Chuiça: A farra de deputados paulistas não tem fim

ALECH - Assembléia Legislativa da Chuiça

Mais de 40% dos deputados estaduais de SP têm ocorrências na Justiça e nos Tribunais de Contas

Em geral, a trajetória de um político se inicia em seu município. Alguns passam por um cargo de destaque em seu estado e uma parte destes desemboca numa posição no Congresso Nacional ou no Governo Federal.

É importante, assim, prestar atenção não apenas nos políticos de Brasília, mas também nos representantes locais. Se vigiados e obrigados a prestar contas em seus estados de origem, os políticos de práticas duvidosas talvez não logrem alcançar posições na capital federal.

No que diz respeito ao Legislativo, o acompanhamento dos trabalhos no Congresso Nacional tornou-se mais significativo nesta década. Atualmente, um bom número de jornalistas e de organizações não-governamentais monitora o dia -a-dia de senadores e deputados federais.

Nas Casas legislativas estaduais
, porém, a intensidade com que isso ocorre costuma ser muito menor. Uma consulta ao banco de dados do Deu no Jornal (www.deunojornal.org.br), projeto da Transparência Brasil que desde 2004 reúne notícias sobre corrupção e controle e assuntos correlatos, demonstra que os congressistas brasileiros aparecem no noticiário sobre corrupção com frequência muito maior do que os deputados estaduais.

Entre fevereiro de 2007 (quando teve início a atual legislatura) e julho de 2009, somam 124.202 as notícias publicadas nos principais veículos impressos brasileiros e que constam no banco de dados do Deu no Jornal.

Nesse período, houve mais de 40 mil citações às palavras "senador" e "senadores" e mais de 10 mil menções a "deputado federal"/ "deputados federais". No que diz respeito aos parlamentos estaduais os números são bem mais tímidos: apenas 8.676 menções a "deputado estadual/deputados estaduais" e 873 a "deputado distrital/deputados distritais".

Como há mais de mil deputados estaduais, conclui-se que houve menos de dez citações por membro de parlamento estadual. Por outro lado, houve em média 500 menções para cada senador.

Assembleia Legislativa de São Paulo

As acusações que atingem os deputados estaduais paulistas são bastante variadas:
  • estelionato,
  • falsificação de documentos,
  • abuso de poder econômico,
  • compra de votos,
  • crime contra o patrimônio,
  • irregularidade em contratos e licitações.

No total, são 42 deputados estaduais de São Paulo citados em ocorrências na Justiça Eleitoral, na Justiça Estadual, na Justiça Federal ou em Tribunal de Contas. Alguns parlamentares têm ocorrência em mais de uma dessas instituições.

É na Justiça Eleitoral que se localiza o maior número de deputados citados: 24. A maior parte (dezoito) teve as contas de campanha rejeitadas. Mas há ocorrência de financiamento irregular, abuso de poder, compra de votos, declaração falsa.

Na Justiça Estadual, são vinte os deputados citados, a maior parte por improbidade administrativa. Dez deputados foram punidos pelo Tribunal de Contas do Estado. Sete deles foram multados por práticas ocorridas quando exerciam o cargo de prefeito. Houve sanção também para parlamentares que ocuparam outras funções, como presidente de Câmara de Vereadores.

Três deputados estaduais paulistas respondem a ação na Justiça Federal, dois dos quais acusados de crime contra o patrimônio.

Há ainda um parlamentar indiciado no Supremo Tribunal Federal.

Parlamentares com processos em mais de uma instituição.

Dos 42 deputados estaduais paulistas citados, 29 têm ocorrências em apenas uma das instituições pesquisadas (Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça Eleitoral, Superior Tribunal de Justiça, Supremo Tribunal Federal ou Tribunais de Contas).

Os treze restantes são citados em mais de um desses órgãos. Desse grupo, quatro deputados - incluindo o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDBosta), e o quarto vice-presidente, Vinicius Camarinha (PSB) - têm ocorrência em três instituições diferentes. Para consultar as ocorrências, acesse a página do parlamentar no projeto Excelências, no endereço assinalado. Códigos na tabela: JE ­ Justiça Estadual; JEL ­ Justiça Eleitoral; JF ­ Justiça Federal; TC ­ Tribunal de Contas; STF ­ Supremo Tribunal Federal.


Confira em:
http://www.pdfdownload.org/pdf2html/pdf2html.php?url=http%3A%2F%2Fwww.excelencias.org.br%2Fdocs%2FSPRJ.pdf&images=yes


Comentários: Triste, não? Mas que importa? Se a fulana da novela das oito traiu o beltrano e o cicrano foi passear na Ilha de Caras com uma Maria qualquer; ou se Dunga vestia cueca da Nike para combinar com as gravatas em corte italiano, não é mesmo?

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