Livro: Alma Palestrina
"ALMA PALESTRINA"
Jornalista do Verdão lança livros sobre a história do Palmeiras
Da Agência Palmeiras
O livro conta a história de Heitor, que jogou pelo Verdão de 1916 a 1931
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Imagine um jogador de futebol que também teve sucesso na prática do atletismo, do vôlei, do basquete e do tênis de mesa, sempre defendendo as cores de um mesmo clube. E mais, depois de tudo isso se tornou árbitro, tendo sido convidado para apitar a partida inaugural do Estádio do Pacaembu. Conhece alguém com esse perfil? Talvez para os tempos atuais seja inimaginável uma pessoa conseguir essa proeza, mas a torcida do Verdão pode se orgulhar de ter tido um esportista assim presente em sua história.
Trata-se de Ettore Marcelino Domingues, ou só Heitor, como ficou conhecido pelos torcedores, maior artilheiro de todos os tempos do Palmeiras, com 327 gols. Foi o primeiro grande ídolo do time, nas décadas de 1920 e 30, quando o time ainda se chamava Palestra Itália.
Mas apesar de tantos feitos, o nome ainda é desconhecido por grande parte da massa palestrina. Heitor viveu em um período no qual a cobertura esportiva ainda era incipiente, razão pela qual há poucos registros sobre sua história, apesar de ter-se eternizado no coração de um povo. Com o objetivo de preservar essa memória, o fanático palmeirense Fernando Razzo Galuppo publica, pelo selo “Paixão entre Linhas”, da Editora Leitura, Alma palestrina.
Mais do que uma biografia do genial Heitor, Alma palestrina é uma forma de gratidão a quem começou uma história gloriosa nos gramados do mundo inteiro. Como diria o autor Galuppo, uma homenagem a um exemplo de disciplina, dedicação e superação, qualidades que definem a chamada conduta palestrina, perpetuada ao longo das gerações pelas famílias palmeirenses.
Mas a trajetória alviverde é esmiuçada mesmo, de Heitor a Marcos, em O time do meu coração. Também organizado por Fernando Razzo Galuppo, este pocket book é um verdadeiro guia que trás todas as informações essenciais sobre o Verdão. Com capítulos dispostos de uma maneira que facilita a leitura, a obra oferece ao leitor todo o histórico do clube, década a década, fichas dos principais jogos, todos os títulos, atletas que mais defenderam o time, maiores artilheiros, patrimônio e muitas curiosidades, e fazem parte da coleção de estreia do selo "Paixão entre Linhas".
Prestigie o lançamento dos livros Alma palestrina e O time do meu coração:
Dia 01/12 - Terça-feira
19h - Saraiva Megastore/Shopping Ibirapuera
Av. Ibirapuera, 3103
Confira entrevista com Fernando Razzo Galuppo, autor do livro Alma palestrina e jornalista do Verdão:
O que faz do Palmeiras um clube diferente de todos os outros? Por que o torcedor do Verdão deve ter orgulho de seu clube?
Fernando Galuppo: O volume de conquistas nas mais de 36 modalidades ao longo dos seus 95 anos é o que mais diferencia o Palmeiras das demais equipes brasileiras e mundiais. O Palmeiras é um sonho olímpico que ultrapassa gerações, além de estar entre as principais equipes do futebol mundial. Para se ter uma ideia, o Verdão foi aclamado no ano 2000 como o Clube Campeão do Século XX tanto no futebol quanto no futebol de salão, por haver conquistado os principais títulos oficiais que disputou. O Palmeiras é o único clube mundial que vestiu a camisa da seleção nacional do seu país no basquete, futsal, hóquei e futebol. O orgulho de ser palmeirense começa a partir do momento em que o clube supera duas Guerras Mundiais, crises internas e externas, pressões políticas e perseguições pela sua ascendência e raiz italiana na sua iluminada fundação, que levaram a instituição a mudar de nome de Palestra Itália para Palmeiras. Para o palmeirense, o seu clube está além da esfera esportiva. É um estado de espírito que está acima de ganhar ou de perder. É uma tradição que se renova de pai para filho. Ele vive o Palmeiras 24 horas por dia de modo visceral e apaixonado. Para o palmeirense não existe o meio termo. Ou estamos no céu. Ou estamos no inferno. Nunca inertes. Sempre inovando através do seu característico pioneirismo, seja nas arquibancadas ou nas ações promovidas pela instituição.
