Mercado: Morgan Stanley recomenda papéis da Petrobras para overweight

Morgan Stanley eleva preço-alvo e recomendação para ADRs da Petrobras
A maioria dos riscos estimados pelo Morgan Stanley para a Petrobras no início deste ano - redução dos preços de varejo dos combustíveis, emissão de ações e margens de refino negativas - se abrandou. Como consequência, a equipe de análise do banco elevou a recomendação dos ADRs (American Depositary Receipts) da estatal para overweight (acima da média do mercado) e o preço-alvo dos ativos.

A visão da equipe de análise para o setor também foi revisada para cima, passado de "em linha" para "atrativa". Isto significa que, agora, o Morgan Stanley espera que a performance do setor nos próximos 12 a 18 meses seja atrativa em comparação com o desempenho no mercado.

Projeções do Morgan Stanley para ADRs da Petrobras
CódigoPreço-alvo*UpsideRecomendação
PBRUS$ 56,0024%Overweight
PBR.AUS$ 47,0029%Overweig ht
*Para o período de 12 a 18 meses

Riscos
A justificativa para a elevação da recomendação destes papéis para overweight se dá pelo menor risco presente aos ganhos da estatal no curto prazo, após a recuperação do petróleo e as margens terem se provado muito mais resilientes a menores preços da commodity.

Uma análise mais detalhada dos riscos, abrandados ao ver do banco, mostra a seguinte visão do Mortgan Stanley:

Queda dos preços dos combustíveis no varejo: este risco agora é passado. Os analistas não esperam cortes no Brasil, enquanto precificam o barril do petróleo a US$ 80, valor em linha com os contratos futuros. Vale lembrar que no início de sta semana a Petrobras anunciou corte nos preços da gasolina tipo A e do diesel nas refinarias, porém o Ministério da Fazenda elevou a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) que incide sobre os preços destes produtos.

Emissão de ações: menos provável, por conta da recente alta do petróleo, o que, combinada com forte fluxo de caixa operacional no primeiro trimestre deste ano, deixa os parâmetros de dívida em níveis mais confortáveis. No cenário-base do Morgan Stanley, a alavancagem da Petrobras não ultrapassa 35%.

Margens de refino negativas: menor probabilidade. Menor exposição aos preços do petróleo, por conta da apreciação do real, tem compensado o aumento dos preços do óleo bruto, fazendo desnecessário um ajuste nos preços ao varejo.

Drivers
O Morgan Stanley evita concentrar sua análise nas referências de curto prazo, já que o ADR da Petrobras está atualmente sendo negociado a múltiplos elevados (com base na série histórica), o que, a princípio, sugeriria uma visão pessimista.

Assim, as perspectivas para os ativos passam a ser traçadas pelo cenário de preços do petróleo a US$ 85 o barril (ligeiramente acima da curva dos contratos futuros), o que traz projeção de ganho de cerca de US$ 3,71 por ADR em 2011.

Câmbio, preços do petróleo e anúncios de reservas são tidos como os principais drivers dos ADRs da Petrobras. Mudanças no marco regulatório, por sua vez, são apostadas como fator de risco.

Oportunidade em PBR.A
Em seu relatório publicado nesta sexta-feira (12), o Morgan Stanley destaca ainda a oportunidade presente no investimento nos ADRs representativos das ações preferenciais da Petrobras (PBR.A), negociados atualmente com um desconto de 20% em relação ao ADR que representa a ação ON da estatal (PBR).

O banco não vê fundamentos que justifiquem este spread entre os papéis. A diferença histórica entre os preços de ambos os papéis é de 15%.

Fonte: http://www.morganstanley.com/index.htm l

Comentário: Ei! PiG e oposição (demotucanalhas) entreguistas. Vocês se lembram?

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