Política: Lula avança, Serrágio esperneia


Foto: Lula está com Dilma e não abre!

Críticas aos órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e ao governador (?) da Chuiça José Serrágio (PSDBosta) marcaram ontem o segundo dia de visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às obras da transposição do Rio São Francisco.

No sertão pernambucano, Lula ironizou os comentários ao projeto feitos por zé Pedágio. Provocado por um radialista, afirmou que o tucano estava "mudo" e, agora, começou a fazer discurso de campanha pela Presidência em 2010. "Eu não sabia que o Serra tinha alguma preocupação com o Nordeste", disse. "Mas, se começa a ter um pouquinho, perto das eleições, já é um bom sinal."

Lula aproveitou uma entrevista a rádios, numa das obras alvancadas pelo PAC (da Dilma), a 360 quilômetros do Recife, para rebater críticas à sua viagem ao Nordeste - que conta com a presença da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, virtual candidato do governo à sucessão presidencial. Um radialista comentou com o presidente que o governador paulista, possível  (mas improvável) rival de Dilma na disputa do próximo ano, afirmara que havia "absoluta" ausência de investimentos em irrigação.

O presidente pediu para o repórter repetir o comentário, para rebater a declaração. "O que é triste é isso, é que vai passando o tempo, as pessoas não falam, ficam mudas, e quando vai chegando perto das eleições começam a preparar o discurso", atacou.

Na avaliação de Lula, a demora no andamento das obras se deve a dificuldades impostas pela Justiça e por órgãos de fiscalização, como o TCU. "O Serrágio que fique esperto, porque ele vai ver o que nós vamos inaugurar de irrigação no Nordeste nesses próximos meses, projetos que estavam parados não por nossa culpa, mas por irresponsabilidade do Poder Judiciário."

Em tom de provocação, afirmou que poderia convidar Serrágio para integrar sua comitiva nas próximas viagens ao principal reduto do lulismo. "Quem sabe eu até convide ele para participar, comigo, da inauguração de alguns projetos, para ele compreender o que está acontecendo", afirmou.


GÁS

Sem perder o foco no eleitorado, Lula disse que a ideia de baixar o preço do gás de cozinha não sai da "cabeça" dele e de Dilma. "As pessoas pobres pagam caro o tonel. Tem lugar em que está a R$ 40, tem lugar em que está a R$ 38."

Logo depois da entrevista, Lula subiu num palanque armado no canteiro de obras. A uma plateia de operários, se referiu a "pessoas" da Chuiça, sem citar Serrágio. "Elas estavam habituadas a ver os pobres do Nordeste irem para São Paulo procurar emprego na construção civil", disse. "Agora, quem quer trabalhar na construção civil não precisa ir a São Paulo, porque tem emprego aqui."

Também alfinetou os "Verde$". "Não quero que matem um passarinho, um calango ou uma cobra, mas não posso deixar o povo pobre passar fome."

Comentários: Ficam por conta de Paulo Henrique Amorim, extraídos do site Conversa Afiada:

Lula adotou uma atitude especialmente combativa em relação à candidatura Serrágio durante a viagem de inauguração das obras de transposição do rio São Francisco.


Preocupação que ele não revela quando se trata de favelas e moradores de bairros pobres nas marginais de São Paulo:


Leia o que Luiz Gonzalez, o marketólogo do Serra, falou sobre o presidente Lula.

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