Mercado: 36a. quebra de banco nos EUA

Trigésimas quinta e sexta quebras de bancos nos EUA em 2009 são confirmadas pela FDIC
Caderno de Economia
FDIC confirma a trigésima quinta quebra de banco nos EUA somente em 2009
Foi confirmada na noite desta sexta-feira (22) mais uma baixa no sistema financeiro norte-americano.

Com a quebra do Strategic Capital Bank, do estado de Illinois, o número de instituições bancárias que chegaram à falência com a crise nos EUA este ano chegou a 35.

A FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) confirmou a baixa. A instituição possuía uma base de ativos próxima de US$ 537 milhões e um total de cerca de US$ 471 milhões em depósitos.

Conforme informou o órgão regulador do sistema financeiro do país, o Midland States Bank, também de Illinois, irá assumir a totalidade dos depósitos do Strategic Capital Bank.
Depois do Strategic Capital Bank, foi confirmada na noite desta sexta-feira (22) mais uma baixa no sistema financeiro norte-americano.
Com a quebra do Citizens National Bank, do estado de Illinois, o número de instituições bancárias que chegaram à falência com a crise nos EUA apenas neste ano chegou a 36.

A FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) confirmou a baixa. A instituição possuía uma base de ativos próxima de US$ 437 milhões e um total de cerca de US$ 400 milhões em depósitos.

Conforme informou o órgão regulador do sistema financeiro do país, o Morton Community Bank, também de Illinois, irá assumir a totalidade dos depósitos do Citizens National.

(Fonte: Federal Deposit Insurance Corporation)

Consultoria divulga ranking de risco para ativos do setor bancário brasileiro
A consultoria de análise de risco Cyrnel International divulgou nesta sexta-feira (22) seu ranking dos papéis mais arriscados do setor bancário brasileiro, com a lista sendo encabeçada pelas ações ordinárias do Banco do Nordeste (BNBR3), com grau de risco 2,90, segundo a metodologia da empresa.

"O sistema que desenvolvemos aqui na Cyrnel sempre considera como marca de referência a carteira completa do Ibovespa, que representa o grau de risco igual a 1", explica Carlos Frederico S. Werneck, gerente de operações da instituição.

Na outra ponta do ranking, figuram entre os papéis menos arriscados as units do ABC Brasil, seguida pelas ações ordinárias do Itaú Unibanco (ITUB3), que, ao se considerar o estudo de cenários de estresse desenvolvido pela Cyrnel, seriam as mais expostas a uma variação do Ibovespa.

Paralelamente, os ativos ordinários do Banco Alfa (BRIV3) seriam os menos afetados pela volatilidade do índice.

Confira na tabela abaixo os 10 papéis com maior grau de risco:

AtivoCódigoGrau de Risco
Nord Brasil ONBNBR32,90
Banrisul ONBRSR32,88
Nord Brasil PNBNBR42,76
Brasil BNS CBBAS132,57
Alfa Financ ONCRIV32,56
Sofisa ONSFSA32,56
Merc Financ PNMERC42,53
Banrisul PNABRSR52,31
Amazonia ONBAZA32,22
Merc Invest PNBMIN42,17


Confira na tabela abaixo os 10 papéis com menor grau de risco:

AtivoCódigoGrau de Risco
ABC Brasil unit-0,95
Itaú Unibanco ONITUB31,17
Bradesco ONBBDC31,18
Alfa Invest ONBRIV31,33
Bradesco PNBBDC41,38
Alfa Financ PNCRIV41,40
Nossa Caixa ONBNCA31,41
Alfa Invest PNBRIV41,44
Itau Unibanco PNITUB41,46
Pine PNPINE41,46

Piora externa não intimida bolsa, que ganha 0,96% no dia e 3,19% na semana
Como ocorrido em dois pregões nesta semana, após operar no território positivo na maior parte do dia, Wall Street perdeu força no final da sessão e terminou no vermelho. Desta vez, no entanto, o Ibovespa conseguiu resistir. Ignorando a instabilidade externa, o índice foi influenciado pela alta das matérias-primas e terminou com valorização de 0,96% na sessão e de 3,19% no acumulado da semana - cravando 50.568 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 3,62 bilhões.

