Preços-alvo de bancos no mercado


Os números apresentados constam no relatório final elaborado pela Merryl Lynch em decorrência de estudos para incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.

O resultado já demonstrara o potencial de valorização das ações do setor bancário na relação entre preço atual x preço-alvo dos ativos, em base do valor de mercado:
Instituição / preço atual (p/ação) / preço-alvo (p/ação)

BB..................R$ 14.44......................R$ 28,20

Nossa Caixa....R$ 69.05......................R$ 44,60

Itaú................R$ 24,30.....................R$ 38,60

Bradesco........R$ 21.23......................R$ 39,20

Unibanco........R$ 13.66......................R$ 25,30

A análise dos preços atuais sugere as seguintes recomendações em carteira, observado horizonte de médio prazo:

Banco do Brasil: Expectativa de valorização acima do Ibovespa, com potencial de valorização de 95%.

Nossa Caixa: Expectativa de valorização abaixo do Ibovespa, com viès de desvalorização de 50%.

Itaú: Expectativa de valorização acima do Ibovespa, com potencial de valorização de 59%.

Bradesco: Expectativa de valorização acima do Ibovespa, com potencial de valorização de 86%.

Unibanco: Expectativa de valorização acima do Ibovespa, com potencial de valorização de 85%.

CONCLUSÃO: Mercado irracional

É comum ler analistas destacando que determinado ativo está barato, ou melhor, descontado em relação a seus fundamentos. Vale e Petrobras são duas ações frequentemente citadas. A onda de programas de recompra de ações é exemplo de que as próprias empresas consideram seu valor no mercado injusto.

No caso do Lehman Brothers, as ações chegaram a ser negociadas a valor inferior ao ativo imobilizado da empresa. Grosso modo, seus prédios e demais bens físicos valiam mais do que o mercado avaliava a companhia inteira.

Por aqui, entre tantos casos, dá para destacar o da Log-In. Em outubro do ano passado, a capitalização de mercado da empresa era de R$ 400 milhões. Na ocasião, a Log-In possuía R$ 194 milhões em caixa sem endividamento financeiro. "Alguém que comprasse hoje a empresa estaria pagando apenas R$ 206 milhões pelo negócio dela (logística), que apresentou um lucro líquido de R$ 38 milhões apenas no primeiro semestre", destacou a Gradual Corretora na época.

Os números da empresa têxtil Coteminas também referentes a 31 de outubro de 2008 são mais um bom exemplo. Na data, a empresa possuía um patrimônio líquido de R$ 1,468 bilhão, um capital de giro líquido de R$ 1,118 bilhão e um valor de mercado de R$ 378 milhões. Esse cenário dá origem a duas situações diversas. Na primeira, um comprador poderia pagar a empresa com seu capital de giro e ainda sobrariam R$ 740 milhões; na segunda, o comprador poderia adquirir a empresa, encerrar seu negócio, receber e pagar todos os compromissos, liquidar os ativos e, depois de tudo isso, ainda sobraria quase R$ 1,1 bilhão.

Não é quanto vale, é quanto pagam
Parte do sobe-e-desce das ações remete a casos de certa irracionalidade do mercado. Pagam pela ação muito mais ou muito menos do que seus fundamentos indicam, do que a empresa realmente vale.

Mas a crise é fator agravante. Não é novidade que há diversas opções baratas atualmente, o problema é que o mercado não mostra disposição alguma para comprá-las. Na crise, preço não é quanto vale, é quanto o mercado está disposto a pagar.


Apareceu e já virou pó

Mais recentemente, o caso do Citigroup é o que chama mais atenção nos EUA. Dois anos atrás, as ações valiam US$ 54,50. Na última quinta-feira (15), valiam US$ 3,40 - desvalorização de 93% frente ao pico de abril de 2007.

Não precisa ir muito longe. Quem assistiu à onda de IPOs de 2007 teve alimentado seu otimismo de ganhos exponenciais com o investimento em ações. Entre as muitas empresas que estrearam naquele ano, a Agrenco, por exemplo, começou cotada a R$ 10,40 e atualmente vale R$ 0,22. Em menos de dois anos, prejuízo de 97,9% ao acionista.

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