O Deus Mercado, o Supremo e a Violência
Thomas Hobbes, pensador inglês, elaborou a teoria do contrato social, que, resumidamente, estabelece relações básicas entre as pessoas, objetivando impedir o que denominava de a guerra de todos contra todos. Mas o que nós, cidadãos do século 21, temos a ver com isso?O cenário social presente e a preocupação por seu agravamento futuro nos remetem aos pensadores e a suas contribuições teóricas. Fazemos isso pelo fato de que o modelo econômico ou a condução da política econômica, atrelados à ineficiência ou ausência de políticas públicas eficazes no combate aos problemas sociais, acarretam exclusão do mercado de trabalho e exclusão social.
Estarrecedoras têm sido as notícias que circularam na imprensa acerca dos altos índices de violência que assolam o País. Crimes brutais e outros delitos, cuja violência se faz em menor grau, têm causado traumas e indignação pela banalidade e impunidade com que ocorrem e são tratados. Exemplo da progressividade da escala da violência pôde ser observado na região da Grande Florianópolis, que computou mais de cem homicídios/ano, índice que preocupa e que faz vítimas potenciais todos os cidadãos que nessa área conturbada residem.
Noutro flanco, as penas por corrupção, desvio de dinheiro público e crimes afins, muito comuns no Brasil, com a conivência e complacência da instância máxima do arcabouço jurídico nacional (para não dizer conluio), deveriam ser muito mais severas. E é importante que o processo seja dinâmico, e, sobretudo, que o acusado e condenado devolva o que foi surrupiado. Além desses caminhos, aos apenados deveria ser atribuída alguma ocupação, como a qualquer trabalhador comum, já que no término da pena eles devem ser devolvidos à sociedade.
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