Spread do Brasil é o mais alto do mundo
deu na Folha
Ganho de banco no país é o mais alto do mundo
Levantamento do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostra que o "spread" bancário no Brasil equivale a 11 vezes a taxa média registrada nos países desenvolvidos, mostra reportagem de Denyse Godoy publicada na edição deste domingo da Folha.
O "spread" representa a diferença entre o custo do dinheiro captado pelo banco e o custo efetivo do empréstimo repassado ao consumidor. O estudo foi feito a pedido da Folha, que publica em sua edição deste domingo a reportagem com os resultados.
A média do "spread" brasileiro foi de 34,88 pontos percentuais em 2008, ante 3,16 pontos nos bancos de Primeiro Mundo. Mesmo considerando o grupo das nações em desenvolvimento, a diferença ainda é ampla: pelos cálculos do Iedi, a média simples das taxas de 62 países aponta para uma taxa de 6,55 pontos.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) contestou a metodologia do instituto, sob o argumento de que é impossível comparar "spreads" brutos. A Federação reconheceu que a taxa brasileira é alta, devido aos juros altos, escala limitada e dificuldades para recuperação de ativos.
Comentário: É um terrível engano imaginar que o alto lucro verificado nos últimos anos seja resultado apenas do poder financeiro que os bancos no Brasil exercem. Também o é em função de cinco fatores principais:
- alto spread cobrado nas taxas finais de crédito,
- altas tarifas cobradas junto ao consumidor,
- alta eficiência do setor (que soube se modernizar, fundir e fuder os funcionários para se tornar eficiente),
- baixíssima concorrência bancária e,
- sobretudo, um público-alvo desinformado, deseducado e alienado.
Eis a receita perfeita para resultados para lá de polpudos há mais de duas décadas.
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