No âmbito corporativo, as tensões envolvendo os setores automotivo e financeiro dos EUA trouxeram cautela aos investidores. A GMAC recebeu mais US$ 7,5 bilhões do Tesouro dos EUA e, apesar das notícias que suavizaram os tensões em torno da saúde de seu braço financeiro, as ações da GM desabaram 25,52%, levadas pelos temores com a proximidade do fim do prazo dado pelo governo para a reestruturação. A notícia sobre a provável saída de Edward Liddy das funções de chairman da AIG (-5,56%) também pesou contra.

Os temores envolvendo os ratings soberanos de economias desenvolvidas também estiveram entre os principais assuntos do dia. Após a redução da perspectiva para o rating do Reino Unido na véspera, a Moody's reafirmou a classificação dos títulos soberanos dos EUA. Vale lembrar que, no começo desta semana, a agência de classificação de risco rebaixou a nota do Japão.

Em contrapartida, resultados positivos na esfera corporativa tentaram sustentar o bom humor nas bolsas norte-americanas ao longo do pregão. O lucro líquido da varejista Sears (+10,38%), que no primeiro trimestre do ano passado teve prejuízo de US$ 56 milhões, somou US$ 26 milhões no primeiro quarto deste ano. Na mesma linha, a Aruba Networks divulgou ganhos acima do esperado no mesmo período e, além disso, o JPMorgan elevou a recomendação aos ativos da companhia, que dispararam 28,21%.

Bolsa resiste, sobe no dia e na semana
Apesar da perda de fôlego das bolsas norte-americanas no fim do pregão, o Ibovespa conseguiu fechar com valorização, conduzido pelos papéis de Petrobras. Na outra ponta, o fraco desempenho dos setores de tecnologia e telecomunicações barrou ganhos mais robustos ao índice.

Além da alta no preço do petróleo, os papéis da Petrobras foram influenciados pela notícia que a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) ratificou a decisão da SEP (Superintendência de Exploração), aprovando os prazos concedidos aos Planos de Avaliação referentes aos blocos BM-S-8, BMS-9, BM-S-10, BM-S-11 e BM-S-21.

No destaque positivo do índice apareceram as ações da Cyrela, que se recuperaram após dois pregões seguidos de perdas. Já a maior desvalorização do benchmark ficou com os papéis ordinários da TIM, que tiveram forte baixa depois de subirem forte na véspera. Ainda no setor, os papéis preferenciais da Brasil Telecom Participações ficaram com a segunda maior baixa do índice, após apresentarem valorização nos dois últimos dias.

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:



Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1

CYRE3 Cyrela Realty ON 13,87 +4,68 +52,84 21,13M

BVMF3 BMF Bovespa ON 10,40 +4,52 +76,29 232,44M

RSID3 Rossi Resid ON 7,55 +3,28 +103,72 9,55M

JBSS3 JBS ON 6,12 +2,86 +25,57 12,24M

SBSP3 Sabesp ON 29,74 +2,59 +8,86 14,31M



As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:



Cód.AtivoCot R$% Dia% AnoVol1

TCSL3 TIM Part ON 7,14 -4,55 +45,42 1,97M

BRTP4 Brasil T Par PN 17,16 -3,00 -1,44 4,48M

CCRO3 CCR Rodovias ON 28,10 -2,26 +20,62 12,43M

TLPP4 Telesp PN 44,80 -1,54 +3,75 8,17M

CLSC6 Celesc PNB N2 32,00 -1,45 -2,47 1,36M



As ações mais negociadas, dentre as que compõem o Índice Bovespa, foram:



CódigoAtivoCot R$Var %Vol1Vol 30d1Neg




PETR4 Petrobras PN32,87+1,14483,13M696,71M 10.971




VALE5 Vale Rio Doce PNA 32,45+0,43400,14M614,94M 13.178




BVMF3 BMF Bovespa ON 10,40+4,52232,44M202,10M 11.214




ITUB4 Itau Unibanco PN 30,38+1,30152,63M224,25M 7.301




VALE3 Vale Rio Doce ON 37,75-0,19131,04M177,42M 4.094

* - Lote de mil ações
1 - Em reais (K - Mil | M - Milhão | B - Bilhão)


Dólar cai
Mesmo com nova intervenção do Banco Central no mercado cambial, o dólar comercial permaneceu no campo negativo durante toda a sexta-feira (22) e fechou com queda de 0,49%, cotado a R$ 2,026.

