Economia: ISE aponta aumento de 3,7% em junho
Melhora na expectativa de crescimento da atividade interna, da oferta de crédito e a redução da Inflação foram as razões para a elevação do índice em junho
Brasileiros acreditam que momento é de consumir
Pela terceira vez consecutiva, os economistas estão mais confiantes em relação à economia devido a um cenário mais seguro, aponta o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), de junho, realizado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). No mês, o índice teve aumento de 3,7% em relação a maio, passando de 92,4 pontos para 95,8 pontos. Em relação a junho do ano anterior, a elevação foi de quase 1%. "A expectativa de crescimento do nível de atividade interna, da oferta de crédito ao consumidor e uma queda da inflação foram as razões para a elevação do indicador em junho", afirma Guilherme Dietze, economista da Fecomercio. Mesmo com esse resultado, o ISE permanece no campo do pessimismo, ou seja, abaixo de 100 pontos. Segundo Dietze, a melhora da avaliação dos economistas em relação a esses fatores deve-se aos dados divulgados recentemente do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, referentes ao primeiro trimestre de 2009, que apresentou resultado melhor do que o esperado, da redução da taxa básica de juros (Selic), que influencia positivamente o aumento da concessão de crédito, e dos dados inflacionários ficando abaixo das expectativas de mercado. De acordo com os dados deste mês, subiram de três para cinco os itens que ficaram no patamar de otimismo. Os dois que voltaram ao nível acima dos 100 pontos foram Taxa de Inflação (109,7) e Oferta de Crédito ao Consumidor (107,3) e se juntaram com Cenário Internacional (133,8), Nível de Atividade Interna - PIB (128,2), Taxa de Câmbio (117,2). Os que permanecem no patamar de pessimismo de acordo com os economistas são: Nível de Emprego (87,9), Salários Reais (77,2), Taxa de Juro (68,1) e Gastos Públicos (34,1). Este último continua, desde o início da série, como a pior avaliação e ainda apresentou na margem uma queda próxima a 11%. Em relação à Taxa de Juros, por mais que tenha havido uma queda e influenciado positivamente o item Oferta de Crédito, os economistas ainda consideram inadequado para economia tanto na avaliação atual (51,5) quanto na futura (84,6). Na análise dos dois sub-índices do ISE, percebe-se uma pressão positiva maior do Índice Atual, que apesar de permanecer no patamar de pessimismo (77,7), apresentou alta de 8,9% em relação a maio. Já o Índice Futuro ficou perto da estabilidade com 0,5% chegando aos 113,4. Segundo Dietze, os números apresentados mostram que os economistas estão com um otimismo moderado em relação à situação futura da economia e ainda cautelosos nas questões atuais, mas na margem apresentam melhora de forma mais expressiva, aproximando cada vez mais as duas avaliações. "Esse resultado demonstra uma maior estabilidade da economia", finaliza Dietze. NOTA METODOLOGIA O Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE) é o mais novo indicador da Fecomercio. Realizado em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) desde junho de 2008, a pesquisa detecta as perspectivas dos economistas em relação às tendências da economia nacional e mundial. Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: percepção presente e expectativas futuras. O ISE varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sobre a Fecomercio: A Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa 151 sindicatos patronais, que abrangem cerca de 600 mil empresas, um universo que corresponde a 10% do PIB brasileiro e gera em torno de cinco milhões de empregos. Sobre a OEB: A Ordem dos Economistas do Brasil, entidade civil cultural e de utilidade pública, criada em 1935, é a mais antiga representação dos economistas brasileiros. Voltada ao aprimoramento, atualização e prestígio da categoria profissional, promove cursos, palestras, workshops, sendo credenciada pelo Ministério da Educação para ministrar cursos de MBA "lato sensu". Contribui com as faculdades de economia na adequação de estruturas curriculares às necessidades regionais e coopera com as organizações privadas e governamentais em assuntos correlatos ao campo das ciências econômicas. |
Fonte: Revista Incorporativa
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