Empregos: Algo mais sobre a legalização (necessária) dos bingos
Jogos & Negócios
De acordo com Jair da Ressurreição Paula, dos 22 estabelecimentos, dez estão com a estrutura montada e podem ser reabertos de imediato, em Florianópolis (SP), São Paulo, Ribeirão Preto (SP), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).
O empresário disse que, atualmente, os locais onde antes funcionavam os bingos Imperatriz e Imperador, na capital paulista, são alugados para realização de eventos. Em Florianópolis, o grupo que administrava o bingo abriu um café.
Jair da Ressurreição Paula afirmou que tem muitas dívidas atrasadas, de impostos e questões trabalhistas, e que quer reabrir as casas para resolver as pendências. "Queremos voltar para pagar o que a gente está devendo. Estou muito feliz (com a aprovação do projeto na CCJ) e acho que isso tudo vai se resolver logo."
Outro empresário do ramo, Elias Lemos, que tinha participações em cinco bingos de São Paulo, entre eles um no bairro Morumbi e outro na Avenida Paulista, disse que todos os imóveis, que eram alugados, foram devolvidos e cerca de 600 funcionários acabaram demitidos em 2007.
Nos locais onde eram os estabelecimentos, segundo Lemos, atualmente funcionam empresas de ramos variados, como bufê infantil, centro de compras, loja de carro e supermercado. Todos os móveis das casas de bingos foram para um galpão alugado. "Aluguei o galpão na esperança de que vamos conseguir retomar as atividades."
Para Lemos, se o projeto virar lei, o setor pode ajudar a economia do país. "Um bingo emprega bastante, não é só o emprego direto. Tem gráficas que trabalham para nós, temos indústrias de confecções que trabalham fornecendo uniformes, empresas de manutenção de ar condicionado, fornecedores de alimentos, empresas de segurança. São muitos envolvidos."
Trabalhadores
O presidente do Sindicato dos Empregados em Casas de Diversão de São Paulo e Região (Sindiversão), Elisson Zapparoli, conta que somente a entidade fez cerca de 6 mil homologações de empregados de bingos desde 2004. "Sem contar que muitos fizeram nas delegacias do trabalho e em juntas de conciliação."
Segundo o sindicalista, muitos desses trabalhadores ainda estão desempregados. "Alguns conseguiram mudar de área mas tem muitos desempregados ainda hoje."
Para ele, vai ser "difícil" a aprovação da lei nos plenários da Câmara e do Senado.
Animados com decisão de comissão da Câmara, bingos já preparam reabertura
A CCJ aprovou, em meados de set/2009, a liberação de bingos e caça-níqueis no Brasil. No entanto, para virar lei, projeto ainda precisa ser votado pelo plenário e pelo Senado.
A aprovação da volta das casas de bingo no país pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deu novo ânimo aos empresários do setor, que tiveram seus estabelecimentos fechados a partir de 2004 após uma medida provisória editada pelo governo federal.
A CCJ aprovou em 16 de setembro de 2009, por 40 votos a sete, projeto que regulamenta a atividade de jogos em todo Brasil. O projeto ainda precisa passar pelos plenários da Câmara, do Senado e pela sanção do presidente da República antes de virar lei.
Apesar de a proibição ter começado em 2004, muitos empresários mantiveram as casas de bingo abertas com autorização judicial liminar (provisória) até 2007. Em Santo André, um dos últimos municípios em que os bingos ainda tinham autorização para funcionar, quatro estabelecimentos foram fechados no começo deste mês.
De acordo com a Associação Brasileira de Bingos (Abrabin), 80% das empresas do país desativaram os estabelecimentos e mantêm as casas abertas apenas no papel, à espera de recomeçar os negócios após uma regulamentação para o setor. A outra parte dos empresários, no entanto, apenas lacrou o local com esperança de retomar a atividade assim que sair nova decisão.
O presidente da Abrabin, Olavo Sales da Silveira, é um desses empresários. Dono do Bingo Augusta, na capital paulista, ele mantém o estabelecimento com as portas fechadas desde 2007 - conseguiu ficar cerca de três anos aberto por meio de autorização judicial -, e continua com cinco funcionários que cuidam da manutenção do local.
Imperatriz e Imperador
Um dos maiores empresários do setor de bingos do país, Jair da Ressurreição Paula, dono dos bingos Imperatriz e Imperador, de São Paulo, e de outras 20 casas pelo país, disse que tinha cerca de 5 mil funcionários e precisou demitir quase todos em 2007, quando as liminares que mantinham suas casas abertas foram revogadas.
O empresário disse que, após a decisão da CCJ, já foi procurado por vários ex-funcionários, que crêem na retomada da atividade.
A CCJ aprovou em 16 de setembro de 2009, por 40 votos a sete, projeto que regulamenta a atividade de jogos em todo Brasil. O projeto ainda precisa passar pelos plenários da Câmara, do Senado e pela sanção do presidente da República antes de virar lei.
Apesar de a proibição ter começado em 2004, muitos empresários mantiveram as casas de bingo abertas com autorização judicial liminar (provisória) até 2007. Em Santo André, um dos últimos municípios em que os bingos ainda tinham autorização para funcionar, quatro estabelecimentos foram fechados no começo deste mês.
