Mercado: Petrobras vê forte demanda de petróleo para Brasil, China e Índia


Em teleconferência para falar de seu plano de negócios do período de 2010 a 2014, a Petrobras (PETR3; PETR4) destacou a importância do segmento de E&P (Exploração e Produção), mas reiterou que vai focar fortemente em refino de petróleo, amônia e biocombustíveis.

Segundo o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, diferentemente dos países mais desenvolvidos (como Estados Unidos e Japão), o Brasil, a China e a Índia vão continuar demandando bastante petróleo, inclusive para transporte.

Contudo, para aumentar a oferta de acordo com a demanda, serão necessários de 43 a 48 milhões de barris por dia de produção adicional até 2020 e de 65 a 78 milhões de barris/dia a mais para 2030.

“Projetamos que cerca de 59% dessa produção adicional virá de reservas ainda não descobertas ou reservas descobertas sem plano de desenvolvimento. Outros 28% de melhoria em campos em produção já existentes e 13% com produção em desenvolvimento. Haverá, assim, um grande desafio de oferta para atender a demanda”, comentou Gabrielli.

Brasil

Ele falou que o Brasil, especificamente, ainda demandará bastante petróleo, sendo já um importante consumidor da commodity, com demanda diária de dois milhões de barris. A companhia diminuiu, inclusive, a porcentagem de investimentos separada para o mercado externo entre o planos divulgados em 2009 e 2010, passando de pouco mais de 9% para 5% do total neste ano (US$ 11,7 bilhões).

“Entre 2009 e 2010, nós aumentamos o plano de negócios para quatro anos de US$ 186,6 bilhões para US$ 224 milhões. Essa diferença é principalmente em novos projetos que incluem o pré-sal, logística de produção e transporte, aumento na utilização do óleo doméstico e monetização do gás natural”, fala o presidente.

Setores

Somente para o setor de E&P (Exploração e Produção), serão alocados US$ 118,8 bilhões (53% do total), com US$ 33,0 bilhões para pré-sal e US$ 75,2 bilhões no pós-sal.

Segundo o presidente da Petrobras, o pré-sal produzirá 241 mil barris por dia de petróleo até 2014, de um total de 2,980 milhões de produção brasileira da estatal. Em 2020, esta produção saltará para 1,078 milhão de barris/dia proveniente do pré-sal ante 3,950 milhões do total.

Já para o segmento de RTC (Refino, Transporte e Comercialização), a companhia reservou 30% de seu plano de investimento, o que representa US$ 73,6 bilhões, com planos de novas refinarias, modernização e qualidade dos combustíveis (diminuição da quantidade de enxofre gerada, visando atender parâmetros exigidos pelo mercado internacional) somando 70% desses investimentos.

“Em 2009, a capacidade de refino da Petrobras estava abaixo da produção e da demanda de derivados. Contudo, projetamos para 2020 um novo quadro com o refino maior que a demanda”, comenta Gabrielli.
O presidente comentou ainda sobre o objetivo de aumentar sua participação em produção de amônia (e fertilizantes em geral) e etanol (e biocombustíveis em geral), principalmente com expansão de projetos já existentes no Brasil por meio de parcerias estratégicas, como a anunciada na segunda-feira com a São Martinho.

Fonte: web.infomoney.com.br

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