Portal do xifrim: Carta Capital espinafra Nassifú
Deu em Carta Capital
*Confira a íntegra da reportagem na edição
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=4969
"É descabido o palpite do advogado e escritor (?) André Araújo,
reproduzido pelo blog de Luis Nassifú,
de que é questionável investir em reservas 'hipotéticas'."
(Antonio Luiz MC Costa - Carta Capital)
reproduzido pelo blog de Luis Nassifú,
de que é questionável investir em reservas 'hipotéticas'."
(Antonio Luiz MC Costa - Carta Capital)
Por Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa
De que maneira a regulamentação da produção de petróleo na camada pré-sal diz respeito aos interesses reais do País? Difícil encontrar uma reflexão mais séria por parte dos principais nomes dos jornais e tevês mais influentes, para os quais o pré-sal é mero discurso a usar ou atacar nas eleições de 2010. Cai além desse estreito campo de visão o modo como isso pode afetar o destino dos cidadãos brasileiros a partir de 2020.
Pois quantos, nesse meio, levam o real a sério enquanto ele não os atropelar? Conversar com alguns contatos políticos, desconstruir pós-modernamente o discurso – como se nada fosse real por trás dele – e avaliar a habilidade do político ou marqueteiro ao vender seu peixe é mais fácil do que aprofundar as minúcias de um assunto técnico e complexo que mais cedo ou mais tarde cederá o alto da pauta a outro.
Focalizemos, em vez disso, as realidades.
O primeiro dado importante é que, há dois anos, o Brasil descobriu reservas prováveis e possíveis de petróleo muito maiores do que se imaginava há alguns anos, comparáveis às de alguns dos principais membros da Opep. Esse é um fato, mesmo que parte da mídia afirme ora que nada se descobriu, ora que a descoberta não foi novidade.
O segundo é que, ao contrário desses países, o Brasil é um grande consumidor de petróleo. Caso o consumo brasileiro cresça 4% ao ano, vai devorar 50 bilhões de barris de 2009 a 2040 e outros 50 bilhões de 2041 a 2058.
Em terceiro lugar, a superação da dependência dos combustíveis fósseis ainda é um sonho, por desejável que seja. As alternativas ainda são limitadas (como os biocombustíveis) ou perigosas (como a energia nuclear) e não se pode contar com milagres na próxima esquina. Apostar que o petróleo será um “mico” obsoleto na década de 2020 é loucura – embora seja preciso continuar a investir nas alternativas e não custe torcer por novidades substanciais.
O quarto é que, justamente por não serem provadas, as reservas do pré-sal exigem investimentos. Reservas provadas são aquelas onde a extração foi avaliada como comercial, lega e ambientalmente viável com probabilidade superior a 90%, avaliação que exige pesquisa geológica e tecnológica exaustiva e numerosas perfurações.
Nem sequer se poderia falar delas se a Petrobras não tivesse investido bilhões para viabilizar a tecnologia de prospecção nessas áreas e não iniciasse a perfuração de oito poços bem-sucedidos, ao custo de 260 milhões para o primeiro (que levou um ano para encontrar petróleo, em novembro de 2005) e 60 milhões para os mais recentes. Foi decisão inteiramente da empresa arrematar, no leilão de 2000, essa área então de fato "hipotética", onde foi a única operadora.
Não está claro a partir de qual preço cada parcela dessas reservas é comercializável, mas essa questão começa a parecer acadêmica. O barril de petróleo recuperou-se para a casa dos 65-75 dólares (Gabrielli agradece) no auge da pior crise mundial em décadas, e as perspectivas para as próximas décadas continuam a ser de crescimento muito maior da demanda que da ofera - o pré-sal, embora muito importante para o Brasil, pouco afeta o desequilíbrio global. Tudo indica que será lucrativo vender tanto petróleo quanto puder ser produzido em 2020: é só questão de continuar a desenvolver a tecnologia.
Comentário: Parece que não é só o Clipping do Tato que percebeu as incogruências e dissimulações do portal (xifrim) do dissimulado LNassifú.
Pois quantos, nesse meio, levam o real a sério enquanto ele não os atropelar? Conversar com alguns contatos políticos, desconstruir pós-modernamente o discurso – como se nada fosse real por trás dele – e avaliar a habilidade do político ou marqueteiro ao vender seu peixe é mais fácil do que aprofundar as minúcias de um assunto técnico e complexo que mais cedo ou mais tarde cederá o alto da pauta a outro.
Focalizemos, em vez disso, as realidades.
O primeiro dado importante é que, há dois anos, o Brasil descobriu reservas prováveis e possíveis de petróleo muito maiores do que se imaginava há alguns anos, comparáveis às de alguns dos principais membros da Opep. Esse é um fato, mesmo que parte da mídia afirme ora que nada se descobriu, ora que a descoberta não foi novidade.
O segundo é que, ao contrário desses países, o Brasil é um grande consumidor de petróleo. Caso o consumo brasileiro cresça 4% ao ano, vai devorar 50 bilhões de barris de 2009 a 2040 e outros 50 bilhões de 2041 a 2058.
Em terceiro lugar, a superação da dependência dos combustíveis fósseis ainda é um sonho, por desejável que seja. As alternativas ainda são limitadas (como os biocombustíveis) ou perigosas (como a energia nuclear) e não se pode contar com milagres na próxima esquina. Apostar que o petróleo será um “mico” obsoleto na década de 2020 é loucura – embora seja preciso continuar a investir nas alternativas e não custe torcer por novidades substanciais.
O quarto é que, justamente por não serem provadas, as reservas do pré-sal exigem investimentos. Reservas provadas são aquelas onde a extração foi avaliada como comercial, lega e ambientalmente viável com probabilidade superior a 90%, avaliação que exige pesquisa geológica e tecnológica exaustiva e numerosas perfurações.
- É descabido o palpite do advogado e escritor (?) André Araújo, reproduzido pelo blog de LNassifú, de que é questionável investir em reservas 'hipotéticas'.
Nem sequer se poderia falar delas se a Petrobras não tivesse investido bilhões para viabilizar a tecnologia de prospecção nessas áreas e não iniciasse a perfuração de oito poços bem-sucedidos, ao custo de 260 milhões para o primeiro (que levou um ano para encontrar petróleo, em novembro de 2005) e 60 milhões para os mais recentes. Foi decisão inteiramente da empresa arrematar, no leilão de 2000, essa área então de fato "hipotética", onde foi a única operadora.
Não está claro a partir de qual preço cada parcela dessas reservas é comercializável, mas essa questão começa a parecer acadêmica. O barril de petróleo recuperou-se para a casa dos 65-75 dólares (Gabrielli agradece) no auge da pior crise mundial em décadas, e as perspectivas para as próximas décadas continuam a ser de crescimento muito maior da demanda que da ofera - o pré-sal, embora muito importante para o Brasil, pouco afeta o desequilíbrio global. Tudo indica que será lucrativo vender tanto petróleo quanto puder ser produzido em 2020: é só questão de continuar a desenvolver a tecnologia.
Comentário: Parece que não é só o Clipping do Tato que percebeu as incogruências e dissimulações do portal (xifrim) do dissimulado LNassifú.
*Confira a íntegra da reportagem na edição
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=4969
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