Pigs lutam por crédito e vida da moeda
Euro em xeque:
Após ratings cortados, Pigs lutam por créditoe vida da moeda
"A UE (União Européia) não é uma federação como os EUA, nem é uma mera organização de cooperação entre governos como as Nações Unidas. Possui, de fato, um caráter único. Os países que pertencem à UE continuam a ser nações soberanas e independentes, mas congregaram as suas soberanias em algumas áreas para ganharem uma força e uma influência no mundo que não poderiam obter isoladamente".
A afirmação consta no website oficial da instituição européia e sintetiza as principais funções do bloco. No entanto, com o agravamento da crise de crédito, a soberania individual se sobrepôs à congregação prevista, o que se traduz na preocupação atual de ministros da Europa sobre a maior dificuldade para os Pigs (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) obterem empréstimos nos mercados financeiros.
Spreads preocupam...
Tal discrepância entre os países se fundamenta nos crescentes gaps entre as taxas de juro a serem pagas por investidores em diferentes países do velho continente, ao passo que os spreads dos títulos públicos da Alemanha em relação aos de todos os Pigs atingiu o patamar mais elevado desde a criação do euro, datada de janeiro de 2002, o que coloca em xeque a continuidade da moeda única como forma de troca na região.
Explicitando a tendência pormenorizadamente, a diferença paga entre os títulos alemão e espanhol com prazo de 10 anos alcançou o valor mais elevado desde 1997, enquanto o spread em relação aos títulos italiano e grego, utilizando a mesma comparação com a maior economia da Europa, atingiu os patamares mais altos de doze e dez anos, respectivamente.
Talvez para elucidar os porquês dos spreads, vale lembrar que a agência de classificação de risco Standard & Poor´s rebaixou os ratings soberanos de longo prazo de Espanha, Grécia e Portugal, pela preocupação acerca de quão capacitadas essas economias estão para o pagamento de suas dívidas. Além disso, a instituição reduziu a perspectiva do rating da Irlanda, passando de estável para negativa.
...indicadores também
Partindo da premissa que a quadra enfrentará empecilhos para a obtenção de capital, as projeções da Comissão Européia sobre os orçamentos destes países não são nada animadoras. A instituição prevê desequilíbrio de 3,7% na Grécia, 6,2% na Espanha e 3,8% na Itália, ao passo que as estimativas para a Alemanha giram em torno de 2,9%.
Ainda no relatório, chama a atenção o fato dos Pigs lideraram negativamente diversas estimativas macroeconômicas. Quanto à Espanha, a projeção de que 16,1% de sua força de trabalho se encontrará desempregada no decorrer deste ano é a mais pessimista dentre as realizadas para as dezesseis nações que adotam o euro como moeda corrente, o que se traduz na baixa prevista de 3,9% no nível de emprego do país hispânico.
No tocante ao vizinho ibérico, ênfase à variação estimada negativa de 0,3% em seu PIB (Produto Interno Bruto) neste trimestre, em comparação com o patamar atingido pela economia portuguesa nos últimos três meses de 2008. Já para a Grécia, a projeção de recuo de 20% nos investimentos com bens de capital feitos durante este ano preocupa.
Por último, elevando ainda mais a dificuldade de obter crédito pela Itália, as estimativas da Comissão Européia apontam que a dívida bruta do governo representará cerca de 109,3% de seu PIB, o que deixa espaço para um possível rebaixamento de seu rating pela Standard and Poor's.
Mesmo com o resultado, o saldo acumulado no ano ficou negativo em US$ 47 milhões, segundo os dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) divulgados nesta segunda-feira (9). Este foi o maior superávit semanal de 2009.
Quanto às expectativas do mercado, a edição atualizada do relatório Focus aponta para um resultado positivo de US$ 14,0 bilhões em 2009. Para 2010, é previsto o mesmo valor.
Média diária diminui
De acordo com o MDIC, nos 26 primeiros dias úteis do ano, a média diária das exportações foi de US$ 481,8 milhões, valor 18,7% menor que o registrado no mesmo intervalo de tempo no ano passado.
Já a média diária das importações foi de US$ 483,7 milhões, o que corresponde a uma queda de 27,8% na mesma base de comparação.
* Por dia
Fontes: Agências de notícias e Analistas especializados de Corretoras Financeiras
A afirmação consta no website oficial da instituição européia e sintetiza as principais funções do bloco. No entanto, com o agravamento da crise de crédito, a soberania individual se sobrepôs à congregação prevista, o que se traduz na preocupação atual de ministros da Europa sobre a maior dificuldade para os Pigs (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) obterem empréstimos nos mercados financeiros.
