Bancário vai mal, Banqueiro continua Sensacional

Lucro líquido da Nossa Caixa mais do que dobra no acumulado de 2008
O BB Nossa Caixa (BNCA3) divulgou nesta quinta-feira (26) seus resultados referentes ao quarto trimestre e ao acumulado de 2008, ano em que seu lucro líquido mais do que dobrou em relação a 2007.

Já no quarto trimestre, o lucro da instituição financeira passou para R$ 50,9 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 14,5 milhões verificado no mesmo período de 2007.

O índice de eficiência passou de 63,58% para 59,12% na comparação anual. Vale lembrar que quanto menor este indicador for, melhor, pois menor será a parcela das receitas bancárias necessárias para cobrir os custos operacionais.

Balanço trimestral

(em R$ milhões)4T084T07Variação
Res. Bruto de Intermediação Financeira*821,6758,3+8,4%
Receita (despesas) operacionais(707,4)(752,4)-6,0%
Lucro (Prejuízo) Líquido50,9(14,5)-


Balanço anual

(em R$ milhões)20082007Variação
Res. Bruto de Intermediação Financeira*3.1492.937+7,2%
Receita (despesas) operacionais(2.857)(2.804)+1,9%
Lucro Líquido646,5303,1+113,3%
*Saldo entre as receitas e as despesas com intermediação financeira, incluindo provisões com crédito de liquidação duvidosa

Crédito
A carteira de operações de crédito do banco registrou crescimento de 12,2% no trimestre e de 47,6% no acumulado do ano. Além disso, a Nossa Caixa realizou a compra de carteiras de crédito de seis instituições financeiras no total deR$ 1,9 bilhão.

Descrédito

Sindicato cobra PLR, adicional e gratificação da Nossa Caixa
Os bancários querem que os valores sejam pagos pelo teto

Segundo informa o SPBancários, nos próximos dias, os bancários da Nossa Caixa começam a receber a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e seu valor adicional, além da gratificação variável. Embora o banco ainda não tenha divulgado seu balanço de 2008, o Sindicato está cobrando da Nossa Caixa o pagamento desses benefícios pelo teto.

A diretora do Sindicato, Raquel Kacelnikas, destaca que só nos primeiros nove meses do ano passado a Nossa Caixa acumulou R$ 596 milhões de lucro, valor 87,5% maior do que o mesmo período de 2007. “A saúde financeira do banco está excelente e o empenho e dedicação dos funcionários foram fundamentais para a construção desse resultado. Pagar 100% de PLR, adicional e gratificação é o mínimo que a Nossa Caixa pode fazer para valorizar os bancários”, comenta Raquel.

O banco ainda não respondeu se vai pagar os benefícios cheios, mas acenou com a possibilidade. A PLR e o valor adicional serão depositados no próximo dia 27, enquanto a gratificação variável será creditada no dia 2 de março.

Preparação para a luta Na semana passada, enquanto apresentavam as premissas do processo de fusão com o Banco do Brasil para o movimento sindical, os gestores da empresa foram cobrados pelos bancários da Nossa Caixa sobre as demandas do funcionalismo. Dois gestores disseram com todas as letras que para atender as reivindicações os empregados terão de mostrar força de vontade e mobilização.

“Ficou claro que para conseguirmos os avanços necessários teremos de lutar e equilibrar a correlação de forças. E lutar é com o pessoal da Nossa Caixa, que há anos tem brigado pelos seus direitos e para proteger o banco dos diversos ataques promovidos pelo governo de São Paulo. Então, vamos nos preparar e ampliar a mobilização”, diz Raquel.

A dirigente destaca que assim que tiver início o processo de negociação com o BB os bancários da Nossa Caixa serão avisados para acompanhar os debates de perto e esquentar a mobilização. “É importante que todos discutam com os colegas os problemas que enfrentamos no dia-a-dia para podermos pressionar na hora certa. O BB se comprometeu a estabelecer um diálogo muito maior do que houve com o pessoal do Besc e esperamos seriedade nas negociações. Caso contrário, vamos para o enfrentamento”, finaliza Raquel.

Banqueiros avarentos

Participação nos lucros: trabalhadores querem receber mais
Após anunciados novos recordes de lucros dos bancos, fica evidente: regra da PLR tem que mudar

São Paulo - O anúncio do lucro do Bradesco, segundo maior banco privado do país, abriu a temporada de divulgação dos balanços das instituições financeiras em 2008. De cara e apesar da tão apregoada crise financeira, o resultado é estrondoso: lucro líquido de R$ 7,620 bilhões, crescimento de 5,8% em relação a 2007. No Santander, lucro líquido de 2,8 bilhões de reais, crescimento de 3,7% se comparado ao ano anterior.

Diante de tal resultado e de acordo com o que foi conquistado pela Campanha Nacional, os bancários do Bradesco têm direito ao pagamento de 2,2 salários a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com teto de R$ 13.862. Até a campanha passada, os bancários tinham direito a no máximo dois salários, de acordo com a regra básica. Na sexta-feira, dia 6, receberam a segunda parcela, descontados os valores creditados no ano passado, que correspondeu a 45% do salário mais R$ 483.

Se por um lado os bancários do Bradesco receberam o teto da regra básica da PLR, ou seja, os 2,2 salários, por outro, o valor adicional não chegou a R$ 200, já que está condicionado à proporção de crescimento do lucro.

Acionistas – No Santander, o Sindicato quer negociar os critérios para o pagamento da PLR, já que o banco divulgou dois balanços: um contábil e outro gerencial. Uma das possibilidades, para o Sindicato, é que o Santander distribua entre os trabalhadores a PLR na mesma proporção dos dividendos pagos aos acionistas.

“O Bradesco é um exemplo de como a atual regra da PLR é injusta. O lucro cresceu, o banco está melhor e foram os bancários que fizeram esse resultado. Por isso temos que mudar a regra ainda no início deste ano para que uma parte maior do lucro seja distribuída aos trabalhadores”, afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.

“Queremos negociar novos parâmetros para o pagamento da participação dos bancários nos resultados dos bancos. Por que não pagar de acordo com a receita de prestação de serviços, onde estão as famosas tarifas, oriundas eminentemente do trabalho do bancário”, destaca o presidente do Sindicato. Para ter uma idéia, entre 2006 e 2007 a arrecadação com tarifas cresceu de R$ 41,9 bi para R$ 48,8 bi, aumento de 16,47%.

“Ao longo do mês de fevereiro serão divulgados os balanços de outros bancos e o Sindicato vai entrar em contato com as direções dessas instituições para dar início a um debate que leve a uma distribuição mais justa do lucro entre os trabalhadores desde já, ainda em relação a 2008, e para o ano de 2009”, completa Marcolino.

Colaborou: SPBancários



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