Comércio: Tensão entre USA e China
Internacional
"Não se engane, este governo está comprometido em buscar a expansão do comércio e novos acordos comerciais.
É absolutamente essencial para nosso futuro econômico. Mas nenhum sistema de comércio funcionará se falharmos em aplicar nossos acordos comerciais.
Portanto, o que aconteceu neste fim de semana, nós invocamos artigos de acordos existentes, nós o fazemos não para sermos provocadores ou para promover um protecionismo autodestrutivo".
Por Barak Obama - Presidente da U.R.S.A (União das Repúblicas "Socialistas" Americanas)
A declaração acima refere-se a:
SÃO PAULO - O dólar opera em alta frente a maioria das divisas internacionais nesta segunda-feira (14). O noticiário do dia incentiva uma maior procura pela divisa, tida como um ativo menos arriscado.
A libra esterlina cai 0,55% na comparação com a moeda norte-americana, cotada a US$ 1,65, refletindo a apreensão dos mercados com o acirramento das disputas comerciais entre os EUA e a China. De acordo com o noticiário internacional, na última sexta-feira o governo norte-americano adotou uma taxação adicional sobre a importação de pneus chineses, o que não foi bem recebido pelo país oriental.
Em resposta à ação norte-americana, o governo chinês anunciou no domingo a abertura de investigações comerciais que poderão levar a barreiras contra as indústrias norte-americanas de automóveis e de frango, além de ter recorrido à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a decisão dos Estados Unidos.
Também pressionado pelo noticiário, o iene apresenta queda de 0,23% frente ao dólar, que é cotado a ¥ 90,92.
O euro contraria este movimento e estende os ganhos na comparação com o dólar, cotado a US$ 1,46, com variação de 0,36%. A moeda europeia recebe suporte do anúncio da Comissão Europeia, que disse esperar pelo retorno do crescimento econômico na Zona do Euro a partir do terceiro trimestre deste ano, levando a região a escapar da pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.
Disputa comercial entre EUA e China é má notícia, destacam analistas
Enquanto a OMC (Organização Mundial do Comércio) faz novos apelos liberais, a disputa comercial entre EUA e China volta a projetar a sombra do protecionismo sobre o processo global de recuperação econômica. Más notícias para todos, dizem analistas.
Um dos maiores temores desde o início da crise diz respeito à política comercial. Se com os níveis de liberalização atuais já houve queda no volume de comércio, muitos economistas projetavam que a adoção do protecionismo dificultaria ainda mais a retomada do crescimento.
Em alerta, os mercados reagem negativamente nesta sessão às notícias de que os Estados Unidos decidiram aplicar sobretaxa de 35% sobre as importações de pneus da China. Em resposta, o país asiático abriu investigação sobre práticas comerciais ilegais na venda de carros e frango importados dos EUA.
Alerta
O tema é delicado. Diz respeito a interesses de grupos domésticos e transnacionais, tem peso sobre eleições e mexe com sentimentos nacionalistas de muitos. Ainda assim, a adoção do protecionismo é apontada como uma das causas para a Grande Depressão dos anos 1930.
Mesmo com o alarde, o problema parece ter sido em parte contornado até o momento. Segundo comunicado conjunto dos chefes da OMC (Organização Mundial do Comércio), Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento e comércio) e OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os governos do G-20 evitaram o uso extensivo de barreiras comerciais.
Ainda assim, os representantes de organizações internacionais alertaram que mecanismos de proteção, tarifários ou não, têm sido empregados pontualmente, em documento endereçado aos líderes do grupo que reúne os principais países emergentes e desenvolvidos.
Má notícia
De acordo com analistas do banco francês Société Générale, "as retaliações entre EUA e China sobre comércio e dumping são uma lembrança ameaçadora do desastre realizado pelo protecionismo na Grande Depressão de 1930".
O problema levantado pela disputa é mais perverso do ponto de vista conceitual e da tendência que aponta, uma vez que o impacto direto dos setores relacionados na disputa (pneus, carros e frango) representa 1,2% de todo o comércio bilateral entre os países.
"As ofensas nacionalistas ao longo do final de semana ampliam os riscos de que as tensões comerciais se intensifiquem, em vez de cair. Isto é má notícia para todos nós", afirmaram os economistas do Société Générale.
Para outra instituição francesa - BNP Paribas -, o efeito da retaliação é difícil de quantificar. No entanto, "com a economia em difícil recuperação, protecionismo e fricção comercial entre EUA e China são má notícia", destacou o analista Isaac Meng.
Disputa comercial entre EUA e China é má notícia, destacam analistas
Enquanto a OMC (Organização Mundial do Comércio) faz novos apelos liberais, a disputa comercial entre EUA e China volta a projetar a sombra do protecionismo sobre o processo global de recuperação econômica. Más notícias para todos, dizem analistas.
Um dos maiores temores desde o início da crise diz respeito à política comercial. Se com os níveis de liberalização atuais já houve queda no volume de comércio, muitos economistas projetavam que a adoção do protecionismo dificultaria ainda mais a retomada do crescimento.
Em alerta, os mercados reagem negativamente nesta sessão às notícias de que os Estados Unidos decidiram aplicar sobretaxa de 35% sobre as importações de pneus da China. Em resposta, o país asiático abriu investigação sobre práticas comerciais ilegais na venda de carros e frango importados dos EUA.
Alerta
O tema é delicado. Diz respeito a interesses de grupos domésticos e transnacionais, tem peso sobre eleições e mexe com sentimentos nacionalistas de muitos. Ainda assim, a adoção do protecionismo é apontada como uma das causas para a Grande Depressão dos anos 1930.
Mesmo com o alarde, o problema parece ter sido em parte contornado até o momento. Segundo comunicado conjunto dos chefes da OMC (Organização Mundial do Comércio), Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento e comércio) e OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os governos do G-20 evitaram o uso extensivo de barreiras comerciais.
Ainda assim, os representantes de organizações internacionais alertaram que mecanismos de proteção, tarifários ou não, têm sido empregados pontualmente, em documento endereçado aos líderes do grupo que reúne os principais países emergentes e desenvolvidos.
Má notícia
De acordo com analistas do banco francês Société Générale, "as retaliações entre EUA e China sobre comércio e dumping são uma lembrança ameaçadora do desastre realizado pelo protecionismo na Grande Depressão de 1930".
O problema levantado pela disputa é mais perverso do ponto de vista conceitual e da tendência que aponta, uma vez que o impacto direto dos setores relacionados na disputa (pneus, carros e frango) representa 1,2% de todo o comércio bilateral entre os países.
"As ofensas nacionalistas ao longo do final de semana ampliam os riscos de que as tensões comerciais se intensifiquem, em vez de cair. Isto é má notícia para todos nós", afirmaram os economistas do Société Générale.
Para outra instituição francesa - BNP Paribas -, o efeito da retaliação é difícil de quantificar. No entanto, "com a economia em difícil recuperação, protecionismo e fricção comercial entre EUA e China são má notícia", destacou o analista Isaac Meng.
Fonte: Cadernos de Economia
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