Mercado: Cá entre nós
Caderno de Economia
Como no trimestre anterior, no 2T09 a Petrobras apresentou redução do resultado operacional e líquido na comparação com igual período de 2008, principalmente pela menor cotação do petróleo e dos derivados no mercado internacional, como efeito da crise econômico-financeira mundial. A cotação média do barril do Brent apresentou queda de 53% no período, passando de US$ 109 no 1S08 para US$ 52 no 1S09. A receita líquida consolidada do 1S09 totalizou R$ 87,2 bilhões, 15,2% menor que à apurada no 1S08. O lucro líquido consolidado recuou 20% no período, para R$ 13,6 bilhões. O resultado financeiro negativo, fruto dos maiores volumes de financiamentos, das operações de hedge comercial e da variação cambial sobre ativos no exterior, também contribuiu para esse resultado.
Em relação ao trimestre anterior, entretanto, o desempenho foi melhor. O lucro líquido consolidado de R$ 7,7 bilhões (controladora R$ 7,8 bilhões) no 2T09, representou crescimento de 33% (controladora 28%) sobre o apurado no 1T09. A receita líquida alcançou R$ 44,6 bilhões, acréscimo de 4,7% sobre à do 1T09, enquanto a margem bruta passou de 39,5% para 44,8%, com a redução de custos. O Ebitda cresceu 30,5% no período, atingindo R$ 17,5 bilhões. O aumento da produção de petróleo e volumes vendidos no mercado doméstico, a elevação da cotação da commodity, o desempenho positivo da balança comercial e a redução de despesas operacionais contribuíram significativamente para esse resultado. A margem Ebitda da companhia foi de 39,3% no 2T09, evoluindo 7,7 p.p. sobre à do 1T09. Mesmo em relação à do 2T08, quando o preço do barril atingiu altas históricas, a margem Ebtida cresceu 6 p.p..
A utilização de estoques de óleo a preços mais baixos do que os de realização também foram relevantes para a melhora no resultado, propiciando ganhos de R$ 1,4 bilhão no período.
Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar no período afetou o resultado financeiro, negativo em R$ 2,5 bilhões no 2T09, ante um saldo negativo de R$ 849 milhões no 1T09. Apesar da queda do dólar ter impactado positivamente em R$ 566 milhões a dívida líquida, as perdas cambiais sobre recursos aplicados no exterior atingiram R$ 2,8 bilhões, contribuindo para o aumento de R$ 1,6 bilhão no prejuízo financeiro.
Os investimentos no 1S09 somaram R$ 32,5 bilhões, crescimento de 57% em relação ao 1S08, sendo 45% desse montante aplicado na ampliação da capacidade de produção. Em termos de crescimento percentual, destacaram-se os investimentos nas refinarias e malha de gasodutos no Brasil e nos negócios de distribuição no Chile.
Conforme a companhia, o elevado volume de investimentos decorreu de oportunidades de mercado, como as janelas de contratação de sondas para perfuração no pré-sal. Foram feitos investimentos que não estavam previstos como a contratação das sondas West Polaris e Cajun Express. Dado que historicamente a Petrobras investe mais no segundo semestre, a companhia poderá ultrapassar o patamar de R$ 60 bilhões inicialmente previstos para este ano.
Com os investimentos, amortizações e distribuição de dividendos de R$ 6,4 bilhões realizados no semestre, o caixa reduziu para R$ 10 bilhões, resultando em aumento da dívida líquida para R$ 58,8 bilhões em 30/06/09. Nessa data, a dívida bruta de curto prazo era de R$ 13 bilhões e a de longo prazo de R$ 55,8 bilhões. Contudo, a companhia tem à disposição R$ 25 bilhões obtidos do BNDES. Os recursos, sob a forma de títulos do Tesouro Nacional e depositados em fundos exclusivos, serão usados à medida que forem necessários.
