Case da Discórdia: Um tal Cadastramento de Rede
"À mulher de César não basta ser; é preciso parecer..."
(Cícero)
Cuidado: marketing pessoal não é só aparência
Sim, caro leitor. Se você está pensando que para criar seu marketing pessoal basta utilizar uma roupa cara, de grife, cuidado: você está indo por um mau caminho. A consultora Maria Aparecida alerta que o marketing pessoal está sustentado em três pilares:
Aparência, nesse caso, definitivamente não é tudo.
Uma boa estratégia de marketing pessoal vai desde pequenos atos do dia-a-dia, como uma saudação, um aperto de mão, um sorriso, até a elaboração de um plano de marketing pessoal com metas definidas. Outro fator relevante, dizem os consultores, é o conhecimento, ou seja, o profissional deve estar sempre bem-informado e atento a todos os acontecimentos.
O que fazer... e o que não fazer
Nunca se esqueça de que quem não é visto, também não é lembrado. Mas apenas ser lembrado não basta. Você precisa ser lembrado de maneira especial, as pessoas precisam lembrar de você como aquela figura simpática, agradável, que todos querem por perto. Acha que estamos complicando? Fique tranqüilo, isso não é um bicho-de-sete-cabeças. A consultora Maria Aparecida dá algumas dicas:
“Todos os comportamentos proibidos são aqueles que demonstram falta de consideração pelos outros ou que de algum modo revelam descuido ou uma falta de qualidade da nossa imagem pessoal. Podemos citar alguns pecados, dentre os muitos, que atentam irremediavelmente contra o marketing pessoal de bons resultados:
· Usar roupa e sapatos pouco cuidados (sujos, rasgados, puídos e envelhecidos).
· Descuidar-se da higiene corporal, dos cabelos, unhas e barba e não combater os maus odores (halitose principalmente).
· Apertar a mão das pessoas com a mão mole, ou oferecendo só a ponta dos dedos.
· Conversar tocando nas pessoas, dar “tapinhas nas costas”, falar cuspindo e se aproximar demais.
· Falar muito alto ou muito baixo. Fazer uso de palavrões ou excesso de gírias.
· Conversar sem olhar para os olhos das pessoas ou de óculos escuros.
· Falar muito e ouvir pouco. Cometer erros de concordância ou regência.
· Demonstrar excesso de curiosidade e de intimidade. Fazer perguntas indiscretas. Interromper as pessoas. Demonstrar insegurança nos gestos e atitudes.
· Ostentar e mencionar as grifes que usa.
· Carregar nos méritos pessoais.
· Abusar de cores e detalhes chamativos na roupa ou vestir-se de forma inadequada, sem noção de hora, local, idade e tipo físico.
· Mascar chicletes, falar de boca cheia, não saber usar os talheres, o telefone e o celular.
· Fumar em hora e local inadequados, ignorando o incômodo que causa às pessoas.
· Falta de pontualidade. Falar de assuntos que não lhe dizem respeito.
· Não responder correspondências ou não dar retorno às chamadas telefônicas.”
E Persona complementa: “nenhuma lista seria tão completa quanto a que está contida na regra áurea do fazer aos outros o que você gostaria que fizessem a você também. Acho que isto e uma boa dose de bom-senso e tolerância fazem parte de uma receita de sucesso para o marketing pessoal”.
Cuidado para não exagerar
Discrição combina, e muito, com marketing pessoal. Portanto, equilíbrio. “O equilíbrio é a base de tudo na vida. Nos quesitos conduta e imagem pessoal, também não é diferente, a discrição é que faz a diferença entre o elegante e o exibido, o inteligente e o bisonho, o incompetente e o inepto, entre o arrogante e o humilde”, analisa Maria Aparecida. Chavões e frases feitas também mais prejudicam do que atrapalham.
Marketing pessoal: passaporte para um networking eficiente
O marketing pessoal não está diretamente relacionado ao networking eficiente, mas que ajuda, ajuda. “Uma imagem pessoal bem-cuidada deixa no subconsciente das pessoas que conhecemos uma ótima impressão, que segundo os estudiosos, dura vinte anos. O profissional pode não conseguir o que deseja num primeiro momento, mas deixará sempre as portas abertas para uma indicação futura. Isso nos leva a concluir que o marketing pessoal é uma poderosa ferramenta de networking”, comenta Maria Aparecida.
Mas será que só pessoas extrovertidas conseguem criar um marketing pessoal eficiente e, de quebra, formar uma interessante lista de relacionamentos? Na opinião de Persona, alguém com uma personalidade mais voltada para a coleção de amigos e saídas freqüentes para reuniões e confraternizações terá melhores chances de criar uma rede de relacionamentos.
