Pérolas de um indivíduo

Os perigos de se ouvir um analfabeto em economia elementar

Parece piada, mas não é. Piolho Mainardi virou leitura obrigatória no primeiro ano do curso de Economia e Administração de uma das mais conceituadas instituições de ensino do país.

Sim. É exatamente isto, apenas com o adendo de servir como contra-ponto à correta interpretação das disciplinas elementares da aprendizagem das ciências econômicas.

Um respeitado professor de economia delegou uma tarefa a qual solicitava aos graduandos que pesquisassem na mídia artigos que discorressem sobre os perigos do analfabetismo econômico. Não deu outra: 80% da sala trouxe exemplos de como assuntos econômicos tratados por leigos, em revista de grande circulação, servem apenas como motivos de gargalhadas.

Após a correção dos trabalhos entregues pelos alunos, o professor não se conteve e fez questão de exibir o tal artigo em que, ao tentar espinafrar o governo ,o tal "analista" escancarou todo o seu analfabetismo econômico, sua preguiça intelectual e o desprezo para com a mais elementar das lógicas econômicas aceitas no meio acadêmico:

"Os perigos do analfabetismo econômico

Suponhamos que o governo simplesmente imponha um preço abaixo do que normalmente seria estabelecido pela natural intermediação de produtores e consumidores no mercado. É claro que não cabe falar em controle de preços quando o preço imposto é equivalente ao preço de mercado. Nesse caso, seria como se a medida não existisse. Mas ela teria os mesmos efeitos de uma medida estabelecendo preço abaixo do de mercado se ela também introduzisse o congelamento, isto é, impedisse que, entrando em ação causas para aumento de preço, os produtores os modificassem de acordo com essas causas.

O preço congelado, nessa situação, torna-se preço máximo, e o mesmo raciocínio se aplicará. A diferença é que, com a introdução de um preço mínimo, abaixo do preço de mercado, haverá um aumento da demanda; no caso do preço congelado, não haverá automaticamente um aumento de demanda, mas, quando ele acontecer, por algum outro motivo, os mesmos efeitos se produzirão. Vale lembrar, ademais, que o congelamento também produz preços mínimos, naqueles casos em que a queda na demanda levaria, normalmente, a uma queda nos preços, queda que é impossibilitada pelo congelamento.


É claro que, com o preço mais baixo, haverá um aumento na demanda. Mais pessoas poderão comprar aquilo que antes não podiam. Mas, ao mesmo tempo que há um aumento de demanda, há uma diminuição na oferta, simplesmente porque, com mais compradores interessados, o produto controlado tenderá a desaparecer mais rapidamente das prateleiras. E - e esta é a questão - essa escassez da mercadoria tenderá a perdurar, porque o decreto do preço máximo reduz a lucratividade relativa a ela, e desestimula os produtores a investir recursos adicionais na sua produção. Como não poderão aumentar os preços para equilibrar oferta e demanda, os produtores simplesmente não terão incentivos para aumentar a produção. Corridas desesperadas para chegar antes dos outros aos supermercados, prateleiras vazias, longas filas e racionamentos se tornam, então, parte normal da vida social, e, à margem do controle estatal, desenvolve-se um mercado negro, em que os preços flutuam livremente no qual é possível conseguir os produtos que desapareceram das lojas."

O artigo acima foi publicado pela figura nada respeitável abrigada numa revista, muito menos, em agosto de 2005 a respeito de o governo intervir ou não no estabelecimento de preços máximos ou mínimos, prerrogativa prevista em lei e aceita pelo mercado quando lhe convém, porém jamais implementada no mercado interno como predissera o matuto.

O fato é que entendo que alguém não seja capaz de aprender algo por dedução e que precise da experiência, ou que alguém não seja capaz de aprender por experiência e precise de alguma lógica; entendo até que, dado o baixo nível intelectual do indivíduo, um cretino de uma ou outra categoria assuma algum status intelectual.

O que não entendo é alguém não ser capaz de aprender nem por dedução nem por experiência, e ainda assim participar de debates em assuntos dos quais não demonstra a mínima intimidade - e, portanto, tentar influenciar decisões sobre a vida alheia.

Aí o sujeito em questão já se torna um cretino perigoso. Especialmente quando seu empregador é beneficiário de um patrocínio do governo paulista e, pretende aconselhar um suposto candidato de oposição que ostentaria cerca de 35% das intenções de votos, certo?

Errado. Na verdade, ele possui 35% de 50% pesquisado. Isto é, o candidato aludido possui, efetivamente, apenas 17,5%, das intenções de votos.

PANO RÁPIDO: Após apresentar o texto em sala o professor perguntou:

_ Alguém entendeu o que essa figura quis dizer?

Obteve uma sonora e estridente gargalhada de toda a sala. E para que aquilo servisse de exemplo a futuros estudantes de economia de como não passar por analfabeto econômico, o professor (bem humorado), fez uma cópia ampliada do artigo, emoldurou e pendurou naquela sala.

No ano seguinte, todos sabem o que aconteceu naquelas eleições presidenciais: o banho de votos que levou o candidato adversário. Portanto, não precisa ser nenhum Nostradamus para imaginar o que se dará em 2010.

Comentários

Anônimo disse…
O "mainardi" é ridiculo. Já vi algumas vezes na GNT, faz muitas caras e bocas posa de inteligente e nada diz. Abr.Yvy

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