Cinema: American Gangster
Dica de DVD
American Gangster
Foi com a naturalidade de angariar algumas estatuetas do Oscar, que chegou às telonas nos EUA, em 2007, e em 2008, no Brasil, a incrível película American Ganster. Todo o seu esplendor é apenas constatado e não chega com surpresa depois de todo o markting e divulgação de que foi alvo.
Ganster Americano foi, sem dúvida, uma das melhores produções daquele ano (e, obviamente, das que este bloguista teve a oportunidade de assistir).
Como um filme baseado em fatos verídicos, cativa pela temática mas também nos deixa indignados com o nosso poder público, nossas cortes supremas (sobretudo) envolvidas com o crime organizado.
O próprio enredo não poderia ser tão criativo quanto o foi, caso não tivesse saído da cabeça de quem saiu, esta sim iluminada: Ridley Scott. Eis o ponto.
Como um filme baseado em fatos verídicos, cativa pela temática mas também nos deixa indignados com o nosso poder público, nossas cortes supremas (sobretudo) envolvidas com o crime organizado.
O próprio enredo não poderia ser tão criativo quanto o foi, caso não tivesse saído da cabeça de quem saiu, esta sim iluminada: Ridley Scott. Eis o ponto.
Depois da morte do seu mentor, Bumphy, Frank Lucas (Denzel Washington), começa a trabalhar por conta própria e torna-se no maior importador direto de heroína para New York. Comprando diretamente dos produtores, sedeados no sudoeste asiático, Frank transporta-a de modo camuflado nos caixões dos soldados mortos na guerra do Vietnã.
Tendo um produto de qualidade superior e a um preço mais baixo, Frank torna-se a maior referência do mundo da droga dos Estados Unidos, mantendo contatos com agentes da polícia, governantes e pessoas do mundo do espectáculo.
É então que surge em cena um detetive honesto, Richie Roberts (Russell Crowe), encarregado de liderar a força de elite que irá combater os narcóticos na sua zona. A sua investigação começa pouco a pouco a aproximar-se do homem certo à medida que o mundo de Frank Lucas vai-se esmorecendo.
Como já dito, American Gangster foi uma das melhores ofertas do mundo cinematográfico daquele ano. Para além de um argumento bem adaptado, presenteia o público com uma grande prestação de Denzel Washington e momentos de verdadeira adrenalina, não no aspecto de o filme ser rápido, mas porque é intenso o suficiente para nos manter alerta em todas as quase três horas de filme.
Russell Crowe não perde créditos para Denzel, mas fica menos no olho pois a sua personagem é menos explorável. Fica o sentimento de alguma “revolta” (leia-se, tristeza) por não haver aqueles momentos cara-a-cara entre os dois que iriam ser com certeza memoráveis. No entanto esse sentimento pode ser minorado assistindo ao DVD, cujas cenas cortadas (ou censuradas) na versão para o cinema é exibida em sua plenitude no outro formato.
Quanto ao senhor por detrás da câmara, Ridley Scott, o que dizer senão que é um mestre. Trabalha a imagem de Frank Lucas de uma forma tal que a plateia chega até gostar do criminoso e ter-se alguma pena do senhor, mas ao mesmo tempo mostra o seu lado negro com uma consistência inigualável, ensejando saber, afinal, o que lhe acontece depois.
Muito bem produzido e com uma fotografia muito bem enquadrada. É, em resumo, praticamente obrigatório, para quem gosta de cinema baseado em fatos reais e, obviamente, para quem aprecia um bom filme.
(Resenha baseada no Blog Português Depois Falamos)
Comentários: Nas palavras do impoluto Ministro Joaquim Barbosa:
- “A impunidade no Brasil é planejada, é deliberada. As instituições concebidas para combatê-las são organizadas de forma que elas sejam impotentes, incapazes na prática de ter uma ação eficaz.”
- “ … o Poder Judiciário tem uma parcela grande de responsabilidade pelo aumento das práticas de corrupção …”
- “A generalizada sensação de impunidade … é reforçada pela atuação do Pode Judiciário, das suas práticas arcaicas, das suas INTERPRETAÇÕES LENIENTES (ênfase de PHA) … Para ser minimamente eficaz, o Poder Judiciário brasileiro precisaria ser reinventado.”
- “Temos um problema cultural sério: a passividade com que a sociedade assiste a práticas chocantes de corrupção … tudo isso vem confortar a situação dos corruptos…”
- “Elas (a sociedade) deviam externar a sua indignação”.
- “Ela (a elite) deveria abandonar a clivagem ideológica e partidária que guia as suas manifestações (contra a corrupção)”.
Para quem se interessar, pode baixar o filme em 2 partes (+ legendas):
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