Obama: Os sete passos para estancar a crise
Sete passos são o que os EUA precisam para conter a crise, segundo MorningStar
Com a crise financeira internacional longe de seu fim, os Estados Unidos têm duas opções, de acordo com o diretor-associado de análise de renda variável do MorningStar, Matthew Warren. A primeira seria deixar o sistema voltar ao equilíbrio com intervenções mínimas do governo; a segunda, aplicar um pacote de planos de ação que se autoreforcem.
O mais importante, segundo Warren, é esquecer a rápida recuperação dos preços dos ativos e encorajar a transição mais sutil possível para o aumento das poupanças e da responsabilidade. E já que a primeira opção parece impossível, dado o caminho intervencionista tomado pela administração norte-americana desde o ano passado, a melhor escolha seria a segunda.
Para tanto, o MorningStar lista sete sugestões de como o governo norte-americano poderia lidar com a crise a partir de agora. "Eu acredito que esse pacote de ideias, combinado com um pacote de estímulo fiscal eficiente, facilitaria um ajuste ordenado dos mercados imobiliário e financeiro mais cedo do que poderia ocorrer", explica Warren.
1 - Fed deveria voltar a seu papel primário
De acordo com o diretor-associado do MorningStar, o Federal Reserve deveria parar de imprimir dinheiro e voltar ao seu papel de responsável pelas taxas de juro de curto prazo e de fornecedor de empréstimos de último caso. Isso porque os fundos recentemente impressos irão apenas inflar o preço dos produtos necessários, como commodities, e não aqueles de imóveis e carros.
2 - Matar os bancos zumbis
Considerando a dificuldade de alguns bancos em se manterem ativos sem a ajuda do governo, Warren vê a necessidade de acabar com essa situação, antes que essas instituições contaminem o restante do mercado financeiro e da economia. Para isso, é necessária uma combinação de competição agressiva de depósitos, empréstimos politicamente direcionados e subscrição de empréstimos de pequenas e médias empresas.
"Para conseguir isso, o governo deveria requerer aos auditores e reguladores padrões de contabilidade realistas a cada trimestre, para melhor refletir os valores subjacentes", informa o diretor. Para ele, um sistema financeiro mais cuidadoso ajudaria a reduzir a desconfiança.
3 - Separação entre good banks e bad banks
No caso das medidas anteriores levarem à falta de capital, os reguladores deveriam decidir quais bancos são bons e quais são ruins. Enquanto os good banks são instituições com ativos de boa qualidade e poder de lucro, os bad banks são o contrário: seu núcleo está muito podre para ser salvo.
Dessa forma, o Tesouro dos EUA deveria injetar capital nos good banks em troca de ações ordinárias que possam ser vendidas quando o mercado melhorar. Já os bad banks passariam ao controle do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), que asseguraria depositantes, credores e contrapartes, enquanto os acionistas seriam anulados. O banco iria a leilão e seus ativos podres ficariam sob a guarda do FDIC até o mercado melhorar, para então serem leiloados.
"Enquanto essa triagem de good/bad bank provavelmente levará a maiores quedas de ações de bancos marginais, um processo completamente transparente que termina com injeção de capital em bancos bons provavelmente iria aumentar a confiança depois do fato, diferente da atual charada de fingir que todos os bancos grandes ou bem relacionados politicamente são saudáveis", argumenta o diretor.
4 - Proteção aos credores
Nesse processo de acabar com os bancos zumbis, Warren considera essencial ao governo proteger os credores para prevenir uma piora do cenário. Se os financiadores enfrentarem grandes perdas durante o processo, a confiança diminuiria e o efeito dominó voltaria a ser uma ameaça, inclusive a bancos saudáveis.
5 - Governo deve evitar dizer aos bancos como emprestar
"Com os bancos nas mãos do governo mesmo que temporariamente, empréstimos politicamente direcionados estão facilmente ao alcance. O governo deveria evitar o máximo possível dizer aos bancos, públicos ou privados, como emprestar", alerta Warren. Para ele, isso significa evitar a alocação errada de recursos e a poluição do cenário competitivo.
6 - Manter a transparência das medidas
Para a instituição, um outro ponto crítico é dar transparências às ações do governo, principalmente sobre o processo de separação de bancos subcapitalizados em good banks e bad banks. "Todas as decisões precisam ser especificadas publicamente e em detalhes", exige Warren.
7 - Governo deve intervir no mercado imobiliário
Na perspectiva de piora do já deteriorado mercado imobiliário, com aumento das execuções hipotecárias e dos estoques de imóveis, a opinião do MorningStar é de que o governo deve intervir mais agressivamente nesse setor. Ao invés de medidas como a possibilidade de alteração de hipotecas de indivíduos com pedido de falência, a instituição sugere que o Tesouro utilize os recursos do governo para ajudar.
Warren levanta a possibilidade do órgão comprar o principal de indivíduos com problemas. Os elegíveis seriam os indivíduos que atualmente moram e pretendem continuar morando nos imóveis, bem como que conseguirem provar ter o poder de renda suficiente para terem chance de continuar detendo o imóvel, com a ajuda oportuna do governo. Especuladores e desempregados ficariam de fora, na concepção do diretor.
