Impudico: A lenda da mandioca

Casa da menina Mani
Mandioca

Reza a lenda que em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua foi expulsa de sua tribo e foi viver em uma velha cabana distante por ter engravidado misteriosamente. Parentes longínquos iam levar-lhe comida para seu sustento, e assim a índia viveu até dar à luz uma linda menina, muito branca, que chamou de Mani.

A notícia do nascimento se espalhou por todas as aldeias e fez o grande chefe tuxaua esquecer as dores e rancores e cruzar os rios para ver sua filha. O novo avô se rendeu aos encantos da linda criança, que se tornou muito amada por todos.

No entanto, ao completar três anos, Mani morreu de forma também misteriosa, sem nunca ter adoecido. A mãe ficou desolada e enterrou a filha perto da cabana onde vivia e sobre ela derramou seu pranto por horas. Mesmo com os olhos cansados e cheios de lágrimas, ela viu brotar de lá uma planta que cresceu rápida e fresca.

Todos vieram ver a planta miraculosa que mostrava raízes grossas e brancas em forma de chifre, e todos queriam prová-la em honra daquela criança que tanto amavam. Desde então a mandioca passou a ser um excelente alimento para os índios e se tornou um importante alimento em toda a região. Mandi = Mani, nome da criança. oca = casa.

Variedades

Existem diversas variedades da planta, que se dividem em mandioca-doce e mandioca-brava (ou mandioca-amarga), de acordo com a presença de ácido cianídrico (que é venenoso se não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol). Algumas regiões usam o nome aipim ou macaxeira para designar a mandioca-doce. As variações não se restringem apenas a quantidade de ácido cianídrico, variam também as cores das partes de folhas, caules e raíz, bem como sua forma.

Utilização

Farofa: No Brasil, a raiz tuberosa da mandioca é consumida na forma de farinhas, da qual se faz a farinha de mandioca e tapioca ou, em pedaços cozidos ou fritos. Está presente também no preparo de receitas típicas da Amazônia como o tacacá, o molho tucupí e com suas folhas cozidas prepara-se a maniçoba.

Dela também são feitas bebidas, como o cauim (indígena) feito através de fermentação. Por meio de um processo de destilação é produzida uma cachaça ou aguardente de mandioca a tiquira. Possui elevado teor alcoólico. É comum no Estado do Maranhão mas é pouco conhecida no restante do Brasil.

Durante a implantação do Pró-álcool a mandioca foi estudada como possível alternativa de matéria prima para a produção de etanol.

Dela também se faz outra farinha o polvilho (fécula de mandioca), doce ou azedo, que serve para a preparação de diversas comidas típicas como, o pão de queijo. Apesar de freqüente em países da África e da Ásia, para onde foram levadas pelos colonizadores ibéricos, o hábito de utilizar as folhas da planta para alimentação, no Brasil, só ocorre na região Norte.

Na África é comum consumir-se, além da raiz, também as folhas jovens em forma de esparregado.[carece de fontes?]Em Moçambique, estas são piladas (moídas no pilão), juntamente com alho e a própria farinha seca da raiz e depois cozinhada normalmente com um marisco (caranguejo ou camarão); esta comida se chama "matapa" e é uma das mais populares da culinária moçambicana. Em Angola este esparregado é conhecido como "kissaca".

A farinha de mandioca comumente é preparada a partir da mandioca-brava. Para se extrair a manipuera é necessário o uso do tipiti ou outro tipo de prensa e dela retira-se a caiarema ou carimã, no linguajado popular, polvilho.

Manipuera: mani = o nome da menina, puera (güera) = tem o significado de ruim (a parte ruim da mani), o que já foi, velho.

INFORMAÇÕES
  • A mandioca é uma raiz com alto valor energético (cada 100 gramas possui 150 calorias).
  • Possui sais minerais (cálcio, ferro e fósforo) e vitaminas do Complexo B.
  • Possui uma casca fina na cor marron, sendo que a parte interna é branca.
  • De janeiro a julho ocorre o período de safra da mandioca.
  • A mandioca é a base da alimentação de muitas tribos de índios do Brasil.
  • De acordo com a região do Brasil ela possui nomes diferentes: macaxeira, aipim, castelinha, macamba etc.
  • A mandioca-brava é uma espécie venenosa e não pode ser consumida sem a retirada do veneno.
  • A farinha de mandioca é muito utilizada na culinária brasileira. A tapioca, alimento de origem indígena, é produzida com a farinha de mandioca.
  • O polvillho também é produzido a partir da mandioca.
Comentários: E algumas mulheres ainda reclamam da mandioca, injustamente, como pode-se notar. Decerto que para algumas há excesso de mandiocas, para outras falta. Isto talvez explique os maus entendidos assentados na mandioca, não?

Só o que ainda não tem explicação no campo do comportamento racional é: por que com tantas mandiocas naturais no mundo algumas "patagones" colocam cintas com mandiocas artificiais para fantasiar um falus imaginário? Ou seja, parafraseando J. Lawrence, "O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel".

Comentários

Língua de trapo disse…
Não era côco não?ui

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