The Economist: "Don't Panic!"

Acabou o pânico na economia mundial?
Onde está o medo com a gripe suína?

Os temores de uma pandemia por conta da gripe suína estão diminuindo, aliviando as preocupações relacionadas ao aprofundamento da crise financeira internacional. Contudo, isto não significa que o perigo acabou, revela análise da Economist Intelligence Unit, área de pesquisa da revista The Economist.

O estudo alerta para a extensão da propagação da doença ao redor do mundo e afirma que uma possível melhora apenas será vista conforme a confirmação de mortes atribuídas à doença, nos próximos dias ou até semanas.

Panorama Global

A OMS (Organização Mundial da Saúde) indicou na quarta-feira (6) um total de 1.893 casos confirmados de gripe suína em 23 países, com 29 mortes no México e duas nos Estados Unidos.

O governo do México já confirma 42 mortes, embora esta cifra seja três vezes menor quando comparada às estimativas de 150 ou mais fatalidades, o que gerou bastante preocupação a nível mundial.

Os números sugerem que o vírus, embora perigoso, tem uma taxa de mortalidade menor do que a projetada anteriormente.

Alívio?

A calmaria é momentânea, revela o estudo feito pela Economist Intelligence Unit. A propagação do vírus irá diminuir com o verão no hemisfério norte, para então ressurgir de forma mais violenta a partir do outono e do inverno, quando os riscos de contrair a doença são maiores.

Além disso, uma preocupação em particular está nas pessoas que foram infectadas pela gripe suína. Ao contrário de pandemias que ocorreram no passado e afetaram em grande parte as crianças e idosos com problemas crônicos de saúde, o vírus atual está afetando jovens e adultos saudáveis.

Mais problemas...

Outro temor está relacionado à mutação da gripe suína, o que poderá gerar novas doenças pela qual os humanos não possuem imunidade natural. A Economist Intelligence Unit alerta que o vírus gripal pode se transformar em diferentes variações cujos medicamentos atuais não são capazes de combater.

Portanto, a análise conclui que não há garantias de que uma pandemia não irá ocorrer. Quanto mais o vírus percorre o globo e eleva sua capacidade de mutação, maiores são as chances de se tornar mais letal.

Uma reportagem recente de um fazendeiro no Canadá que teve seu porco infectado pela gripe suína renovou as questões de que os animais não poderiam ser contagiados pelo vírus.

Para piorar!

Especialistas acreditam que uma pandemia em nível global é "inevitável" e que "tudo é apenas uma questão de tempo", informa a avaliação da Economist Intelligence Unit. A mistura do vírus da gripe normal, junto com a aviária e suína, é uma grande preocupação para os cientistas.

Não apenas isto, a propagação e a contração da doença de humano para humano também assusta aos médicos.

Estamos prontos?

Se uma pandemia é "inevitável", será que estamos preparados para combatê-la? A Economist Intelligence Unit afirma que, caso a gripe suína tome proporções maiores, a situação será "caótica".

Contudo, a medicina está melhor desenvolvida desde 1918 e os governos estão melhores preparados para mortes e emergenciais deste tipo. Apesar dos temores de resistência, as vacinas antigripais conseguem limitar os efeitos da gripe suína.

Reação

A resposta global para a epidemia atual tem sido rápida. Contudo, muitos governos reclamaram de medidas severas como quarentenas, embargos comerciais e restrições de viagens, além da queda no consumo de carne suína.

A Economist Intelligence Unit recomenda aos governistas para que "façam muito mais do que menos" em relação à epidemia atual, e estima que "se o vírus H1N1 não se tornar uma grande pandemia, uma próxima doença se tornará".

Fonte: The Economist

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