O Banco Central do Brasil realizou pela décima primeira vez consecutiva uma compra de dólares em leilão no mercado à vista, a taxa de R$ 2,0313. De acordo com comunicado do Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais), a operação teve início às 15h22 e terminou às 15h32 (horário de Brasília).

Após Meirelles afirmar na última sessão que o mercado internacional começa a apostar que o Brasil sairá da crise antes que os demais países, devido ao aumento do fluxo cambial por aqui, foi a vez do ministro da Fazenda, Guido Mantega, falar sobre a valorização do real frente ao dólar.

Apesar de entender que o crescimento no fluxo de dólares no Brasil denota um interesse maior dos investidores e um sinal de que o País está forte para superar a crise, a valorização do real frente à divisa norte-americana é uma fonte de preocupação para o governo.

Na agenda doméstica, destaque para o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15), que revelou inflação de 0,59% em maio - acima do calculado no mês anterior. A aceleração foi atribuída ao aumento no preço do cigarro e dos remédios.

Renda Fixa
No mercado de renda fixa, os juros futuros encerraram em alta na BM&F Bovespa. O contrato com vencimento em janeiro de 2010, que apresenta maior liquidez, encerrou apontando taxa de 9,34%, alta de 0,01 ponto percentual frente à apresentada na sessão anterior.

No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado a 129,80% de seu valor de face, o que representa uma queda de 0,53%.

O risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, fechou cotado a 305 pontos-base, baixa de 4 pontos em relação ao fechamento anterior.

Bolsas Internacionais
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em leve baixa de 0,19% e atingiu 1.692 pontos.

Seguindo esta tendência, o índice Dow Jones desvalorizou-se 0,18% a 8.277 pontos, da mesma forma, o índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas, caiu 0,15% a 887 pontos.

Na Europa, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres registrou leve alta de 0,46% e atingiu 4.365 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 0,37% chegando a 4.919 pontos e o CAC 40, da bolsa de Paris, subiu 0,33% a 3.228 pontos.

Confira os indicadores previstos para a segunda-feira
Na segunda-feira (25), a FGV (Fundação Getulio Vargas) anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à terceira quadrissemana de maio. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.

A instituição ainda publica a Sondagem do Consumidor de maio. O indicador é compilado com base em uma amostra de mais de 200 domicílios em sete das principais capitais brasileiras.

Logo após, o Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à semana anterior, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

Nos EUA, será comemorado o Memorial Day, e consequentemente não haverá pregão em Wall Street.

Em tempo...

...Fusão coloca Sadia nos holofotes e como destaque de alta do Ibovespa na semana - As ações preferenciais da Sadia (SDIA4) fecharam esta semana como principal destaque positivo dentre os papéis que compõem o Ibovespa, com alta acumulada de 13,35%, fechando a sexta-feira (22) cotadas a R$ 5,01.

As ações entraram em foco após o anúncio de fusão com a Perdigão (PRGA3), que também figura entre os destaques de valorização do Ibovespa, criando a Brasil Foods. Com o saldo da semana, os papéis da Sadia acumulam alta de 33,60% desde o início do ano.

Os ativos de ambas as empresas iniciaram a semana em queda, por conta da insegurança dos investidores acerca da dívida da Sadia, temendo que esta possa prejudicar a nova empresa. Porém, foi anunciado que a nova companhia fará uma oferta pública de ações visando levantar R$ 4 bilhões, com o objetivo de equilibrar suas contas.

