Fotografia: raros brasileiros que os brasileiros se orgulham, e...
Não fui capaz de imaginar que ainda haveria stalinistas. Consegui, porém, prever as reações de resistentes capitalistas. E também aquelas de quem odeia Marx porque era ateu e enxerga no marxismo um pecado mortal. E de quem se apressa a esclarecer que a afirmação da igualdade não pode tolher a ação de quantos almejam subir na vida.
Se permitem, vamos por partes. A igualdade tem como premissa a liberdade. Se falta esta, falta aquela. Para mim, ditaduras sempre acabam com perfil igual, ao menos na substância.
Sim, está claro que o regime soviético proporcionou grandes avanços e sob o ditador Stálin foi um dos dois principais vencedores da Segunda Guerra Mundial. Também perpetrou monstruosas chacinas, perseguições de inaudita ferocidade, crimes hediondos. Stálin eliminou um a um seus inimigos internos e teve em Beria um verdugo implacável.
Nada disso, no meu entendimento, é de esquerda. Aproveito para lembrar que o PCI depois de Togliatti tornou-se na prática um partido social-democrata, negou os dogmas e traçou uma via italiana para o comunismo.
Quando falo em igualdade, sonho idealmente com uma sociedade equilibrada, laica, republicana e democrática, justa na distribuição da riqueza e capaz de oferecer igualdade de oportunidade a todos.
É quimera? É possível, é provável. Tal é, porém, um projeto ética e politicamente irrepreensível.
Que Marx é um pensador importante e que acertou na visão do futuro de vários pontos de vista é do conhecimento até do mundo mineral.
De resto, inúmeras figuras históricas, inúmeros heróis, não acreditaram em Deus e praticaram o Bem antes do Mal.
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