Mercado Financeiro: Demian Fiocca toma posse na Presidência da Nossa Caixa, designado pelo Banco do Brasil

Deu na agência Estado

"O volume de crédito do banco paulista pode ser maior"
(Guido Mantega - Ministro da Economia)

Novo presidente toma posse na Nossa Caixa e pressiona bancos em São Paulo

Empossado segunda-feira (6) como novo presidente do Banco Nossa Caixa, o economista Demian Fiocca mostrou que a instituição, comprada em novembro pelo Banco do Brasil, seguirá no Estado de São Paulo a estratégia agressiva estabelecida pelo governo federal para o BB na área de crédito.

Além de anunciar a redução das taxas de juros cobradas em vários produtos destinados às micro, pequenas e médias empresas, Fiocca informou que seu objetivo é expandir em 50% a carteira de empréstimos da Nossa Caixa até o fim do ano, que era de R$ 11,2 bilhões em dezembro de 2008.

"Quero apresentar resultados expressivos já neste ano. Sei que é um número ambicioso", afirmou Fiocca, que já foi presidente do BNDES. Na Nossa Caixa, ele substitui Paulo Euclides Bonzanini, funcionário de carreira do BB indicado pelo governo federal para comandar a transição.

Desde que a crise global se aprofundou, em setembro do ano passado, o governo Lula adotou uma política de forte crescimento do crédito por intermédio dos bancos públicos sob seu controle - notadamente a Caixa Econômica Federal e o BB. Com medo dos efeitos da crise sobre a inadimplência, os bancos privados fizeram caminho oposto, reduzindo as novas concessões de empréstimos.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as instituições públicas expandiram o crédito em 19,5% entre setembro e abril. No mesmo período, os bancos privados ampliaram suas carteiras em 2,5%. "São os bancos públicos que estão a azeitando a economia", disse Mantega, durante o evento que marcou a posse de Fiocca.

O ministro também aposta nos bancos públicos para forçar os privados a reduzir os juros e o spread - diferença entre a taxa paga na captação de recursos e a cobrada nos empréstimos.

O BB Nossa Caixa tem papel chave na estratégia por causa da forte presença em São Paulo, Estado que responde por cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do País, mas onde o BB tem historicamente uma atuação fraca. Com a compra da Nossa Caixa, o BB assumiu a liderança do número de postos de atendimento no mercado paulista - só de agências, são 1.338.

O primeiro passo na estratégia é o fortalecimento da área do BBNossa Caixa voltada a micro, pequenas e médias empresas. Fiocca anunciou um aumento de R$ 1,5 bilhão dos recursos do banco para esse segmento e a criação de uma linha de produtos chamada Giro Nossa Caixa Flex. "Queremos triplicar, em 12 meses, o número de empresas que tomam crédito conosco." Hoje, são 30 mil.

Fiocca garantiu que o processo de crescimento será tocado com segurança, haja vista que o sistema bancário nacional é sólido e o mercado carente de crédito por conta de velhas práticas demotucanas no estado paulista.

BBNossa Caixa cria linha de crédito a pequenas empresas

Linha terá R$ 1,5 bilhão em recursos e juros de até 1,8% ao mês; banco quer carteira 50% maior até o fim do ano

O novo presidente da Nossa Caixa (designado pelo novo sócio majoritário, o Banco do Brasil), Demian Fiocca, informou nesta segunda-feira, (6) que o banco vai criar uma linha de crédito de R$ 1,5 bilhão para pequenas e médias empresas. Segundo ele, essa linha terá taxa de juros entre 1,55% ao mês e 1,8% ao mês, com prazo para pagamento de até 36 meses e seis meses de carência. Ainda de acordo com o executivo, os juros praticados representam uma queda de aproximadamente 60% em relação às demais linhas do banco para pessoas jurídicas.

O anúncio foi feito em cerimônia na sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), que contou com a participação dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Miguel Jorge, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, do presidente do Sindicato dos Bancários, Luiz Cláudio Marcolino, da diretora executiva do Sindicato, Raquel Kacelnikas entre outras autoridades.

