Gaza: Reminiscências

As vítimas da carnificina têm nome

Por volta das 2h40min do dia 1° de janeiro, bombardeiros israelenses atacaram com mísseis a casa de Nizar Rayyan, líder do Hamas – movimento eleito democraticamente pelos palestinos para dirigi-los -, no campo de refugiados de Jabalia, causando destruição maciça no campo e matando a 16 moradores, 11 dos quais eram crianças. Estes são os nomes das vítimas:
- 49 anos, Nizar Abdul-Qadir Rayyan;

- 40 anos, Nawal Ismail Rayyan;

- 46 anos, Hyiam Abdul-Rahman Rayyan;

- 45 anos, Iman Khalil Rayyan;

- 25 anos, Shirin Said Rayyan;

- 2 anos, As'ad Nizar Rayyan;

- 3 anos, Usama Nizar Rayyan;

- 3 anos, Aiysha Nizar Rayyan;

- 4 anos, Reem Nizar Rayyan;

- 5 anos, Halima Nizar Rayyan;

- 5 anos, Meryam Nizar Rayyan;

- 6 anos, Abdul-Rahman Nizar Rayyan;

- 12 anos, Abdul-Qadir Nizar Rayyan;

- 12 anos, Ayia Nizar Rayyan;

- 15 anos, Zainab Nizar Rayyan;

- 16 anos, Ghassan Nizar Rayyan;

As vítimas eram da mesma familia. 12 outras pessoas, dentre elas 5 crianças e uma mulher, ficaram feridas. Foram destruídas 10 casas e foram atingidas outras dezenas.
No mesmo dia, os bombardeiros israelenses atingiram a Mesquita Al-Khulafa, perto da casa de Rayyan, destruindo-a completamente e causando danos em dezenas de casas da área. Simultaneamente outra área foi bombardeada por três mísseis, no norte de Gaza, matando duas crianças. Seus nomes:
Oyoun Jihad Na-Naslah, de 6 anos, e seu irmão, Al-Muoíz.

Os aviões israelenses bombardearam um campo de refugiados na cidade de Al-Qarara, matando três crianças que brincavam numa casa. Seus nomes:

- Abdul-Sattar Al Astal, de 8 anos

- Iyad Abed-Rabu Al Astal, de 9 anos e seu irmão,

- Mohammed Abed-Rabu Al Astal, de 12 anos.

Esses alguns dos já mais de 400 vítimas da carnficina promovida por Israel. O direito à vida e a uma vida tranqüila parece valer somente para eles, não importando se assassinam friamente a crianças palestinas, cuja humanidade é desconhecida pela frieza dos números de vitimas. Para a imprensa, houve apenas a morte de um dirigente do Hamas. Mas se trata da longa lista de vítimas do novo holocausto, que agora tem a Israel como verdugo, como agente de crimes contra a humanidade.
Postado por Emir Sader às 11:37
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Transcrevo, agora, comentário de um leitor num blog caricatural de teses sifudistas, sobre a invasão israelita à faixa de Gaza:

Pergunta o jornalista(?) e filósofo Luis Milman:

“Por que os estados arábes não aceitaram a partilha?”

Ora, é para rir ou explicar de fato?

Uma potência colonizadora deixa seu território, ocupado por anos, mas antes de sair te avisa que você não é dono de sua casa, de sua cidade nem de sua história.

Sua terra pertencerá a outros e sua região, junto com sua história, raízes, cultura e outras coisas, não te dizem mais respeito.

Comunicam-te que, do outro lado do mundo, decidiu-se que deves partir ou morrer.

Comunicam-te que chegarão pessoas do todos os cantos do mundo para tomar posse do que é teu. Para tomar posse da terra que, só Deus sabe a quantas gerações, teus antepassados cuidavam e cultivam.

Alguns arábes até se perguntaram: mas o problema não era o Nazismo?

O Nazismo não foi derrotado? Então por que sair da Europa para vir até aqui?

E o sr. Milman ainda pergunta: Por que não aceitaram a partilha?

Bom, talvez porque não tenham sido consultados, ou porque não tiveram tempo de pensar no assunto? Já que grupos terroristas supostamente judeus (grupo terrorista Haganna, base do que seria depois chamado de exército de israel) já realizavam atentados na região antes mesmo da década dos 40, com o objetivo de expulsar ingleses e palestinos.

É necessário conhecer a história e contá-la como realmente ela aconteceu. Não como você gostaria que ela fosse.

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