Spreads preocupam...
Tal discrepância entre os países se fundamenta nos crescentes gaps entre as taxas de juro a serem pagas por investidores em diferentes países do velho continente, ao passo que os spreads dos títulos públicos da Alemanha em relação aos de todos os Pigs atingiu o patamar mais elevado desde a criação do euro, datada de janeiro de 2002, o que coloca em xeque a continuidade da moeda única como forma de troca na região.
Explicitando a tendência pormenorizadamente, a diferença paga entre os títulos alemão e espanhol com prazo de 10 anos alcançou o valor mais elevado desde 1997, enquanto o spread em relação aos títulos italiano e grego, utilizando a mesma comparação com a maior economia da Europa, atingiu os patamares mais altos de doze e dez anos, respectivamente.
Talvez para elucidar os porquês dos spreads, vale lembrar que a agência de classificação de risco Standard & Poor´s rebaixou os ratings soberanos de longo prazo de Espanha, Grécia e Portugal, pela preocupação acerca de quão capacitadas essas economias estão para o pagamento de suas dívidas. Além disso, a instituição reduziu a perspectiva do rating da Irlanda, passando de estável para negativa.
...indicadores também
Partindo da premissa que a quadra enfrentará empecilhos para a obtenção de capital, as projeções da Comissão Européia sobre os orçamentos destes países não são nada animadoras. A instituição prevê desequilíbrio de 3,7% na Grécia, 6,2% na Espanha e 3,8% na Itália, ao passo que as estimativas para a Alemanha giram em torno de 2,9%.
Ainda no relatório, chama a atenção o fato dos Pigs lideraram negativamente diversas estimativas macroeconômicas. Quanto à Espanha, a projeção de que 16,1% de sua força de trabalho se encontrará desempregada no decorrer deste ano é a mais pessimista dentre as realizadas para as dezesseis nações que adotam o euro como moeda corrente, o que se traduz na baixa prevista de 3,9% no nível de emprego do país hispânico.
No tocante ao vizinho ibérico, ênfase à variação estimada negativa de 0,3% em seu PIB (Produto Interno Bruto) neste trimestre, em comparação com o patamar atingido pela economia portuguesa nos últimos três meses de 2008. Já para a Grécia, a projeção de recuo de 20% nos investimentos com bens de capital feitos durante este ano preocupa.
Por último, elevando ainda mais a dificuldade de obter crédito pela Itália, as estimativas da Comissão Européia apontam que a dívida bruta do governo representará cerca de 109,3% de seu PIB, o que deixa espaço para um possível rebaixamento de seu rating pela Standard and Poor's.
Balança comercial tem saldo positivo de US$ 471 milhões na primeira semana do mês
A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 471 milhões na primeira semana de fevereiro, que teve cinco dias úteis. No período, foram registradas exportações da ordem de US$ 2,740 bilhões e importações de US$ 2,269 bilhões.Mesmo com o resultado, o saldo acumulado no ano ficou negativo em US$ 47 milhões, segundo os dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) divulgados nesta segunda-feira (9). Este foi o maior superávit semanal de 2009.
Quanto às expectativas do mercado, a edição atualizada do relatório Focus aponta para um resultado positivo de US$ 14,0 bilhões em 2009. Para 2010, é previsto o mesmo valor.
Média diária diminui
De acordo com o MDIC, nos 26 primeiros dias úteis do ano, a média diária das exportações foi de US$ 481,8 milhões, valor 18,7% menor que o registrado no mesmo intervalo de tempo no ano passado.
Já a média diária das importações foi de US$ 483,7 milhões, o que corresponde a uma queda de 27,8% na mesma base de comparação.
Mês | Export. (US$ mi.) | Média* (US$ mi.) | Import. (US$ mi.) | Média* (US$ mi.) | Saldo (US$ mi.) |
- 1ª Semana | 2.740 | 548,0 | 2.269 | 453,8 | 471 |
Fevereiro | 2.740 | 548,0 | 2.269 | 453,8 | 471 |
Janeiro | 9.788 | 466,1 | 10.306 | 490,8 | -518 |
Acumulado 2009 | 12.528 | 481,8 | 12.575 | 483,7 | -47 |
Fontes: Agências de notícias e Analistas especializados de Corretoras Financeiras
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