Cite um jogo inesquecível na trajetória do Palmeiras.
FG: Não dá para citar apenas um jogo marcante na vida do Palmeiras. Todo jogo do Palmeiras é inesquecível. Mas, para constar: Palmeiras 4 a 0 no Corinthians em 12/6/1993. Vitória épica que tive o imenso prazer de assistir ao lado do meu querido pai no estádio do Morumbi. Ao longo da história, gostaria de estar presente no estádio nos seguintes jogos: Palestra Itália 2 a 0 no Savoia em1915, Palestra Itália 2 a 1 no Paulistano em 1920, Palestra Itália 8 a 0 no Corinthians em 1933, Palmeiras 3 a 1 São Paulo em 1942, Palmeiras 2 a 2 Juventus da Itália em 1951 e Palmeiras 3 a 0 Seleção do Uruguai em 1965.
Quais os maiores ídolos da história do clube?
FG: Os meus ídolos palmeirenses que nunca tive o prazer de vê-los jogar, e daria tudo nesta vida para ter este privilégio, são: Heitor, Ministrinho, Lima, Junqueira, Waldemar Fiume, Oberdan Cattani, Dudu e Ademir da Guia. Já aqueles que acompanhei como torcedor no campo são: Velloso, meu primeiro grande ídolo, Careca Bianchesi, Cesar Sampaio, Evair, Edmundo, Zinho, Galeano, Edmundo, Arce, Marcos, Vagner, Valdivia e Kleber.
No processo de elaboração do livro, houve alguma informação sobre o clube que o surpreendeu?
FG: Sem dúvida que sim. A riqueza moral, social e esportiva da gente palestrina-palmeirense no período pesquisado [décadas de 10, 20 e 30] é algo que nos faz repensar a nossa conduta nos tempos atuais. A cordialidade. A harmonia. A perseverança. O amor. A superação. O espírito combativo e empreendedor daquela gente é o maior patrimônio que nos foi legado. Resgatar estas premissas é missão de fé de todos aqueles que respeitam e amam o Palmeiras, para que os nossos filhos e netos possam sentir este mesmo orgulho que senti e sinto quando mergulho naquela época.
Qual o episódio mais curioso da história do Palmeiras?
FG: São diversos. Mas o mais emblemático é a conquista palmeirense do Mundial Interclubes em 1951. Creio que ali é o ápice de um sonho alimentado durante anos e anos por aquele grupo de imigrantes italianos que fundaram o Palestra Itália nos idos tempos e tiveram a dignidade e o mérito de superar todos os obstáculos que lhes foram impostos e colocaram o nome do Palmeiras em letras douradas no patamar mais alto da esfera esportiva.
Para terminar, o que acha da dobradinha entre futebol e literatura?
FG: Acho vital. A literatura é uma ferramenta imprescindível para elevarmos a cultura do nosso povo. O futebol é uma linguagem universal que toca o coração dos brasileiros. Ter o privilégio de unir estes dois hemisférios é algo gratificante. Pois, além de um resgate histórico, estamos plantando uma semente que poderá germinar e mudar toda a humanidade. O homem sem a sabedoria contida nos livros estaria relegado a um destino errante.
Trata-se de Ettore Marcelino Domingues, ou só Heitor, como ficou conhecido pelos torcedores, maior artilheiro de todos os tempos do Palmeiras, com 327 gols. Foi o primeiro grande ídolo do time, nas décadas de 1920 e 30, quando o time ainda se chamava Palestra Itália.
Mas apesar de tantos feitos, o nome ainda é desconhecido por grande parte da massa palestrina. Heitor viveu em um período no qual a cobertura esportiva ainda era incipiente, razão pela qual há poucos registros sobre sua história, apesar de ter-se eternizado no coração de um povo. Com o objetivo de preservar essa memória, o fanático palmeirense Fernando Razzo Galuppo publica, pelo selo “Paixão entre Linhas”, da Editora Leitura, Alma palestrina.
