Finanças Pessoais: Cheque Especial não é renda
- Se o cidadão precisa de crédito por um prazo extenso, o ideal é verificar com o gerente (ou coisa que o valha) as opções de empréstimo pessoal;
- O cheque especial é um dos tipos de crédito que os bancos oferecem aos seus clientes. Uma vez concedido, o cheque especial pode ser facilmente acessado pelo correntista. Essa é uma grande vantagem do serviço, mas muitas vezes é nessa facilidade que os clientes se perdem.
- O cheque especial é um instrumento para ser usado apenas em casos de emergência, porque seu objetivo é socorrer o cliente numa situação imprevista. Por exemplo: para cobrir o pagamento de uma despesa não programada e feita às pressas, como o conserto de um automóvel.
- Mesmo nesses casos, o cheque especial deve ser usado se o cliente está seguro de que cobrirá sua conta corrente no prazo de alguns dias. Caso contrário, o melhor é conversar com o gerente (ou coisa que o valha) do banco e verificar quais créditos mais baratos a instituição oferece. Muitas vezes o cliente usa o cheque especial para financiar gastos e estender sua renda, o que não é aconselhável.
- O cheque especial é um crédito para usar em casos de despesas não previstas e por um período curto;
- Como se trata de um empréstimo que o banco fornece sem pedir garantias, a taxa de juros é superior à taxa dos empréstimos pessoais; Se a dívida ultrapassar 30% da renda, significa que o cidadão gasta mais do que recebe. Logo, a saída é parcelar rapidamente o saldo devedor.
- Como o custo de ficar no cheque especial é alto, o cliente não deve usá-lo como extensão dos seus rendimentos (salário, aposentadoria, etc.); Ou seja, limite especial não é uma segunda fonte de renda, como a grande maioria dos consumidores brasileiros entendem.
- Na prática, financiar o orçamento doméstico com o cheque especial é aumentar os gastos, porque juros serão cobrados;
- Caso o cliente precise de crédito por um prazo maior, o ideal é conversar com o banco (gerentes ou similares) sobre quais empréstimos pessoais estão à disposição; e
- Se o cidadão não precisa de crédito e usa o cheque especial, a recomendação é planejar melhor o orçamento compatiblizando os gastos com os ganhos, e acompanhar a conta corrente evitando o uso desta linha de crédito.
No final de abril de 2009, o saldo de cheque especial utilizado somava R$ 18,05 bilhões. O cheque especial representa cerca de 2% de todo o crédito concedido no país e cerca de 4% do crédito concedido a pessoas físicas.
Alguns bancos chegam a cobrar 2 dígitos ao mês, como é o caso do Banco Safra. Lá, para o cliente “especial”, a taxa é espacial = 12,3% ao mês ou 147,6% ao ano. Notem que a Selic está em 8,75% ao ano.
A média só fica menor devido às taxas dos bancos públicos, como o juro da Caixa Econômica Federal que, embora fora de qualquer patamar republicano, é quase a metade dos demais (6,79% ao mês). Quem quiser conferir mais sobre taxas de juros cobrados no cheque especial sugiro acessar ao site do Bacen.
PANO RÁPIDO: Limite de cheque especial é igual à loira gelada (refiro-me à cerveja e não à Gisele Bundschen, apesar do nome):
- Beba com moderação.
- Se for dirigir, não beba.
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