Futebol: Santos revive camisa 10. IMBATÍVEL!!!
1º Copa Libertadores de Futebol Femino
Marta, Camisa 10, comanda show do Santos e vai à final da Libertadores
Foto: Marta, a rainha do futebol feminino!
"Três vezes eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa (2006, 2007 e 2008), Marta joga pela primeira vez em um time brasileiro"
Aquilo que falta aos marmanjos, sobra na equipe feminina de futebol do Santos F.C: vergonha na cara. Se a torcida santista sentiu falta na última segunda-feira, no Pacaembu, reencontrou nesta sexta-feira. Gol.
Ao contrário dos marmanjos no Campeonato Brasileiro, a equipe feminina goleou mais uma vez. A vítima foi o Forças Intimas por 5 a 0 e, com a vitória, o time está na decisão da Copa Libertadores.
ESPECIAL
Realizada, Marta vê uma nova era no futebol feminino
Foto crédito: Ricardo Saibun/AGIF/AE
Marta honra a camisa 10 e terá a missão de conquistar o primeiro título da Libertadores
Alagoana de Dois Riachos, Marta sempre sonhou em jogar futebol. Eleita três vezes a melhor do mundo pela Fifa (2006, 2007 e 2008), a estrela dos Jogos Olímpicos de Pequim é o novo reforço do Santos para a primeira edição feminina da Copa Santander Libertadores de Futebol Feminino. Aos 23 anos e a cinco dias de fazer sua estreia na Vila Belmiro pelo time paulista, ela concedeu a sua primeira entrevista exclusiva desde que chegou ao Brasil e falou ao eBand sobre as dificuldades enfrentadas na carreira, as responsabilidades futuras e de uma nova era do futebol feminino no Brasil.
A história de Marta se assemelha a de muitos outros heróis do esporte nacional. Em busca de seu maior sonho, deixou sua cidade natal aos 15 anos e seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou pelo Vasco. Lá ficou por dois anos até ser transferida para o Umea, da Suíça. Seus dribles e o talento em conduzir a bola despertaram a atenção da seleção brasileira. Brilhou na Olímpiada de Pequim, mas não conseguiu trazer o ouro para o Brasil, sua maior frustração - confessa.
No início deste ano, depois de arrancar elogios que nenhum jogador conseguiu do presidente da Fifa, Joseph Blatter, Marta ampliou ainda mais seu reconhecimento internacional e se transferiu para o Los Angeles Sol, dos Estados Unidos, clube pelo qual disputou o último campeonato americano, antes de ser emprestada ao Santos, onde assinou contrato por três meses. Com a camisa 10, que foi de Pelé, a atacante vai receber R$ 150 mil mensais e terá como missão garantir o título da competição sul-americana, com início marcado para o dia 4 de outubro.
Na seleção brasileira, a jogadora conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003 e 2007, além do Campeonato Sul-Americano Feminino (2003). Foi também com a camisa verde-amarela que Marta disputou sua partida inesquecível, quando o time perdeu para os Estados Unidos e ficou com a medalha de prata nos Jogos de Pequim no ano passado.
Ídolos?, responde rápido quando lhe perguntam. "Tenho dois. No futebol é Ronaldinho Gaúcho, já fora dos gramados é minha mãe, Dona Tereza", disse a ilustre moradora da pacata Dois Riachos. Apesar de saber que vida de jogadora de futebol é curta, Marta diz não se preocupar com o que vai fazer no futuro quando parar de jogar. Até lá não esconde a felicidade de poder jogar no país que a revelou para o mundo de glórias e conquistas.
Santos Web Site - Dois Riachos é uma cidade pequena, você enfrentou muitos preconceitos quando começou a jogar?
SWS – Qual foi a reação da sua família quando você saiu de casa para jogar futebol?
SWS – Hoje, considerada a melhor jogadora do mundo, ainda sofre preconceito?
SWS – Como é ser mulher dentro de um esporte considerado até tempo atrás masculino?
SWS - Você é referência no futebol feminino, sente o peso da responsabilidade?
SWS – Como é ser comparada ao Pelé?
SWS - Qual a principal diferença de jogar nos Estados Unidos? O futebol feminino é mais valorizado?
SWS– Acredita que as mulheres estão gostando mais de futebol?
SWS – E como acha que os homens veem isso?
SWS - O que você espera da Copa Libertadores?
SWS– O que achou dos novos reforços?
SWS – Tem algum país que você quer enfrentar na Libertadores?
SWS- O Brasil entra na competição como favorito, como vão lidar com essa pressão?
A história de Marta se assemelha a de muitos outros heróis do esporte nacional. Em busca de seu maior sonho, deixou sua cidade natal aos 15 anos e seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou pelo Vasco. Lá ficou por dois anos até ser transferida para o Umea, da Suíça. Seus dribles e o talento em conduzir a bola despertaram a atenção da seleção brasileira. Brilhou na Olímpiada de Pequim, mas não conseguiu trazer o ouro para o Brasil, sua maior frustração - confessa.