...Citigroup - De olho na fusão, que criará a décima maior empresa de alimentos da América, o Citigroup anunciou na quinta-feira que irá rever seu preço-alvo para ambos os ativos, recomendando aos seus clientes a compra dos papéis. "Acreditamos que há ainda um potencial de valorização considerável deixado por ambas as ações que precisa ser capturado com o negócio" afirmou o banco.

... Cade - Após a grande movimentação nos mercados por conta da fusão, o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Arthur Badin, sinalizou na quinta-feira, que o órgão pode "congelar" a união das empresas, ao afirmar, que se preocupa com o processo de criação da Brasil Foods, visto a necessidade de garantir as condições para que a ação possa ser revertida, no caso da operação ser vetada.

... Outros destaques -Outros papéis que também se destacaram positivamente foram Usiminas ON (USIM3, R$ 32,79, +9,81%), Usiminas PNA (USIM5, R$ 34,65, +8,45%), Perdigão ON (PRGA3, R$ 38,70, +8,10%), Bradespar PN (BRAP4, R$ 29,29, +7,88%) e Itau Unibanco PN (ITUB4, R$ 30,38, +7,01%).No mesmo período, o Ibovespa subiu 3,19%

Análises & Comentários

Por quanto tempo podemos esperar um impulso contínuo dos bancos centrais?
Desde de o início de março, os ativos de risco tiveram um expressivo rali. Ao ver do Morgan Stanley, um importante fator subjacente a este movimento que merece cuidado especial tem sido o excesso de liquidez que os bancos centrais têm "bombeado" no sistema através da cortes em taxas de juro e flexibilizações monetárias quantitativas.

Através destas injeções de capital, as autoridades monetárias também têm contribuído para abrandar o ritmo de contração da economia mundial. Assim, agora estamos entramos em uma fase em que a ação política maciça encontra-se necessária, e os analistas do banco continuam confiantes de que a economia mundial irá se recuperar nos próximos dois trimestres.

Com taxas de juro praticamente nulas e a flexibilização quantitativa desempenhando um papel fundamental neste processo de retomada, o Morgan Stanley enxerga duas questões de abordagem importante no atual cenário: por quanto tempo podemos esperar um impulso contínuo dos bancos centrais e quando os BCs decidirem normalizar as taxas e interromper as medidas não convencionais, que estratégias eles empregarão?

Crescimento econômico e inflação
Obviamente, o formato da recuperação e as perspectivas de inflação serão fundamentais na determinação das estratégias dos bancos centrais.

Os analistas continuam acreditando que os esforços políticos globais farão com que a economia mundial tenha um crescimento positivo já no segundo semestre de 2009, com os riscos inflacionários voltando a patamares reduzidos.

Mais importante, haverá um elevado nível de incerteza sobre a velocidade e intensidade da recuperação global. A natureza desta retomada está suscetível a ser prejudicada por aumentos agressivos em taxas de juro por parte dos bancos centrais.

Política expansionista
Na verdade, os analistas esperam que a política monetária expansionista permaneça por um período significativo, além do posterior desaparecimento da flexibilização quantitativa.

Recentemente, o Federal Reserve, o BoC (Bank of China), o RBNZ (Bank of New Zealand) e o BoE (Bank of England) publicaram minutas sinalizando que continuariam optando por manutenções nas taxas de juros nos níveis atuais por um considerável período.

Mercados emergentes
Para os países emergentes, os aumentos das taxas provavelmente vão ocorrer ao mesmo tempo, com a Índia em primeiro lugar, com elevação prevista para o primeiro trimestre de 2010, seguida pela Rússia no segundo e, por fim, Brasil e China apenas no terceiro trimestre do próximo ano.

No que diz respeito às preocupações sobre a "ativa" flexibilização quantitativa, os bancos centrais continuam a ter a maioria das compras de ativos à frente deles, e os riscos ainda são de que a dimensão e o alcance desses programas sejam expandidos.

"Acreditamos que os ativos adquiridos permanecerão na carteira dos bancos centrais, pelo menos enquanto as taxas estiverem próximas de zero e, em alguns casos, por muito mais tempo", finaliza o Morgan Stanley.

Fonte: Consultorias diversas

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