17), a Petrobras informou ter elevado de 10% para 20% o limite do lote adicional da oferta de ações. De acordo com gestores procurados pela InfoMoney, o anúncio sinaliza demanda aquecida pelos novos papéis da estatal.

Para um dos gestores entrevistados pela reportagem - que pediu anonimato devido a possíveis penalizações futuras -, o movimento “tem sim a ver com a procura acima das estimativas da estatal”. Também na avaliação do UBS o movimento da Petrobras de elevar o limite do lote adicional da oferta de ações sinaliza alta procura pelos novos papéis da estatal. No entanto, o fato não deflagra o otimismo de Lilyanna Yang, analista responsável pelo relatório. “O movimento significa uma demanda mais elevada, mas para quem e a que preço?”, afirmou a analista.

...e boa parte não vê razão para otimismo
Um dos pontos negativos abordados é o apetite das instituições federais – a saber, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Fundo Soberano – por uma fatia mais significativa na companhia, “dado o impacto positivo no superávit primário do País após a implementação da MP (Medida Provisória) 500".

Além disso, a demanda pode estar alta, mas, como já foi dito, a preços abaixo do mercado, já que é interesse da companhia incentivar a participação de acionistas minoritários, para assim conseguir levantar entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões em dinheiro. Por isso, o UBS recomenda venda dos papéis da Petrobras. 

Dentre os leitores que responderam à enquete, parte significativa mantém posição semelhante à da analista do UBS: 26,49% dos 2.235 usuários que responderam à pergunta abaixo disseram que ainda não é hora de comprar Petrobras. 
Considerando a oferta da Petrobras,
você acha que o melhor momento para comprar é: 
Opção Respostas   Usuários 
Agora, na oferta 49,35% 1103
Logo depois da oferta 16,24% 363
Até o final do ano 4,30% 96
Somente em 2011 3,62% 81
Não é hora de comprar Petrobras 26,49% 592
Fonte: InfoMoney; enquete realizada com 2.235 usuários
O resultado não tem valor de amostragem científica
Fonte: web.infomoney.com.br

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