Media: Ana Paula Padrão acerta com a Record
Ana Paula Padrão é o mais novo nome do jornalismo da Rede Record.
Em comunicado divulgado à imprensa, a emissora informa que a jornalista irá dividir com Celso Freitas a apresentação diária do Jornal da Record. O contrato, que será assinado na próxima segunda-feira (11/05), terá duração de quatro anos.
De acordo com o comunicado, a contratação faz parte de uma etapa de investimentos da emissora no departamento de jornalismo. Recentemente, a Record contratou outros jornalistas renomados, muitos vindos da Rede Globo, como Carlos Dornelles e Vinícius Dônola.
Em 2005, Ana Paula trocou a Globo pelo SBT, onde começou apresentando o SBT Brasil. No final de 2006, ela deixou a bancada e passou a produzir o SBT Realidade.
Desde o início do ano existiam rumores de que o contrato com a emissora do Silvio Santos não seria renovado. O motivo seria a não concordância de Ana Paula em voltar ao jornalismo diário. Também surgiram boatos, negados pelo SBT, de que o problema seria no acerto salarial.
Na Globo, a jornalista passou 18 anos, sendo cinco deles à frente do Jornal da Globo.
Ana Paula Padrão conta que relutou em voltar a bancada de um telejornal
Ana Paula Padrão se prepara para se dividir entre a bancada do Jornal da Record e reportagens para a emissora. Aliás, foi essa a proposta que ela considerou tentadora. Não queria deixar a reportagem de lado, embora tenha consciência de que sua presença na bancada seja uma demanda do mercado e do público. As negociações com a Record começaram há dois meses.
“Sou repórter, minha carreira inteira foi feita em reportagem. Nos últimos dois anos, por causa do programa no SBT [SBT Repórter], estava conseguindo alcançar novamente isso. Achei que tinha conseguindo voltar a um caminho, com reportagens mais longas. Não esperava essa demanda por bancada de novo. Pensei que pudesse reverter isso”, conta.
Mas, segundo Ana Paula, graças a uma conversa com o marido, percebeu que não poderia virar as costas para o mercado. “Ele lembrou que as pessoas nas ruas me paravam e perguntavam quando me veriam de novo como apresentadora. As conversas com a Record incluíram reportagens e ficaram cada vez mais interessantes. Vou poder fazer também o que eu gosto de fazer”.
“Percebi que a gente não manda na nossa carreira. Você pode administrar situações e estou administrando essa. Acho que encontrei um superacordo que vai me permitir fazer o que gosto e dar a eles o que querem que eu faça”, constata.
A Record deve formar um núcleo de reportagens para produzir e editar matérias de Ana Paula Padrão. “Não sei ainda quem vai fazer parte deste núcleo”.
Como pediu um mês para se organizar na sua produtora Touraeg, o trabalho no Jornal da Record deve ter início em junho. “Minha empresa tem dois anos. No primeiro ano a minha presença era muito importante. Todos daqui estão entusiasmados. Vou ter menos tempo para vir mas se puder passar todos os dias pela manhã, já está ótimo”.
A despedida do SBT
A jornalista garante que a saída do SBT não teve relação com outros convites. “O problema é que o projeto do SBT não cabe no que eu posso entregar. Na Record, estão me oferecendo estrutura para fazer reportagem, com horário razoável. Vou ajudar a fechar o jornal, mas não vou ter responsabilidade editorial. Às vezes isso não permite fazer uma boa apuração e reportagem”.
Ela avalia os quatro anos que passou no SBT como um “período ótimo”. “O Silvio [Santos] me deu oportunidade de mudar a minha vida. Precisava muito naquele momento. Estava cansada, exausta e no momento certo ele me deu a chance. Sofri menos a inconstância de grade que outros profissionais que eu conheço. Tenho o maior respeito por ele e pela Casa”, diz, referindo-se à turbulenta decisão de deixar a TV Globo, que chegou, na época, a exigir que ela cumprisse o contrato até o fim.
Record nega que Ana Paula Padrão tenha pedido para apresentar telejornal sozinha
Douglas Tavolaro, diretor de Jornalismo da Rede Record, negou que Ana Paula Padrão tenha pedido para ser a única âncora do jornal da emissora, como informou a coluna de Daniel Castro, da Folha de São Paulo, do último domingo (10/05). “Ana Paula nunca fez um pedido desses, nem sequer cogitou, como publicaram alguns veículos”, afirmou Tavolaro em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, quando Ana Paula assina contrato com a Record.
Ana Paula fechou contratou de quatro anos para apresentar, ao lado de Celso Freitas, o Jornal da Record. “Foi uma decisão muito lenta, mas eles foram insistentes e me mostraram por que me queriam no time”, conta a jornalista.
A possibilidade de continuar fazendo reportagens especiais fez com que Ana Paula aceitasse a proposta. "Eu realmente acreditava que não voltaria à bancada. Aliar a reportagem à bancada é o que me fez aceitar o convite", explica.
Além de ser âncora do Jornal da Record, a jornalista irá produzir reportagens especiais para o telejornal, no Brasil e no exterior.
“Não tenho nenhum cargo executivo no jornal, para que eu possa me dedicar a outros projetos na minha vida”, contou. Entre os projetos está a empresa que dirige, a produtora Touraeg, além de um projeto que pretende colocar em prática ainda este ano, de seminários e fóruns para estudantes e recém-formados em jornalismo.
“Eu fui transparente durante toda a negociação sobre o meu interesse em reportagem. Agora vou ter a possibilidade fazer reportagem e manter o vínculo com o que eu realmente gosto”, afirmou.
Ana Paula irá contar com uma equipe de repórteres como Carlos Dorneles, Luiz Carlos Azenha, Arnaldo Duran e Vinícius Dônola. Nesta segunda a jornalista e a direção discutem mais detalhes sobre o telejornal.
A direção da Record ainda não informou a data de estreia da apresentadora.
Fonte: Portal Comunique-se
Comentários
Sabemos, perfeitamente, que os "top media" jamais dão as costas para o mercado, mesmo os que enchem a boca, ao serem escurraçados da grande mídia, para dizerem que, agora, são da imprensa alternativa.
Acho mais sincero o profissional assumir sua "dependência mercadológica" ainda que veladamente, como o caso da APP.
Agora, uma perguntinha: o que o faz pensar que a jornalista citada é minha musa? Não fiz nenhum comentário a respeito dela, apenas transcrevi literalmente a notícia veiculada no portal Comunique-se.
Prezado, não tenho musas na mídia. Tenho musas, sim, na literatura, na história, no cinema, nas artes. Fora isso, e, em se tratando, particularmente de mulheres, essas, pensou eu, não foram feitas para serem admiradas, foram feitas para serem amadas.
Assim, como a "costelinha de Adão" em questão já tem o seu predador resta-nos olhar com os olhos e lamber com a testa.
Fraterno abraço, amigo!