Violência no Futebol. Qual a solução ?

Juca Ksefouri: "dirigentes têm de ser punidos por incitarem violência"


Para Milton Neves,

A eterna violência do futebol fora de campo!

E mais uma vez os ânimos acirrados pelas diretorias no decorrer da semana causaram a fúria do torcedor em mais um clássico paulista.

Não dá mais para conviver com vândalos, que transformam o lindo e querido domingo de futebol numa praça de guerra.

Mas como resolver tudo isso?

E que saudades da tal época que se amarrava cachorro com linguiça…

Torcedor, qual sua séria sugestão para finalmente acabarmos com a violência de torcedores e com as imagens como as aí de cima?

Para Alberto Helena Júnior:

RIXA OU ATENTADO À VIDA?
O pau quebrou no Morumbi, no Mineirão, e, não fosse a intervenção providencial da polícia, a Rodoviária do Rio, depois do jogo do Maracanã, teria sido palco de batalha campal entre botafoguenses e flamenguistas.

E olhe que os três clássicos (São Paulo 1 x Corinthians 1; Cruzeiro 2 x Atlético 1; Botafogo 1 x Flamengo 1) quase não valiam nada do ponto de vista esportivo, a não ser o confronto de tradições.

O que sucede hoje em dia – há três décadas, pelo menos - é que o jogo em si passa ser absolutamente irrelevante para esses idiotas uniformizados. Eles querem é brigar, descarregar suas frustrações pessoais, seus preconceitos imbecis, sua profunda e irremovível ignorância, sua bestialidade, enfim, uns nos outros. A diferença clubística é apenas um pretexto, nada mais.

Então, basta extinguir de vez essas torcidas uniformizadas, dirá o amigo. O diabo é que, na atual legislação, isso é praticamente impossível, pois feriria um dos maiores avanços da humanidade – o direito de livre associação. Assim como as leis nesses casos de brigas de rua são lenientes, qualificando os infratores em rixa, não atentado à vida humana, como são, na verdade.

A única saída – ou ponto de partida para um complexo de medidas destinadas a acabar com essa relação futebol-violência – é criar uma legislação específica, que puna gravemente todos os envolvidos nessa bagunça generalizada e crônica.

Há já alguns anos, as autoridades chegaram à mesma conclusão, só que as medidas não saem de um longo e torturante estudo em comissões aqui e ali.

Já passou da hora de a turma desfazer esse nó, pô! (Enviado por: Alberto Helena Jr.)

Comentário: Fazia cinco anos que não ia a estádio de futebol por causa desses bandidos que se infiltraram nessas torcidas uniformizadas. Agem como adolescentes: sozinhos são umas belas, em grupo ficam umas feras.

Só assisto a jogos com predominância de uma só torcida. Não vou a clássicos, nem quando os times da capital jogam em mesmo horário e dia. É confronto na certa!

Como se acaba com isso? A questão social é clara e inequívoca. Há uma transferência das frustrações sociais para o estádio: o adversário passa a ser visto como um inimigo imaginário a se abater, machucar, matar.

Infelizmente, temos as piores perspectivas possíveis na solução da questão social. Quanto maior o abismo entre uma maioria pobre, desassistida, maior a violência não apenas no estádios, mas no seio da sociedade.

Não se combate a violência com mais violência por parte do Estado (aparelho repressivo da polícia), combate-se com inteligência, estratégia e melhores qualidades dos estádios.

É uma vergonha as condições que dão àquele que deveria ser o mais importante na apresentação de um espetáculo: o torcedor.

Assisti à magnifíca apresentação do Verdão contra o Real Potosi no Parque Antártica. Levei meu filho para assistir a uma partida de futebol pela primeira vez. Ele ficou emocionado, chegou a chorar no estádio de alegria e emoção. Assistir a um jogo é algo indescritível, emociona de fato.

Agora, há que se cuidar e zelar pelos verdadeiros torcedores e separar o joio do trigo. Torcer é uma coisa, badernagem é outra completamente diferente.

Acho que a diretoria do São Bambis está correta em diminuir a cota dos rivais em clássicos. Acho que essa é uma tendência irreversível. Corinthians, Palmeiras, Santos terão que fazer o mesmo, por questões de segurança e ponto final.

Acabou o romantismo no futebol. Por um lado é tratado como negócio, para sobreviver. Do outro, exacerbam-se as paixões irracionais de torcedores enraivecidos por sua condição social.

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