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Citi eleva recomendação das ações da Sadia para compra, mas mantém preço-alvo
Revisando suas estimativas para a Sadia (SDIA4), os analistas do Citi elevaram a recomendação das ações da companhia para compra, mas mantendo o preço-alvo dos papéis em R$ 4,00.
De acordo com o banco, foi incorporada nas projeções a possibilidade de uma recapitalização, devido à grande dificuldade pela qual passa a companhia depois de registrar um prejuízo milionário com operações no mercado de derivativos cambiais.
Nesse sentido, os analistas estipulam três cenários distintos, sendo um deles mais pessimista.
1º - seria uma injeção de capital, que fortaleceria a estrutura financeira.
2º - seria uma fusão com outra empresa, fazendo com que a Sadia mantivesse as suas operações.
3º - engloba um cenário drástico, no qual a companhia não conseguisse levantar os fundos necessários, caso que a levaria a fechar as suas portas.
Como ainda existem grandes incertezas, projetar o exato impacto de uma injeção de capital é uma tarefa impossível, afirma o Citi. No entanto, conforme a sua metodologia de análise, o preço-alvo dos papéis deve ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,50 caso a operação se concretize.
Sardigão: por trás da alta, Citi recomenda ação e mercado especula sobre fusão
Destaque de alta na BM&F Bovespa, as ações da Sadia (SDIA4) operam com valorização de 6,5% em meio a rumores de que a compra pela Perdigão está próxima. Logo cedo, o Citi revisou os números e passou a recomendar os papéis.
Diante da chance de recapitalização, os analistas do banco estrangeiro divulgaram relatório nesta terça-feira (24) sugerindo aos investidores que adquirissem os ativos da companhia, que desde 2008 passa por dificuldades após perder com derivativos cambiais.
Mesmo sem mudar o preço-alvo dos papéis e enxergar muitas incertezas no futuro da Sadia, a equipe de especialistas ponderou ainda a possibilidade de ocorrer uma fusão, de forma a garantir a manutenção das operações.
Compra ocorrerá até sexta
Além da recomendação do banco norte-americano, a disparada nas ações remete ainda à matéria publicada pela Agência Estado, que afirmou que o valor da transação é o único detalhe que impede a compra da Sadia pela Perdigão.
Segundo uma fonte "muito próxima ao caso", o negócio só não foi concretizado porque existem dois valores sendo discutidos na negociação - um mantendo a presença das famílias Furlan e Fontana no grupo e o outro excluindo a participação das atuais administradoras.
O artigo publicado pela agência de notícias informa ainda que, para as elas saírem do processo de tomada de decisão, o preço pedido por ação foi de R$ 6. Para que elas continuem presentes na Sadia, o valor cai para R$ 4 por papel.
A Perdigão não está aceitando os termos propostos pela concorrente, dado o interesse de assumir a empresa sem ter os antigos administradores. As conversas sobre como resolver o impasse aumentaram muito nos últimos dias e há indícios de que a compra será anunciada até sexta.
Espaço pra mais um?
Além da negociação com a brasileira, o jornal ressaltou que a Sadia pode ser alvo de estrangeiros, que veem na marca a possibilidade de "entrar no Brasil pela porta da frente". O grupo tem a seu favor a presença em importantes mercados, o que estaria despertando o interesse da Tyson Foods.
A opinião do presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango, Francisco Turra, vai em linha com o publicado, ao reiterar a boa posição da Sadia no comércio internacional. "Eu percorri o mundo todo e vi que a marca está presente em todos os mercados".
Fonte: Agências de notícias e consultorias financeiras
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