Mais do que uma biografia do genial Heitor, Alma palestrina é uma forma de gratidão a quem começou uma história gloriosa nos gramados do mundo inteiro. Como diria o autor Galuppo, uma homenagem a um exemplo de disciplina, dedicação e superação, qualidades que definem a chamada conduta palestrina, perpetuada ao longo das gerações pelas famílias palmeirenses.
Mas a trajetória alviverde é esmiuçada mesmo, de Heitor a Marcos, em O time do meu coração. Também organizado por Fernando Razzo Galuppo, este pocket book é um verdadeiro guia que trás todas as informações essenciais sobre o Verdão. Com capítulos dispostos de uma maneira que facilita a leitura, a obra oferece ao leitor todo o histórico do clube, década a década, fichas dos principais jogos, todos os títulos, atletas que mais defenderam o time, maiores artilheiros, patrimônio e muitas curiosidades, e fazem parte da coleção de estreia do selo "Paixão entre Linhas".
Prestigie o lançamento dos livros Alma palestrina e O time do meu coração:
Dia 01/12 - Terça-feira
19h - Saraiva Megastore/Shopping Ibirapuera
Av. Ibirapuera, 3103
Confira entrevista com Fernando Razzo Galuppo, autor do livro Alma palestrina e jornalista do Verdão:
O que faz do Palmeiras um clube diferente de todos os outros? Por que o torcedor do Verdão deve ter orgulho de seu clube?
Fernando Galuppo: O volume de conquistas nas mais de 36 modalidades ao longo dos seus 95 anos é o que mais diferencia o Palmeiras das demais equipes brasileiras e mundiais. O Palmeiras é um sonho olímpico que ultrapassa gerações, além de estar entre as principais equipes do futebol mundial. Para se ter uma ideia, o Verdão foi aclamado no ano 2000 como o Clube Campeão do Século XX tanto no futebol quanto no futebol de salão, por haver conquistado os principais títulos oficiais que disputou. O Palmeiras é o único clube mundial que vestiu a camisa da seleção nacional do seu país no basquete, futsal, hóquei e futebol. O orgulho de ser palmeirense começa a partir do momento em que o clube supera duas Guerras Mundiais, crises internas e externas, pressões políticas e perseguições pela sua ascendência e raiz italiana na sua iluminada fundação, que levaram a instituição a mudar de nome de Palestra Itália para Palmeiras. Para o palmeirense, o seu clube está além da esfera esportiva. É um estado de espírito que está acima de ganhar ou de perder. É uma tradição que se renova de pai para filho. Ele vive o Palmeiras 24 horas por dia de modo visceral e apaixonado. Para o palmeirense não existe o meio termo. Ou estamos no céu. Ou estamos no inferno. Nunca inertes. Sempre inovando através do seu característico pioneirismo, seja nas arquibancadas ou nas ações promovidas pela instituição.
Cite um jogo inesquecível na trajetória do Palmeiras.
FG: Não dá para citar apenas um jogo marcante na vida do Palmeiras. Todo jogo do Palmeiras é inesquecível. Mas, para constar: Palmeiras 4 a 0 no Corinthians em 12/6/1993. Vitória épica que tive o imenso prazer de assistir ao lado do meu querido pai no estádio do Morumbi. Ao longo da história, gostaria de estar presente no estádio nos seguintes jogos: Palestra Itália 2 a 0 no Savoia em1915, Palestra Itália 2 a 1 no Paulistano em 1920, Palestra Itália 8 a 0 no Corinthians em 1933, Palmeiras 3 a 1 São Paulo em 1942, Palmeiras 2 a 2 Juventus da Itália em 1951 e Palmeiras 3 a 0 Seleção do Uruguai em 1965.
Quais os maiores ídolos da história do clube?
