Sinais da crise: Poupança fica negativa em janeiro

Poupança fica mais de R$ 480 milhões negativa em janeiro

Da Agência Brasil
Não há como negar, nem se deve brigar com os fatos. O volume de depósitos em caderneta de poupança no mês de janeiro, no valor de R$ 77,040 bilhões, foi menor do que o de retiradas – R$ 77,526 bilhões –, o que levou a captação líquida negativa de R$ 486,630 milhões.

A última vez que as retiradas foram superiores aos depósitos foi em outubro de 2008 (R$ 284,129 milhões). Os dados foram divulgados hoje (5) pelo Banco Central. Os rendimentos da poupança chegaram a R$ 1,647 bilhão no mês passado.

O relatório do Banco Central tem por base dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que destina recursos ao setor imobiliário, e da poupança rural.

Segundo o BC, os depósitos de poupança no SBPE chegaram a R$ 67,070 bilhões e as retiradas somaram R$ 67,971 bilhões, o que levou à captação líquida negativa de R$ 900,873 milhões.

No caso da poupança rural, os depósitos (R$ 9,969 bilhões) ficaram acima das retiradas (R$ 9,555 bilhões), o que levou à captação líquida positiva de R$ 414,243 milhões.

Os depósitos em poupança são atualizados pela Taxa Referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. A taxa usada é a do dia do depósito e o banco não pode cobrar pela manutenção da conta de poupança. Os valores depositados e mantidos por menos de um mês não são remunerados.

Banco Central muda página na internet para facilitar entendimento sobre spread

O Banco Central mudou hoje (5/fev) a forma de apresentação dos juros bancários em seu endereço eletrônico na internet, com o objetivo de “facilitar o acesso às informações pelo público não-especializado”.

A informação foi transmitida no início da noite de ontem (4/fev) pelo diretor de Administração do banco, Anthero Moraes Meirelles. Anthero Meirelles disse que a nova apresentação “oferece maior capacidade de análise”, se comparada às anteriores, que, de acordo com ele, eram mais extensas e complicadas para o público em geral.

Segundo ele, a página foi reorganizada de modo que o interessado possa identificar rapidamente a composição de juros dos serviços ou aplicações que procura, e com isso calcular também o spread médio fixado por cada instituição e fazer sua escolha. Apontado como maior responsável pelo encarecimento do crédito, o spread é a parte variável entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que cobram na concessão do empréstimo, aí incluídos impostos e a margem de ganho das instituições financeiras, responsáveis pelo elevado aumento dos juros finais ao tomador, de acordo com justificativa dos bancos.

O diretor do Banco Central lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou estudos à área econômica para ver o que pode ser feito de imediato para reduzir essa “cunha”. “Há expressa detrerminação do presidente para que a questão seja tratada com prioridade”, disse ele. O que pôde ser feito de imediato foi a facilitação de navegabilidade para que seja possível entender melhor os juros cobrados por cada instituição.

BC lança tabela para comparar juros de diferentes bancos

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira tabelas com as taxas de juros cobradas pelos bancos no cheque especial, crédito pessoal, financiamento de veículos e aquisição de outros bens, além de taxas específicas para pessoas jurídicas.

O objetivo é que os clientes possam identificar mais facilmente os bancos que cobram mais e os que cobram menos, aumentando a concorrência e contribuindo para a redução das taxas.

Segundo a Agência Brasil, órgão de comunicação vinculado ao Governo Federal, o diretor de administração do BC, Anthero Moraes Meirelles, acredita que a iniciativa ajudará o consumidor a calcular o "spread" médio (diferença entre o que o banco paga para captar recursos e o que cobra dos clientes) fixado por cada instituição para, assim, fazer sua escolha.

De acordo com o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), a taxa de juros do cheque especial chegou a 174,9% ao ano, em dezembro do ano passado, 36,8 pontos percentuais acima da taxa registrada em dezembro de 2007. Para pessoas jurídicas, a taxa média de juros fechou 2008 a 30,7% ao ano, 7,8 pontos acima do mesmo período de 2007, quando era de 22,9%.

Para as pessoas físicas, a alta é ainda maior. A taxa média de juros chegou a 58% em dezembro, 14 pontos a mais do que a taxa alcançada no final de 2007, quando era de 43,9%.

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