Côncavo e Convexo: Parlamentares brasileiros são os mais caros do mundo

Congresso

Parlamentares brasileiros são os que mais pesam no bolso dos cidadãos na comparação com sete outros países
Confronto entre os rendimentos, benefícios e assessoramentos recebidos por parlamentares de Brasil, Chile, México, Estados Unidos, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália mostra que brasileiros são os mais caros

Por Tato De Macedo


Recente estudo da Transparência Brasil (*)  demonstrou que, excetuando-se o Congresso dos Estados Unidos, o Congresso brasileiro é o mais caro num conjunto de dozes países em termos absolutos. 

Quando se levam em conta as disparidades de custo de vida e nível de renda dos diversos países e se ponderam os montantes conforme a renda per capita, os custos totais do Congresso brasileiro ultrapassam os dos Estados Unidos e chegam ao topo da escala.
  • Ou seja, a população brasileira é a que mais paga para manter o Congresso entre todos ospaíses examinados.
A comparação levava em conta a totalidade dos orçamentos das Casas examinadas. Grande parte desses orçamentos é dirigida para cobrir custos de manutenção, folha de pagamento de funcionários permanentes, obras e outros. Outra parcela corresponde a gastos diretos com cada parlamentar.

O estudo se dirigiu a esses gastos: quanto os congressistas de países selecionados custam, em termos reais, para o bolso da população, em comparação com o Brasil. O que se verificou para o orçamento geral se repete: 
  • considerando-se salários, benefícios e cobertura de custos com assessores o Brasil supera os gastos de todos os sete países examinados. 
O contribuinte brasileiro paga mais para manter um mandato de senador ou deputado do que o contribuinte dos EUA, o país mais rico do mundo. Outro dado verificado na presente análise diz respeito à política de contratação de assessores e consultores.

Não há paralelo, em países da América Latina, da Europa Ocidental ou nos Estados Unidos, o que ocorre no Brasil: montantes elevadíssimos de recursos públicos são dirigidos, sem qualquer critério ou controle, à contratação de assessores, os quais, na virtual totalidade das vezes, não passam de cabos eleitorais pagos com dinheiro público.

Também a contratação de consultores é submetida a filtros mais rigorosos em outros países. No Brasil, isso se faz contra a apresentação de notas fiscais que, até recentemente, eram mantidas em segredo, sem possibilidade de controle independente.

Independente de sua preferência ideológica ou partidária, vale chamar atenção para um fato: o Brasil não é uma democracia (strictus sensus), porque o povo não participa das decisões, pois deveria ser governado por representantes do povo, que não eximissem o povo de decidir questões de seus interesses.

Nesse estudo, para cada país examinado foram detalhados gastos no que diz respeito a:
  1. salários; 
  2. contratação de assessores (e um sub-item no qual se analisa a política de contratação de consultores); 
  3. verbas de representação.
Estamos em ano de eleição e já somos vilipendiados por todos os lados por essas moscas eleitorais que a cada dois anos prometem o paraíso ao povo, e independente de sua preferência ideológica ou partidária, caro amigo navegante (virtual ou imaginário), vale chamar atenção para um fato: 
  • O Brasil não é uma democracia (em seu sentido pleno), porque o povo não participa das decisões, pois deveria ser governado por representantes do povo que não o eximissem de decidir questões de seus interesses. 
Ocorre que não apenas eximem, como quanto pior omitem saber dessas decisões com o silêncio ensurdecedor de boa parte da mídia que, convenientemente, pactua (e se beneficia) dessas mazelas.

Para quem ainda acredita nessa república (democrática) representativa, este bloguista aconselha ler esse estudo, na íntegra, o qual encontra-se disponível para consulta no formato pdf em:
(*) http://www.excelencias.org.br/docs/CustosCongressistas.pdf

    E pensar, seriamente, em outras formas de governo como a Democracia Direta, na qual a população não apenas se responsabilize pela escolha de seus representantes quanto se responsabilize pelas decisões dos assuntos que lhe atinem. E todos as questões atinem,direta ou indiretamente.

    Os meios já os temos em farta abundância (perdoem-me o pleonasmo), falta apenas coragem para se insurgir e surgir como agente de sua história.
    Fonte: Projeto Excelências da Transparência Brasil.Org

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