Fiocca reiterou que irá atender os pedidos do governo federal para expandir o crédito no Estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, reduzir as taxas de juros e os spreads (diferença entre o custo pago pelo banco para captar recursos e o juro que ele cobra dos clientes). "O nosso primeiro desafio é expandir o crédito, como já enfatizou o ministro Mantega. Vamos fazer isso com segurança", disse.

Na linha de crédito criada nesta segunda, chamada de "Giro Nossa Caixa Flex", o banco vai utilizar a mesma plataforma do Banco do Brasil (BB) para conceder esses empréstimos de forma automatizada, dando maior agilidade ao processo.

Projeção

Fiocca afirmou que a carteira de crédito do BBNossa Caixa deve crescer 50% neste ano, projeção bem superior ao esperado por outras instituições financeiras, que trabalham com estimativas entre 10% e 15%. "Quero apresentar resultados expressivos já neste ano. Sei que é um número ambicioso", disse. Fiocca está no banco há menos de um mês.

Em dezembro, a carteira de crédito do BBNossa Caixa era de R$ 11,155 bilhões. Para que o porcentual de 50% seja atingido, a instituição está investindo no lançamento de novos produtos, como o consignado para aposentados e uma nova linha para pequenas e médias empresas, a Giro Nossa Caixa Flex.

Para acelerar o processo de concessão de empréstimos, a Nossa Caixa está utilizando, em algumas linhas, a mesma plataforma de análise de risco e crédito do Banco do Brasil, seu controlador. Durante o processo de integração, a Nossa Caixa irá igualar suas taxas de juros ao BB. "As taxas já estão próximas. Estamos conversando para fazer o alinhamento nacional", disse.

O presidente do BB, Aldemir Bendine, reafirmou nesta segunda que o banco não planeja demitir funcionários ou fechar agências de nenhuma das duas instituições no Estado de São Paulo. Ao todo, são 1.338 agências. O executivo acrescentou ainda que não há ainda uma definição sobre o período de permanência da marca Nossa Caixa. "É uma marca forte. Ainda vamos conviver com ela por um bom tempo", disse.

Bancos públicos puxam alta do crédito

Bancos privados vão perder se não seguirem tendência, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, na solenidade de posse do novo presidente da Nossa Caixa (sob controlo acionário do Banco do Brasil, Demian Fiocca, que os bancos públicos estão sendo os responsáveis por boa parte da elevação do volume de crédito concedido ao mercado e cada vez mais vão atuar para elevar a concessão de financiamentos e reduzir os juros de tais operações.

"Eu espero que os bancos privados voltem a aumentar a concessão de crédito devido à concorrência que os bancos públicos vão fazer. Se não aumentarem o crédito, vão perder clientes para os bancos públicos. E é isso mesmo o que a gente deseja - maior competição e elevação da concessão de empréstimos por parte dos bancos públicos e bancos comerciais", disse o ministro.

Ainda durante a solenidade, Mantega afirmou que o crédito na economia está se restabelecendo mas ainda não voltou à normalidade em relação ao que havia antes da piora da crise internacional, em setembro. Segundo ele, o governo poderá adotar medidas adicionais, como o aumento da liberação de depósitos compulsórios de forma direcionada para algumas áreas, caso o Poder Executivo julgue necessário. "Poderá haver novas liberações de compulsórios, se o governo achar necessário para irrigar alguns segmentos específicos", comentou.

Mas o ministro acrescentou que a eventual liberação de uma parcela desses recursos que estão em poder do Banco Central terá contrapartidas que serão exigidas dos bancos comerciais. "Não vamos dar de graça, porque o compulsório não é remunerado. Sempre tem uma contrapartida, por exemplo, ou você empresta para fazer investimento e ganha uma taxa menor (de rentabilidade) ou continua com o compulsório não remunerado."

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As declarações do ministro da Fazenda aconteceram durante a cerimônia de posse do novo presidente do BBNossa Caixa, Demian Fiocca na sede paulista da FECOMÉRCIO (6).

Fonte: Agência Estado com imagens do G1 (enquanto o R7 não estreia)

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