RECOMENDAÇÃO
Alternativa de Compra
Como no trimestre anterior, no 2T09 a Petrobras apresentou redução do resultado operacional e líquido na comparação com igual período de 2008, principalmente pela menor cotação do petróleo, como efeito da crise econômico-financeira mundial.
Na comparação com o trimestre anterior, entretanto, o desempenho foi melhor. O lucro líquido (consolidado) de R$ 7,7 bilhões no 2T09, representou crescimento de 33% sobre o apurado no 1T09. A receita líquida alcançou R$ 44,6 bilhões, acréscimo de 4,7% sobre à do 1T09, enquanto a margem bruta passou de 39,5% para 44,8%, com a redução de custos. O Ebitda cresceu 30,5% no período, atingindo R$ 17,5 bilhões.
O aumento da produção de petróleo e volumes vendidos no mercado doméstico, a elevação da cotação da commodity, o desempenho positivo da balança comercial e a redução de despesas operacionais contribuíram significativamente para esse resultado. A margem Ebitda da companhia foi de 39,3% no 2T09, evoluindo 7,7 p.p. sobre à do 1T09. Mesmo em relação à do 2T08, quando o preço do barril atingiu altas históricas, a margem Ebtida cresceu 6 p.p..
Os investimentos no 1S09 somaram R$ 32,5 bilhões, crescimento de 56% em relação ao 1S08, sendo 45% desse montante aplicado na ampliação da capacidade de produção. Dado que historicamente a Petrobras investe mais no segundo semestre, a companhia poderá ultrapassar o patamar de R$ 60 bilhões inicialmente previstos para este ano.
No curto prazo a ação da companhia poderá ser pressionada pela volatilidade das cotações da commodity no mercado internacional bem como pelo desenrolar da CPI e das especulações sobre as mudanças no marco regulatório do setor.
Mantemos nossa recomendação de compra (CP) para os papéis da Petrobras especialmente para investidores com foco no longo prazo.
Fonte: Leila Almeida - Analista responsável
Como no trimestre anterior, no 2T09 a Petrobras apresentou redução do resultado operacional e líquido na comparação com igual período de 2008, principalmente pela menor cotação do petróleo e dos derivados no mercado internacional, como efeito da crise econômico-financeira mundial. A cotação média do barril do Brent apresentou queda de 53% no período, passando de US$ 109 no 1S08 para US$ 52 no 1S09. A receita líquida consolidada do 1S09 totalizou R$ 87,2 bilhões, 15,2% menor que à apurada no 1S08. O lucro líquido consolidado recuou 20% no período, para R$ 13,6 bilhões. O resultado financeiro negativo, fruto dos maiores volumes de financiamentos, das operações de hedge comercial e da variação cambial sobre ativos no exterior, também contribuiu para esse resultado.
Em relação ao trimestre anterior, entretanto, o desempenho foi melhor. O lucro líquido consolidado de R$ 7,7 bilhões (controladora R$ 7,8 bilhões) no 2T09, representou crescimento de 33% (controladora 28%) sobre o apurado no 1T09. A receita líquida alcançou R$ 44,6 bilhões, acréscimo de 4,7% sobre à do 1T09, enquanto a margem bruta passou de 39,5% para 44,8%, com a redução de custos. O Ebitda cresceu 30,5% no período, atingindo R$ 17,5 bilhões. O aumento da produção de petróleo e volumes vendidos no mercado doméstico, a elevação da cotação da commodity, o desempenho positivo da balança comercial e a redução de despesas operacionais contribuíram significativamente para esse resultado. A margem Ebitda da companhia foi de 39,3% no 2T09, evoluindo 7,7 p.p. sobre à do 1T09. Mesmo em relação à do 2T08, quando o preço do barril atingiu altas históricas, a margem Ebtida cresceu 6 p.p..
A utilização de estoques de óleo a preços mais baixos do que os de realização também foram relevantes para a melhora no resultado, propiciando ganhos de R$ 1,4 bilhão no período.
Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar no período afetou o resultado financeiro, negativo em R$ 2,5 bilhões no 2T09, ante um saldo negativo de R$ 849 milhões no 1T09. Apesar da queda do dólar ter impactado positivamente em R$ 566 milhões a dívida líquida, as perdas cambiais sobre recursos aplicados no exterior atingiram R$ 2,8 bilhões, contribuindo para o aumento de R$ 1,6 bilhão no prejuízo financeiro.
Os investimentos no 1S09 somaram R$ 32,5 bilhões, crescimento de 57% em relação ao 1S08, sendo 45% desse montante aplicado na ampliação da capacidade de produção. Em termos de crescimento percentual, destacaram-se os investimentos nas refinarias e malha de gasodutos no Brasil e nos negócios de distribuição no Chile.
Conforme a companhia, o elevado volume de investimentos decorreu de oportunidades de mercado, como as janelas de contratação de sondas para perfuração no pré-sal. Foram feitos investimentos que não estavam previstos como a contratação das sondas West Polaris e Cajun Express. Dado que historicamente a Petrobras investe mais no segundo semestre, a companhia poderá ultrapassar o patamar de R$ 60 bilhões inicialmente previstos para este ano.
Com os investimentos, amortizações e distribuição de dividendos de R$ 6,4 bilhões realizados no semestre, o caixa reduziu para R$ 10 bilhões, resultando em aumento da dívida líquida para R$ 58,8 bilhões em 30/06/09. Nessa data, a dívida bruta de curto prazo era de R$ 13 bilhões e a de longo prazo de R$ 55,8 bilhões. Contudo, a companhia tem à disposição R$ 25 bilhões obtidos do BNDES. Os recursos, sob a forma de títulos do Tesouro Nacional e depositados em fundos exclusivos, serão usados à medida que forem necessários.
RECOMENDAÇÃO
Alternativa de Compra
Como no trimestre anterior, no 2T09 a Petrobras apresentou redução do resultado operacional e líquido na comparação com igual período de 2008, principalmente pela menor cotação do petróleo, como efeito da crise econômico-financeira mundial.
Na comparação com o trimestre anterior, entretanto, o desempenho foi melhor. O lucro líquido (consolidado) de R$ 7,7 bilhões no 2T09, representou crescimento de 33% sobre o apurado no 1T09. A receita líquida alcançou R$ 44,6 bilhões, acréscimo de 4,7% sobre à do 1T09, enquanto a margem bruta passou de 39,5% para 44,8%, com a redução de custos. O Ebitda cresceu 30,5% no período, atingindo R$ 17,5 bilhões.
O aumento da produção de petróleo e volumes vendidos no mercado doméstico, a elevação da cotação da commodity, o desempenho positivo da balança comercial e a redução de despesas operacionais contribuíram significativamente para esse resultado. A margem Ebitda da companhia foi de 39,3% no 2T09, evoluindo 7,7 p.p. sobre à do 1T09. Mesmo em relação à do 2T08, quando o preço do barril atingiu altas históricas, a margem Ebtida cresceu 6 p.p..
Os investimentos no 1S09 somaram R$ 32,5 bilhões, crescimento de 56% em relação ao 1S08, sendo 45% desse montante aplicado na ampliação da capacidade de produção. Dado que historicamente a Petrobras investe mais no segundo semestre, a companhia poderá ultrapassar o patamar de R$ 60 bilhões inicialmente previstos para este ano.
No curto prazo a ação da companhia poderá ser pressionada pela volatilidade das cotações da commodity no mercado internacional bem como pelo desenrolar da CPI e das especulações sobre as mudanças no marco regulatório do setor.
Mantemos nossa recomendação de compra (CP) para os papéis da Petrobras especialmente para investidores com foco no longo prazo.
Fonte: Leila Almeida - Analista responsável
Dúvidas: S.A.C.I. do C.T. (Serviço de Assessoria aos Colegas Imaginários do Clipping do Tato >>>tatodemacedo@yahoo.com.br
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