FG: Os meus ídolos palmeirenses que nunca tive o prazer de vê-los jogar, e daria tudo nesta vida para ter este privilégio, são: Heitor, Ministrinho, Lima, Junqueira, Waldemar Fiume, Oberdan Cattani, Dudu e Ademir da Guia. Já aqueles que acompanhei como torcedor no campo são: Velloso, meu primeiro grande ídolo, Careca Bianchesi, Cesar Sampaio, Evair, Edmundo, Zinho, Galeano, Edmundo, Arce, Marcos, Vagner, Valdivia e Kleber.
No processo de elaboração do livro, houve alguma informação sobre o clube que o surpreendeu?
FG: Sem dúvida que sim. A riqueza moral, social e esportiva da gente palestrina-palmeirense no período pesquisado [décadas de 10, 20 e 30] é algo que nos faz repensar a nossa conduta nos tempos atuais. A cordialidade. A harmonia. A perseverança. O amor. A superação. O espírito combativo e empreendedor daquela gente é o maior patrimônio que nos foi legado. Resgatar estas premissas é missão de fé de todos aqueles que respeitam e amam o Palmeiras, para que os nossos filhos e netos possam sentir este mesmo orgulho que senti e sinto quando mergulho naquela época.
Qual o episódio mais curioso da história do Palmeiras?
FG: São diversos. Mas o mais emblemático é a conquista palmeirense do Mundial Interclubes em 1951. Creio que ali é o ápice de um sonho alimentado durante anos e anos por aquele grupo de imigrantes italianos que fundaram o Palestra Itália nos idos tempos e tiveram a dignidade e o mérito de superar todos os obstáculos que lhes foram impostos e colocaram o nome do Palmeiras em letras douradas no patamar mais alto da esfera esportiva.
Para terminar, o que acha da dobradinha entre futebol e literatura?
FG: Acho vital. A literatura é uma ferramenta imprescindível para elevarmos a cultura do nosso povo. O futebol é uma linguagem universal que toca o coração dos brasileiros. Ter o privilégio de unir estes dois hemisférios é algo gratificante. Pois, além de um resgate histórico, estamos plantando uma semente que poderá germinar e mudar toda a humanidade. O homem sem a sabedoria contida nos livros estaria relegado a um destino errante.
Fonte: Site Oficial da Sociedade Esportiva Palmeiras
Comentários:
Os últimos acontecimentos do futebol brasileiro bem que poderiam dar uma luz às trevas que assolam o meio jornalístico esportivo. É sabido que os medalhões do PICHA (Partido da Imprensa Chapa Branca) têm o péssimo hábito de chamar patrões de colegas, mas fazer vistas grossas ao que se passa no futebol nacional é considerar o torcedor brasileiro um verdadeiro idiota. Talvez, a grande maioria o seja mesmo, mas é bom que os filhotes dessas castas saibam que há gente que acompanha o futebol, e nem por isso são um bando de maria-vai-com-as-outras.
Refiro-me aos episódios de denúncias de corrupção no futebol a árbitros e entre clubes. Há um tempo atrás um desses medalhões referia-se a um certo presidente, desalojado da casa da Dinda, como "Fernandinho". Sim, ele sempre começava seus comentários pedindo benção ao tal "Fernandinho". Hoje, somos obrigados a ver seus filhotes na mídia repetindo o versinho; mudou apenas o personagem: Ricardinho (O Teixeira).
É de pasmar como todos, uníssonos, resolveram que forjar resultados, entregar jogos, arbitragens suspeitas tornaram-se "coisas do futebol". Não, não são coisas do futebol. São coisas de mau-caráter que dirigem o futebol, a grande mídia e aos quais os aspirantes a privilegiados são meros instrumentos de manutenção do establishment. Que ninguém se engane: ainda falta uma rodada do campeonato marcada para o próximo final de semana, mas o campeonato brasileiro acabou no último domingo.
Talvez, o livro acima divulgado venha servir de inspiração a essas amebas que povoam a mídia esportiva a pensar no futebol do século XXI e parem de achar que vivemos no séc. XIX.
Futebol é um grande negócio.
Futebol é um grande negócio.
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