Mercado: Credit Suisse também revisa e eleva preço-alvo da Petrobras

Credit Suisse eleva preço-alvo para ADRs da Petrobras
O banco Credit Suisse revisou as suas projeções para a Petrobras (PETR4), incorporando o novo cenário macroeconômico e optou por aumentar em cerca de 8% o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da estatal para US$ 38,00, diante de uma menor taxa de desconto no modelo adotado.

O novo valor, no entanto, é ainda inferior à atual cotação dos papéis, em torno de US$ 40,00. Em sua nova análise, os analistas consideraram a forte valorização na cotação do barril de petróleo neste segundo trimestre de 2009, além da redução no mercado doméstico do preço do diesel e da gasolina.

Motivo para alta do petróleo
Na opinião do banco, o motivo principal para a alta nos contratos da commodity nesses três meses está relacionado à redução da produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que já se encontra abaixo do ponto de equilíbrio do mercado internacional.

Levando em conta o panorama do mercado, o nível das cotações já é mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de receitas dos países que incorporam a organização. Nesse sentido, é esperado que o próximo movimento seja de alta na produção, deixando menos espaço para novos avanços dos preços.

Múltiplos com pouca atratividade
Apesar do reajuste para cima do preço-alvo dos ADRs da estatal, os múltiplos apresentados por esses papéis não são atrativos, afirma o Credit Suisse, uma vez que os ativos estão sendo negociados com um prêmio de 20% em relação a outras grandes companhias do segmento de petróleo.

Fonte: Agência de Notícias Reuters

Entrevista do presidente da Petrobras à Revista Newsweek By Blog Fatos e Dados Petrobras

Plataforma

A China superou os Estados Unidos como o maior parceiro comercial do Brasil, e a Petrobras, gigante do setor de energia brasileiro, contraiu um empréstimo de US$ 10 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China, concebido para financiar os acordos de petróleo sem utilizar o dólar. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, voou até Pequim com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para finalizar o negócio. Ele falou com a repórter Manuela Zoninsein, da Newsweek, sobre o relacionamento com a China.

Trechos:


Como a crise financeira estreitou a relação Brasil-China, e isso foi feito em detrimento dos laços Brasil-EUA?

A crise econômica mundial motivou que o mercado de crédito se tornasse mais seletivo, restringindo o acesso ao crédito e às fontes de financiamento, particularmente nos EUA, onde a crise das subprime veio à tona. A China se tornou um grande centro financeiro, interessado em financiar projetos em
diversos países ao redor do mundo.

A China e Brasil são concorrentes em algumas áreas.

Por um lado, o Brasil pode ajudar a fornecer as necessidades energéticas da China. Por outro lado, a China pode ser um grande financiador de projetos brasileiros e uma boa prestadora de bens e serviços de energia para a cadeia produtiva no Brasil. É um bom negócio: a China precisa de petróleo e tem dinheiro, nós precisamos de dinheiro e temos petróleo. É uma boa relação de negócios baseada no “ganha-ganha”.

Quando os dois gigantes podem trabalhar juntos?

No desenvolvimento de tecnologias. No Brasil, nós temos segmentos tecnológicos avançados, tais como a indústria da aviação. Temos feito grandes progressos na área dos biocombustíveis para além dos progressos que fizemos na Petrobras com a nossa expertise no desenvolvimento de tecnologia de exploração de águas profundas.

China e Brasil estão discutindo a forma de utilizar as suas próprias moedas em futuras transações comerciais. O que isso significa para a hegemonia do dólar na América Latina?

A Petrobras negocia usando o dólar americano como referência. Mas creio que poderia ser positiva, para o Brasil e para a China, a utilização das suas moedas nacionais nas operações de compra e venda. Isso poderia o aumentar fluxo comercial entre os dois países.

Daqui a dez anos, o que as pessoas vão lembrar em relação ao o que a crise de hoje mudou na política internacional e nos moldes do comércio internacional?

O ritmo do crescimento do PIB mundial dependerá mais dos países em desenvolvimento do que no passado, e isto será refletido na arquitetura financeira. A importância relativa do G20 em comparação com o G8 vai crescer.

Você pode esclarecer os termos do acordo com a Sinopec? A Petrobras fornece 150 mil barris de petróleo por dia no primeiro ano, subindo para 200 mil barris por mais nove anos para que ela receba um empréstimo de US$ 10 bilhões?

Os acordos de exportação com a Sinopec e os financiamentos concedidos pelo Banco de Desenvolvimento da China são dois diferentes acordos. Os empréstimos contraídos a partir do CDB serão pagos em dinheiro, não em petróleo. Exportações para a Sinopec são uma garantia para o empréstimo, mas eles vão ser negociados em termos comerciais, para cada entrega. O acordo não prevê um volume obrigatório de venda, nem fixação de preços.

Em que ponto o preço do petróleo vai se estabilizar?

Nossos projetos são sustentados com base em um preço do petróleo que varia entre US$ 37 a US$ 45 por barril. O preço internacional do petróleo não é necessariamente relevante para o comércio e as decisões de investimentos futuros, uma vez que existem grandes flutuações no preço do barril. Mas vejo um aumento no preço do petróleo.

O governo brasileiro detém 40% das ações e 58% das ações com direito a voto da Petrobras. Brasília influencia neste acordo?

Esta oportunidade de “fundraising” (angariar fundos) resultou da cooperação entre nossos países. Como maior acionista, o governo Brasileiro age como um grande motor para as transações comercias da Petrobras com empresas de outros países.

Para conhecer a matéria na íntegra, clique aqui.

Fonte: http://petrobrasfatosedados.wordpress.com/2009/06/15/entrevista-do-presidente-da-petrobras-a-revista-newsweek/



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