Mas para aqueles mais tímidos, ele dá um alento, contando um pouco de sua experiência pessoal: “eu, por exemplo, sou bastante introspectivo em minha vida privada, evitando festas e eventos sociais. Faz parte de minha natureza de leitor e escritor me recolher em um mundo mais particular. Porém, quando participo de alguma festa ou evento, não vou vestido de ostra. Pelo contrário, desempenho meu papel de ser humano, social e gregário, e tenho prazer nisso. Para compensar minha preferência pela individualidade no mundo real, dediquei-me a conquistar uma rede de relacionamentos no mundo virtual, conhecendo e me relacionando com um número muito maior de pessoas do que teria sido possível antes do advento da Internet. Portanto, considero que a criação de uma estratégia de marketing pessoal não significa ter que abrir mão de algumas características que nos são próprias, mas sim descobrir meios alternativos de compensar nossas deficiências em uma ou outra área”.
A Internet, diz Persona, é hoje ferramenta indispensável na construção de uma marca pessoal e nela o profissional deve trabalhar divulgando o que sabe. Sua munição para a promoção da marca é o conhecimento. “Quem conhecer o caminho da disseminação do conhecimento usando a Internet e entender como funcionam os sites de busca, poderá alcançar um bom índice de sucesso em sua estratégia de marketing pessoal”.
Nas empresas
O professor Cortez, da ADVB, diz que o marketing pessoal está inserido em todos os contextos, até mesmo dentro das empresas. “Organizações que sabem desenvolver seu marketing pessoal são organizações de sucesso. E como elas conquistam esse sucesso? Pelo brilho no olhar de cada funcionário, que vende sua imagem para o colega e para o cliente”.
Mas para Persona, as organizações precisam tomar cuidado. “Um grande erro de algumas empresas é viver sob o refrão de que tudo ali é trabalho de equipe. Bem, se for sempre assim, então meus clientes internos ou externos não são meus, mas de minha equipe. Basta que eu tenha uma performance dentro da média da equipe e tudo correrá bem. Este pensamento, que se transforma em comportamento, pode ser encontrado em algumas empresas que acham ser prática ruim dar crédito a uma única pessoa por algum sucesso alcançado, diluindo sua capacidade numa equipe que nem sempre merecia ter crédito. Quando você encontra este tipo de comportamento numa empresa, pode ter certeza de que ali o marketing pessoal não irá nunca fazer morada”.
Fonte: Cristina Balerini é jornalista do Grupo Catho
Comentários: Fato é que uma importante instituição financeira, cujos ranços jurássicos de administração historicamente reconhecidos por seu corpo de funcionários, resolveu inverter a lógica de selecionar os mais capacitados e, como se Deus fosse, capacitar os escolhidos segundo conveniências pessoais (entenda-se laços extra-profissionais). A empresa tentou basicamente o que a foto abaixo representa:
Resultado: A empresa não existe mais. A lição serve tanto para pessoas jurídicas como para pessoas físicas, "uma mulher que deseja aparentar ser homem, pode até aparentar, mas será sempre um homem mal acabado".
Sim, caro leitor. Se você está pensando que para criar seu marketing pessoal basta utilizar uma roupa cara, de grife, cuidado: você está indo por um mau caminho. A consultora Maria Aparecida alerta que o marketing pessoal está sustentado em três pilares:
- aparência bem-cuidada,
- comportamento correto e
- habilidade de relacionamento interpessoal.
Aparência, nesse caso, definitivamente não é tudo.
Uma boa estratégia de marketing pessoal vai desde pequenos atos do dia-a-dia, como uma saudação, um aperto de mão, um sorriso, até a elaboração de um plano de marketing pessoal com metas definidas. Outro fator relevante, dizem os consultores, é o conhecimento, ou seja, o profissional deve estar sempre bem-informado e atento a todos os acontecimentos.
O que fazer... e o que não fazer
Nunca se esqueça de que quem não é visto, também não é lembrado. Mas apenas ser lembrado não basta. Você precisa ser lembrado de maneira especial, as pessoas precisam lembrar de você como aquela figura simpática, agradável, que todos querem por perto. Acha que estamos complicando? Fique tranqüilo, isso não é um bicho-de-sete-cabeças. A consultora Maria Aparecida dá algumas dicas:
“Todos os comportamentos proibidos são aqueles que demonstram falta de consideração pelos outros ou que de algum modo revelam descuido ou uma falta de qualidade da nossa imagem pessoal. Podemos citar alguns pecados, dentre os muitos, que atentam irremediavelmente contra o marketing pessoal de bons resultados:
· Usar roupa e sapatos pouco cuidados (sujos, rasgados, puídos e envelhecidos).
· Descuidar-se da higiene corporal, dos cabelos, unhas e barba e não combater os maus odores (halitose principalmente).
· Apertar a mão das pessoas com a mão mole, ou oferecendo só a ponta dos dedos.
· Conversar tocando nas pessoas, dar “tapinhas nas costas”, falar cuspindo e se aproximar demais.
· Falar muito alto ou muito baixo. Fazer uso de palavrões ou excesso de gírias.
· Conversar sem olhar para os olhos das pessoas ou de óculos escuros.
· Falar muito e ouvir pouco. Cometer erros de concordância ou regência.
· Demonstrar excesso de curiosidade e de intimidade. Fazer perguntas indiscretas. Interromper as pessoas. Demonstrar insegurança nos gestos e atitudes.
· Ostentar e mencionar as grifes que usa.
· Carregar nos méritos pessoais.
