Economia: Estudo revela que faxineiro é mais valioso que banqueiro

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A Bit Rich?


Calculando o valor real das diferentes profissões

"Quanto tempo será necessário para pagar inteiramente homens da cidade que estão fora da proporção a que outros empregados da sociedade geralmente recebem executando os serviços sociais não menos úteis ou difíceis?" 
(John Maynard Keynes)

Faxineiros são mais valiosos para a sociedade do que banqueiros, diz estudo


Faxineiro
Faxineiros em hospitais gerariam mais 
valor que banqueiros
Pessoas que trabalham fazendo faxina em hospitais têm mais valor para a sociedade do que os funcionários de alto escalão de um banco, concluiu um estudo britânico.

A pesquisa, feita pelo instituto de pesquisas New Economics Foundation, concluiu que o faxineiro de um hospital gera cerca de R$ 30 de valor para cada R$ 3 que recebe.

Já o funcionário do banco (aquele com salário anual a partir de RS$ 1,5 milhão) é um peso para a sociedade por conta dos danos que a categoria causou para a economia global, diz o estudo.

Os especialistas envolvidos no trabalho calculam que este trabalhador destrói cerca de R$ 21 para cada R$ 3 que ganham.

Recomendações

Altos executivos de agências de publicidade, por outro lado, "criam estresse", porque são responsáveis por campanhas que geram insatisfação e infelicidade, além de encorajar consumo excessivo.

E contadores prejudicam o país ao criar esquemas para diminuir a quantidade de dinheiro disponível para o governo, diz a pesquisa.

Já os profissionais em atividades como cuidar de crianças ou reciclar lixo estão fazendo trabalhos que geram riqueza para o país.

A equipe da New Economics Foundation usou uma nova fórmula para avaliar diferentes profissões e calcular a contribuição total que cada uma oferece à sociedade, incluindo, pela primeira vez, seu impacto sobre a comunidade e o meio ambiente.

A porta-voz da fundação, Eilis Lawlor, disse: "Faixas salariais com frequência não refletem o valor real que está sendo gerado. Enquanto sociedades, precisamos de uma estrutura de pagamentos que recompense os trabalhos que geram mais benefícios para a sociedade, não aqueles que geram lucro às custas da sociedade e do meio ambiente".

"Deveria haver uma relação entre o que recebemos e o valor que o nosso trabalho gera para a sociedade. Encontramos uma forma de calcular isso", completa.

O estudo da New Economics Foundation também faz recomendações para uma política de maior alinhamento dos salários com o valor do trabalho.

Comentários:  Segundo o amigo navegante Ricardo Peres , integrante da Rede Protógenes contra a Corrupção, "Parece-me que a sociedade da cultura é inevitável porque se trata de uma questão material. Esse trabalho da NEF (New Economics Foundation) de Londres precisa ser estudado com atenção. "

O artigo acima publicado pela BBC Brasil é apenas uma tradução do resumo da publicação original (em inglês) disponível abaixo:


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"Quanto você ganha pode determinar o seu estilo de vida, onde você pode dar ao luxo de viver, e suas aspirações e status.  Mas até que ponto o "quanto" somos pagos reflete aquilo que "valemos"?  Além de uma noção estreita de produtividade, qual o impacto que nosso trabalho tem sobre o resto da sociedade, e  o retorno financeiro que recebemos correspondem a esta? Será que aqueles que ficam com mais contribuem mais para a sociedade?

O relatório narra a história de seis empregos diferentes.  Optamos por postos de trabalho nos setores privado e público, escolhendo deliberadamente os que ilustram o problema. Três são de baixa remuneração - um auxiliar de limpeza de um hospital, um trabalhador da fábrica de reciclagem e um educador.  Os outros são muito bem pagos - um banqueiro da cidade, um executivo de publicidade e um contador de imposto.  Nós examinamos as contribuições que eles dão para a sociedade, e concluimos que, neste caso, foram os empregos com menor salário que se revelaram mais valiosos.
 

O relatório continua a desafiar dez dos mitos mais duradouros em torno de remuneração e trabalho. Pessoas que ganham mais não necessariamente trabalham mais do que aqueles que ganham menos. O setor privado não é necessariamente mais eficiente que o setor público.  E salários elevados não refletem, necessariamente, talento.

O relatório oferece uma série de recomendações de políticas que reduzam a desigualdade entre os rendimentos diferentes e reconectar os vencimentos com o valor do trabalho." (A Bit Rich - NEF)



Ricardo complementa: "O problema está e sempre esteve na valoração das coisas, no sistema de valores que rege o homem ocidentalizado por dentro e por fora.


O economista Márcio Pochmann entendeu muito bem o contexto brasileiro para a aplicação de um novo sistema de valores. 


Temos gente pensando nisso aqui no Brasil. Vale a pena conferir e divulgar."

Fonte: http://www.neweconomics.org/


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