Mercado: Sobre o risco EUA -1,2,3 e...
Investimentos
Isto posto, onde investir?
Três "riscos" que merecem atenção nos próximos meses
Aquela turminha dos Jardins, que só anda de 4x4, joga lixo na calçada e tem o péssimo hábito de pagar o condomínio atrasado (isso, quando paga), vive a lançar mãos de temores totalmente desprovidos de sentido.
Na tentativa de dar sentido ao non sense da bastarda classe mérdia citada, alguns gestores analisaram friamente as improváveis, mas possíveis, esquisitices:
- novas recaídas das condições financeiras,
- mudanças prematuras de política monetária, e
- fraqueza adicional do consumidor americano.
Estes são, segundo a HSBC Global Asset Management, os três pontos que poderiam reverter o cenário favorável do mercado e, portanto, merecem a devida atenção dos parvos investidores nos próximos meses.
Para a gestora, mesmo com um quadro internacional positivo para o Brasil - frise-se que foi menos afetado pela recente volatilidade - , ainda existem riscos (não esqueça a diferença entre risco e rico: é apenas um $) que devem ser levados em conta no planejamento dos investimentos. "Ainda que não sejam uma grande fonte de preocupação nos próximos meses, é importante que eles sejam monitorados de maneira cautelosa", apontam os gestores.
Para a gestora, mesmo com um quadro internacional positivo para o Brasil - frise-se que foi menos afetado pela recente volatilidade - , ainda existem riscos (não esqueça a diferença entre risco e rico: é apenas um $) que devem ser levados em conta no planejamento dos investimentos. "Ainda que não sejam uma grande fonte de preocupação nos próximos meses, é importante que eles sejam monitorados de maneira cautelosa", apontam os gestores.
Então vamos nós: 1,2 feijão com arroz; 3,4...
O primeiro risco é a tão temida nova recaída da economia - que empurraria o mundo para uma recuperação em W, satisfazendo as previsões fatalistas sobre a crise. "Espera-se que o ajuste no sistema financeiro mundial ainda perdure por algum tempo e, por si só, isso já implica na possibilidade de novas surpresas negativas", apontam os gestores, que afirmam, contudo, que é difícil antever uma nova crise - a única coisa a fazer é monitorar os sinais no dia-a-dia. "Por ora, podemos dizer que esse risco é menor do que era há dois trimestres", completa a gestora.
O segundo risco, na visão da HSBC, são as estratégias de saída dos Bancos Centrais - que também tem sido vistas com certo receio pelo mercado. "Diagnosticar se existe segurança para alterar a política monetária, quando e em qual velocidade é muito difícil, e está sujeito a equívocos", apontam os gestores. O tema - que, por hora, permanece em segundo plano - deve continuar a ganhar espaço.
Por fim, aparece o consumo dos EUA - responsável por quase um quinto do PIB (Produto Interno Bruto) mundial. A retomada do consumo é necessária para que a recuperação da economia, que está largamente apoiada nas políticas de estímulo dos Bancos Centrais, se concretize. Entretanto, há um risco de que o consumo norte-americano não reaja. "A taxa de desemprego segue alta, enquanto as famílias permanecem muito endividadas", aponta a gestora.
Isto posto, onde investir?
Considerando um cenário ainda favorável para o mercado brasileiro, os gestores da HSBC apontam os melhores investimentos para os próximos meses. Segundo eles (O Clipping do Tato deve concordar), ações seguem como uma boa opção, mesmo com a alta dos últimos meses. "Com a melhora dos números de atividade e confiança ocorrida nos últimos meses e a divulgação dos resultados contábeis do 3° trimestre, é provável que tenhamos uma revisão para cima nas expectativas de lucros das empresas", apontam em base dos fundamentos.
Os fundos multimercado também seguem como boa escolha, devido ao seu dinamismo e liberdade para se aproveitar das oportunidades nos diversos mercados. Da mesma forma, os gestores destacam o potencial de ganho nos fundos de crédito privado. "Apesar da queda nos rendimentos oferecidos por esta segmento, ainda vemos prêmios interessantes em debêntures e CDB's selecionados", afirmam apaziguando as frustrações dos menos agressivos, ou no jargão popular: os bundões que sempre esperam ganhar mais com menos risco, e lamentam sempre o menor ganho obtido. A culpa, certamente é do tal deus mercado (sic).
Por outro lado, os gestores não recomendam exposição a fundos cambiais, por sua alta volatilidade e baixo potencial de ganhos. "Diante do fluxo de investidores estrangeiros, dos juros locais atraentes e da trajetória consistente de recuperação da economia doméstica, a possibilidade de o real continuar se valorizando nos próximos meses é alta", concluem. Mesmo porque, o governo já passa a investir numa estratégia de apregoar o Real como moeda forte, inclusive na intermediação comercial entre países abandonando o lastro do dólar, que segue em linha descendente e não dá mostra de vida longa.
Confira as recomendação para cada perfil de investidor:
Perfil | Ações | Multimercados | Renda Fixa | DI | Cambial | Inflação | Crédito Privado | |||
Defensivo | 0% | 0% | 0% | 100% | 0% | 0% | 0% | |||
Conservador | 4% | 6% | 15% | 50% | 0% | 0% | 25% | |||
Moderado | 11% | 18% | 15% | 31% | 0% | 0% | 25% | |||
Agressivo | 25% | 42% | 15% | 10% | 0% | 0% | 8% |
Uma pequena observação: Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém.
Fonte: Análise em base das informações divulgadas por HSBC Global Asset Management
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