Rio e SP Experimentam do próprio veneno
Jornalistas são assaltados e mantidos reféns em Paraisópolis
Um repórter e uma fotógrafa de uma revista de circulação nacional, segundo a Folha, foram mantidos reféns na comunidade de Paraisópolis, zona Sul de São Paulo, por 40 minutos, na noite de segunda-feira (23/02). Os jornalistas faziam uma reportagem sobre a vida dos moradores da favela quando foram assaltados. De acordo com a polícia, roubaram a câmera, celulares e os documentos dos jornalistas. A polícia registra roubo. Não dá informações de terem sido mantidos reféns, como informa a Folha com fontes adicionais.
Traficantes teriam abordado e roubado os jornalistas. Os criminosos deixaram os dois na Avenida Giovanni Gronchi, principal via de acesso à favela. Eles não sofreram violência física.
Conflito em Paraisópolis
Paraisópolis é a segunda maior comunidade da periferia de São Paulo. Em 02/02, foi palco de confronto entre moradores e a polícia. A prisão de Antonio Galdino de Oliveira, cunhado de Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), pode ter motivado o conflito. Ele foi preso no mesmo dia em que Márcio Porcino, morador da favela, foi morto sob suspeita de roubo.
A morte de Porcino e a prisão de Piauí geraram reação de parte dos moradores, que atearam fogo em carros e chegaram a fechar a Giovanni Gronchi, em protesto.
A PM protagoniza a Operação Saturação em resposta à manifestação. Desde 04/02, das 16.615 pessoas abordadas, os policiais prenderam 38 pessoas e 17 armas foram apreendidas.
Fotógrafo de O Dia morre baleado no Rio de Janeiro
O repórter-fotográfico do jornal O Dia André Azevedo, mais conhecido como André Az, de 34 anos, morreu após ser baleado e cair de sua moto, na Avenida Brasil, por volta das 19h desta quarta-feira (25/02). Ele retornava da sucursal em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para sua casa, no Rio de Janeiro. Az teria sido vítima de uma tentativa de assalto.
O fotógrafo foi atingido por três disparos no braço e no tórax, bateu na mureta divisória, caiu da moto e acabou atropelado por veículos que trafegavam na pista seletiva da Avenida Brasil, no sentido Zona Oeste.
Colegas de redação retratam Az como uma pessoa tranquila, sempre bem humorada, mesmo trabalhando num jornal diário, enfrentando situações perigosas.
A direção do jornal divulgou nota lamentando “a morte de seu fotógrafo André AZ, um ótimo profissional e colega. A direção da empresa está tomando todas as providências de apoio à família e cuidando, junto à Secretaria de Segurança Pública, para que as circunstâncias de sua morte sejam apuradas com rigor e rapidez”.
O corpo ainda não foi liberado e não há informações sobre o horário do sepultamento.
Fonte: O Dia Online.
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