De acordo com a Associação Brasileira de Bingos (Abrabin), 80% das empresas do país desativaram os estabelecimentos e mantêm as casas abertas apenas no papel, à espera de recomeçar os negócios após uma regulamentação para o setor. A outra parte dos empresários, no entanto, apenas lacrou o local com esperança de retomar a atividade assim que sair nova decisão.
O presidente da Abrabin, Olavo Sales da Silveira, é um desses empresários. Dono do Bingo Augusta, na capital paulista, ele mantém o estabelecimento com as portas fechadas desde 2007 - conseguiu ficar cerca de três anos aberto por meio de autorização judicial -, e continua com cinco funcionários que cuidam da manutenção do local.
Silveira disse que teve de demitir 260 empregados e hoje vive da renda de uma empresa de outra área - locação de máquinas de terraplanagem.
- "Quase todos os empresários que lá atrás se dedicaram aos bingos tinham outras atividades. Tinham restaurante, cinema, pizzaria e, depois do fechamento, voltaram para suas áreas", diz o presidente da Abrabin.
- O empresário estima que, se os bingos forem reabertos, o setor deve destinar aos cofres públicos R$ 6 bilhões por ano em impostos e criar 250 mil empregos diretos com carteira assinada.
Imperatriz e Imperador
Um dos maiores empresários do setor de bingos do país, Jair da Ressurreição Paula, dono dos bingos Imperatriz e Imperador, de São Paulo, e de outras 20 casas pelo país, disse que tinha cerca de 5 mil funcionários e precisou demitir quase todos em 2007, quando as liminares que mantinham suas casas abertas foram revogadas.
O empresário disse que, após a decisão da CCJ, já foi procurado por vários ex-funcionários, que crêem na retomada da atividade.
- "O telefone não parou de tocar hoje, ex-funcionários ligando, chorando de alegria. Recebi ligações, e-mails. E estou com esperança de retomar a atividade. Espero poder ampliar meus negócios e quero empregar 10 mil, 15 mil pessoas."
De acordo com Jair da Ressurreição Paula, dos 22 estabelecimentos, dez estão com a estrutura montada e podem ser reabertos de imediato, em Florianópolis (SP), São Paulo, Ribeirão Preto (SP), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).
O empresário disse que, atualmente, os locais onde antes funcionavam os bingos Imperatriz e Imperador, na capital paulista, são alugados para realização de eventos. Em Florianópolis, o grupo que administrava o bingo abriu um café.
Jair da Ressurreição Paula afirmou que tem muitas dívidas atrasadas, de impostos e questões trabalhistas, e que quer reabrir as casas para resolver as pendências. "Queremos voltar para pagar o que a gente está devendo. Estou muito feliz (com a aprovação do projeto na CCJ) e acho que isso tudo vai se resolver logo."
Outro empresário do ramo, Elias Lemos, que tinha participações em cinco bingos de São Paulo, entre eles um no bairro Morumbi e outro na Avenida Paulista, disse que todos os imóveis, que eram alugados, foram devolvidos e cerca de 600 funcionários acabaram demitidos em 2007.
Nos locais onde eram os estabelecimentos, segundo Lemos, atualmente funcionam empresas de ramos variados, como bufê infantil, centro de compras, loja de carro e supermercado. Todos os móveis das casas de bingos foram para um galpão alugado. "Aluguei o galpão na esperança de que vamos conseguir retomar as atividades."
Para Lemos, se o projeto virar lei, o setor pode ajudar a economia do país. "Um bingo emprega bastante, não é só o emprego direto. Tem gráficas que trabalham para nós, temos indústrias de confecções que trabalham fornecendo uniformes, empresas de manutenção de ar condicionado, fornecedores de alimentos, empresas de segurança. São muitos envolvidos."
Trabalhadores
O presidente do Sindicato dos Empregados em Casas de Diversão de São Paulo e Região (Sindiversão), Elisson Zapparoli, conta que somente a entidade fez cerca de 6 mil homologações de empregados de bingos desde 2004. "Sem contar que muitos fizeram nas delegacias do trabalho e em juntas de conciliação."
Segundo o sindicalista, muitos desses trabalhadores ainda estão desempregados. "Alguns conseguiram mudar de área mas tem muitos desempregados ainda hoje."
Para ele, vai ser "difícil" a aprovação da lei nos plenários da Câmara e do Senado.
- "Quando chegar no plenário, a coisa pode complicar. Mas a gente está com fé que vai conseguir. Essa aprovação com certeza vai gerar empregos."
Por Tato de Macedo com redação de Mariana Oliveira
Comentários:
Ficam por conta do Lobão, o qual dispensa apresentação, sobre a questão dessas obscuras proibições do Estado acerca do direito (inalienável) à liberdade de escolha dos cidadãos de um país que se diz "livre e democrático":
Ficam por conta do Lobão, o qual dispensa apresentação, sobre a questão dessas obscuras proibições do Estado acerca do direito (inalienável) à liberdade de escolha dos cidadãos de um país que se diz "livre e democrático":
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