· Abusar de cores e detalhes chamativos na roupa ou vestir-se de forma inadequada, sem noção de hora, local, idade e tipo físico.
· Mascar chicletes, falar de boca cheia, não saber usar os talheres, o telefone e o celular.
· Fumar em hora e local inadequados, ignorando o incômodo que causa às pessoas.
· Falta de pontualidade. Falar de assuntos que não lhe dizem respeito.
· Não responder correspondências ou não dar retorno às chamadas telefônicas.”
E Persona complementa: “nenhuma lista seria tão completa quanto a que está contida na regra áurea do fazer aos outros o que você gostaria que fizessem a você também. Acho que isto e uma boa dose de bom-senso e tolerância fazem parte de uma receita de sucesso para o marketing pessoal”.
Cuidado para não exagerar
Discrição combina, e muito, com marketing pessoal. Portanto, equilíbrio. “O equilíbrio é a base de tudo na vida. Nos quesitos conduta e imagem pessoal, também não é diferente, a discrição é que faz a diferença entre o elegante e o exibido, o inteligente e o bisonho, o incompetente e o inepto, entre o arrogante e o humilde”, analisa Maria Aparecida. Chavões e frases feitas também mais prejudicam do que atrapalham.
Marketing pessoal: passaporte para um networking eficiente
O marketing pessoal não está diretamente relacionado ao networking eficiente, mas que ajuda, ajuda. “Uma imagem pessoal bem-cuidada deixa no subconsciente das pessoas que conhecemos uma ótima impressão, que segundo os estudiosos, dura vinte anos. O profissional pode não conseguir o que deseja num primeiro momento, mas deixará sempre as portas abertas para uma indicação futura. Isso nos leva a concluir que o marketing pessoal é uma poderosa ferramenta de networking”, comenta Maria Aparecida.
Mas será que só pessoas extrovertidas conseguem criar um marketing pessoal eficiente e, de quebra, formar uma interessante lista de relacionamentos? Na opinião de Persona, alguém com uma personalidade mais voltada para a coleção de amigos e saídas freqüentes para reuniões e confraternizações terá melhores chances de criar uma rede de relacionamentos.
Mas para aqueles mais tímidos, ele dá um alento, contando um pouco de sua experiência pessoal: “eu, por exemplo, sou bastante introspectivo em minha vida privada, evitando festas e eventos sociais. Faz parte de minha natureza de leitor e escritor me recolher em um mundo mais particular. Porém, quando participo de alguma festa ou evento, não vou vestido de ostra. Pelo contrário, desempenho meu papel de ser humano, social e gregário, e tenho prazer nisso. Para compensar minha preferência pela individualidade no mundo real, dediquei-me a conquistar uma rede de relacionamentos no mundo virtual, conhecendo e me relacionando com um número muito maior de pessoas do que teria sido possível antes do advento da Internet. Portanto, considero que a criação de uma estratégia de marketing pessoal não significa ter que abrir mão de algumas características que nos são próprias, mas sim descobrir meios alternativos de compensar nossas deficiências em uma ou outra área”.
A Internet, diz Persona, é hoje ferramenta indispensável na construção de uma marca pessoal e nela o profissional deve trabalhar divulgando o que sabe. Sua munição para a promoção da marca é o conhecimento. “Quem conhecer o caminho da disseminação do conhecimento usando a Internet e entender como funcionam os sites de busca, poderá alcançar um bom índice de sucesso em sua estratégia de marketing pessoal”.
Nas empresas
O professor Cortez, da ADVB, diz que o marketing pessoal está inserido em todos os contextos, até mesmo dentro das empresas. “Organizações que sabem desenvolver seu marketing pessoal são organizações de sucesso. E como elas conquistam esse sucesso? Pelo brilho no olhar de cada funcionário, que vende sua imagem para o colega e para o cliente”.
Mas para Persona, as organizações precisam tomar cuidado. “Um grande erro de algumas empresas é viver sob o refrão de que tudo ali é trabalho de equipe. Bem, se for sempre assim, então meus clientes internos ou externos não são meus, mas de minha equipe. Basta que eu tenha uma performance dentro da média da equipe e tudo correrá bem. Este pensamento, que se transforma em comportamento, pode ser encontrado em algumas empresas que acham ser prática ruim dar crédito a uma única pessoa por algum sucesso alcançado, diluindo sua capacidade numa equipe que nem sempre merecia ter crédito. Quando você encontra este tipo de comportamento numa empresa, pode ter certeza de que ali o marketing pessoal não irá nunca fazer morada”.
Fonte: Cristina Balerini é jornalista do Grupo Catho
Comentários: Fato é que uma importante instituição financeira, cujos ranços jurássicos de administração historicamente reconhecidos por seu corpo de funcionários, resolveu inverter a lógica de selecionar os mais capacitados e, como se Deus fosse, capacitar os escolhidos segundo conveniências pessoais (entenda-se laços extra-profissionais). A empresa tentou basicamente o que a foto abaixo representa:
Resultado: A empresa não existe mais. A lição serve tanto para pessoas jurídicas como para pessoas físicas, "uma mulher que deseja aparentar ser homem, pode até aparentar, mas será sempre um homem mal acabado".
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