No início deste ano, depois de arrancar elogios que nenhum jogador conseguiu do presidente da Fifa, Joseph Blatter, Marta ampliou ainda mais seu reconhecimento internacional e se transferiu para o Los Angeles Sol, dos Estados Unidos, clube pelo qual disputou o último campeonato americano, antes de ser emprestada ao Santos, onde assinou contrato por três meses. Com a camisa 10, que foi de Pelé, a atacante vai receber R$ 150 mil mensais e terá como missão garantir o título da competição sul-americana, com início marcado para o dia 4 de outubro.
Na seleção brasileira, a jogadora conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003 e 2007, além do Campeonato Sul-Americano Feminino (2003). Foi também com a camisa verde-amarela que Marta disputou sua partida inesquecível, quando o time perdeu para os Estados Unidos e ficou com a medalha de prata nos Jogos de Pequim no ano passado.
Ídolos?, responde rápido quando lhe perguntam. "Tenho dois. No futebol é Ronaldinho Gaúcho, já fora dos gramados é minha mãe, Dona Tereza", disse a ilustre moradora da pacata Dois Riachos. Apesar de saber que vida de jogadora de futebol é curta, Marta diz não se preocupar com o que vai fazer no futuro quando parar de jogar. Até lá não esconde a felicidade de poder jogar no país que a revelou para o mundo de glórias e conquistas.
Confira a entrevista exclusiva de Marta concedida ao Santos Web Site Oficial:
Santos Web Site - Dois Riachos é uma cidade pequena, você enfrentou muitos preconceitos quando começou a jogar?
Marta - Enfrentei bastante preconceito. Eu comecei jogando com os meninos, pois não tinha time feminino. Alguns não aceitavam que eu jogasse no meio deles. Quando eu comecei a me destacar alguns tinham ciúmes e a gente brigava mesmo, de porrada. As pessoas também falavam muito na rua.
SWS – Qual foi a reação da sua família quando você saiu de casa para jogar futebol?
Marta - A maioria achou que era uma aventura. Agora é bem melhor, mas na época a situação do futebol feminino estava muito mais precária e ninguém ouvia falar. Eles ficaram com um pé atrás, mas me apoiaram o tempo inteiro. Disseram que se era isso que eu queria deveria seguir em frente.
SWS – Hoje, considerada a melhor jogadora do mundo, ainda sofre preconceito?
Marta - Não, hoje as pessoas me veem diferente. Até por ter conquistado esses títulos individuais e pelo desempenho da seleção brasileira, enfim as pessoas não só me veem de uma maneira diferente como veem o futebol feminino diferente. O preconceito ainda existe, mas é muito pouco.
SWS – Como é ser mulher dentro de um esporte considerado até tempo atrás masculino?
Marta - Aqui no Brasil é considerado masculino, mas em vários países não existe mais isso. Independente do sexo, se você sabe jogar porque não?
SWS - Você é referência no futebol feminino, sente o peso da responsabilidade?
Marta - Eu acho que quando você faz um trabalho tem que sentir a responsabilidade, assim você passa a fazê-lo melhor.
SWS – Como é ser comparada ao Pelé?
Marta - Para mim é uma honra. Depois dele eu não vi nenhum outro jogador igual, por isso me sinto muito feliz quando me comparam a ele.
SWS - Qual a principal diferença de jogar nos Estados Unidos? O futebol feminino é mais valorizado?
Marta – A maior diferença é a estrutura. As equipes lá também são bem mais competitivas e como o nível é muito alto os jogos ficam bastante competitivos. Por ser o país do futebol feminino, no ponto de vista de muita gente, acredito sim que é mais valorizado.
SWS– Acredita que as mulheres estão gostando mais de futebol?
Marta - Agora sim, há algum tempo atrás muitas meninas não se interessavam. Inclusive lá na minha cidade elas gostavam de jogar outros esportes e hoje o esporte mais praticado lá é o futebol.
SWS – E como acha que os homens veem isso?
Marta - Os homens têm ainda um pouquinho de preconceito, mas acredito que isso vai diminuindo a cada dia.
SWS - O que você espera da Copa Libertadores?
Marta - Eu espero que a gente possa conquistar o título pelo Santos e que essa Copa Libertadores possa permanecer por muitos anos. Espero ainda ver outras equipes nos próximos anos.
SWS– O que achou dos novos reforços?
Marta - Eu já conheço todas que vieram, joguei com elas na Seleção. São jogadoras do mais alto nível, espero que isso possa ajudar também no desempenho quando estivermos na Seleção.
SWS – Tem algum país que você quer enfrentar na Libertadores?
Marta - A Argentina. Até porque temos uma rivalidade. (risos). Agora no futebol mundial são os Estados Unidos.
SWS- O Brasil entra na competição como favorito, como vão lidar com essa pressão?
Marta - A pressão vai existir sempre. Quando se tem uma equipe forte como o Santos sempre vão jogar a responsabilidade. Acho que nós vamos conseguir lidar muito bem com isso e tentar desenvolver um bom futebol.
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