Selic: As reações de setores ante ao corte de 0,5% na taxa de juro

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BC corta Taxa O Banco Central determinou na quarta-feira, 22 de julho, a quinta redução seguida do juro básico da economia. A decisão foi unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), e a Selic caiu 0,50 ponto porcentual, para 8,75% ao ano, o que fez com que o País passasse da 3ª para a 5ª posição no ranking mundial dos juros.

O Copom justificou, em comunicado, que o novo nível colabora para a convergência da inflação com a meta e ajuda na "recuperação não inflacionária da atividade econômica". Desde que os cortes começaram, em janeiro, o juro caiu 5 pontos. Agora, analistas preveem Selic estável até, pelo menos, 2010.

O corte respondeu ao que o “mercado” esperava (leia-se: ordenava). A recuperação da economia, inflação em ligeira ascensão e a demora do efeito dos cortes passados sustentam a expectativa dos analistas que o BC deve manter os juros estáveis em 8,75% pelos próximos meses.

Reações

"A redução de 0,5 ponto porcentual é positiva, mas o ideal é atingir rapidamente o patamar de 7% ao ano"
(Paulo Skaf - Presidente do Movimento "Cansei,
tô cansadinho, aff")



"A irrisória queda na Selic anunciada (de 0,5%) atende aos interesses do capital especulativo"
(Artur Henrique - Presidente da CUT)


"O corte deverá ajudar a acelerar um pouco mais a recuperação da economia e das vendas em vários setores"
(Alencar Burti - Presidente da ACSP)


"A batalha agora está no campo dos bancos para reduzir o spread e das financeiras e não mais no Banco Central"
(Abram Szajman - Presidente da Fecomércio)

Para o presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Abram Szajman, a redução de 0,50 ponto porcentual está no caminho certo, mas ressaltou que o ciclo de queda está chegando ao limite. Ele defendeu que o governo deve agora criar oportunidades para a queda dos juros ao consumidor.

  • "A batalha agora está no campo das administradoras de cartão, dos bancos para reduzir o spread e das financeiras e não mais no Banco Central."

Ele frisou que ainda há muito espaço para reduzir o spread bancário e os juros ao consumidor, que em maio estava em 47,3% ao ano, em média.

  • "Há espaço para uma redução de pelo menos 25% no spread atual, bastante factível de se conseguir, se houver empenho conjunto de bancos e governo", disse Szajman.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, disse que o corte "deverá ajudar a acelerar um pouco mais a recuperação da economia e das vendas em vários setores, além de manter a reação que os consumidores já vêm demonstrando."

Mas ele ressaltou ser importante que se amplie a competição entre os bancos para que haja também redução dos spreads e de sequência na redução dos juros.


Comentários: Verdade seja dita, a ação do BC brasileiro é uma das menos agressivas entre os seus pares.

A Selic é hoje 36,4% menor que a de antes da quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers (que desencadeou a piora da economia global), mas o corte acumulado do juros promovido pelo BC é só o 40º maior entre as 50 maiores economias mundiais que têm taxa básica.

A liderança no corte está com as economias desenvolvidas (como EUA, Japão e zona do euro), onde a crise teve início e a queda nos juros começou ainda antes de os problemas no sistema financeiro americano se espalharem pelo resto do mundo. A taxa nesses países está atualmente próxima de zero.

Mas na América Latina, onde o início dos cortes nos juros começou praticamente ao mesmo tempo -entre dezembro de 2008 e janeiro-, é possível encontrar reduções mais acentuadas que a brasileira, ainda que a taxa nominal do Brasil só fosse menor que a da Turquia em setembro (levando em conta as maiores economias mundiais). Chile e Colômbia não só cortaram nominalmente mais que o Brasil (7,75 e 5,5 pontos percentuais, respectivamente) como também o BC chileno aparece em segundo entre os mais contundentes em termos percentuais, só atrás do sueco.

Evidentemente que a necessidade de aquecimento e/ou arrefecimento das economias diferem em escala e profundidade de acordo com o cenário interno de cada um deles. Observando pelo prisma inverso, pode-se concluir que dentre os 50 países com economias mais robustas, de fato, os nossos fundamentos estão entre os mais sólidos - 10º lugar nesse ranking -, o que deixa uma boa margem de manobras em novas situações-limites (crise) que ainda hão de incomodar o mundo capitalista.

Comentários

Yahel Shneider disse…
Tato,

Veja (hahahaha) no Fatos e Dados da Petrobras a Globo e a Abril associadas à empresa do Canil Fantasma. ahahahaha

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