O mais importante, segundo Warren, é esquecer a rápida recuperação dos preços dos ativos e encorajar a transição mais sutil possível para o aumento das poupanças e da responsabilidade. E já que a primeira opção parece impossível, dado o caminho intervencionista tomado pela administração norte-americana desde o ano passado, a melhor escolha seria a segunda.
Para tanto, o MorningStar lista sete sugestões de como o governo norte-americano poderia lidar com a crise a partir de agora. "Eu acredito que esse pacote de ideias, combinado com um pacote de estímulo fiscal eficiente, facilitaria um ajuste ordenado dos mercados imobiliário e financeiro mais cedo do que poderia ocorrer", explica Warren.
1 - Fed deveria voltar a seu papel primário
De acordo com o diretor-associado do MorningStar, o Federal Reserve deveria parar de imprimir dinheiro e voltar ao seu papel de responsável pelas taxas de juro de curto prazo e de fornecedor de empréstimos de último caso. Isso porque os fundos recentemente impressos irão apenas inflar o preço dos produtos necessários, como commodities, e não aqueles de imóveis e carros.
2 - Matar os bancos zumbis
Considerando a dificuldade de alguns bancos em se manterem ativos sem a ajuda do governo, Warren vê a necessidade de acabar com essa situação, antes que essas instituições contaminem o restante do mercado financeiro e da economia. Para isso, é necessária uma combinação de competição agressiva de depósitos, empréstimos politicamente direcionados e subscrição de empréstimos de pequenas e médias empresas.
"Para conseguir isso, o governo deveria requerer aos auditores e reguladores padrões de contabilidade realistas a cada trimestre, para melhor refletir os valores subjacentes", informa o diretor. Para ele, um sistema financeiro mais cuidadoso ajudaria a reduzir a desconfiança.
3 - Separação entre good banks e bad banks
No caso das medidas anteriores levarem à falta de capital, os reguladores deveriam decidir quais bancos são bons e quais são ruins. Enquanto os good banks são instituições com ativos de boa qualidade e poder de lucro, os bad banks são o contrário: seu núcleo está muito podre para ser salvo.
Dessa forma, o Tesouro dos EUA deveria injetar capital nos good banks em troca de ações ordinárias que possam ser vendidas quando o mercado melhorar. Já os bad banks passariam ao controle do FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), que asseguraria depositantes, credores e contrapartes, enquanto os acionistas seriam anulados. O banco iria a leilão e seus ativos podres ficariam sob a guarda do FDIC até o mercado melhorar, para então serem leiloados.
"Enquanto essa triagem de good/bad bank provavelmente levará a maiores quedas de ações de bancos marginais, um processo completamente transparente que termina com injeção de capital em bancos bons provavelmente iria aumentar a confiança depois do fato, diferente da atual charada de fingir que todos os bancos grandes ou bem relacionados politicamente são saudáveis", argumenta o diretor.
4 - Proteção aos credores
Nesse processo de acabar com os bancos zumbis, Warren considera essencial ao governo proteger os credores para prevenir uma piora do cenário. Se os financiadores enfrentarem grandes perdas durante o processo, a confiança diminuiria e o efeito dominó voltaria a ser uma ameaça, inclusive a bancos saudáveis.
5 - Governo deve evitar dizer aos bancos como emprestar
"Com os bancos nas mãos do governo mesmo que temporariamente, empréstimos politicamente direcionados estão facilmente ao alcance. O governo deveria evitar o máximo possível dizer aos bancos, públicos ou privados, como emprestar", alerta Warren. Para ele, isso significa evitar a alocação errada de recursos e a poluição do cenário competitivo.
6 - Manter a transparência das medidas
Para a instituição, um outro ponto crítico é dar transparências às ações do governo, principalmente sobre o processo de separação de bancos subcapitalizados em good banks e bad banks. "Todas as decisões precisam ser especificadas publicamente e em detalhes", exige Warren.
7 - Governo deve intervir no mercado imobiliário
Na perspectiva de piora do já deteriorado mercado imobiliário, com aumento das execuções hipotecárias e dos estoques de imóveis, a opinião do MorningStar é de que o governo deve intervir mais agressivamente nesse setor. Ao invés de medidas como a possibilidade de alteração de hipotecas de indivíduos com pedido de falência, a instituição sugere que o Tesouro utilize os recursos do governo para ajudar.
Warren levanta a possibilidade do órgão comprar o principal de indivíduos com problemas. Os elegíveis seriam os indivíduos que atualmente moram e pretendem continuar morando nos imóveis, bem como que conseguirem provar ter o poder de renda suficiente para terem chance de continuar detendo o imóvel, com a ajuda oportuna do governo. Especuladores e desempregados ficariam de fora, na concepção do diretor.
Comentário: Pasmem, mas até a Globbels e seus aspirantes a medalhões se rendem às obviedades
Interessante observar que não citam, por exemplo, o caso das redes de distribuição Pão de Açucar, Carrefour, etc, que obtiveram no 4º trim/2008 aumento dos lucros em 17,8%, mas não convocaram seus funcionários para negociar aumento de salário ou redistribuição de lucros. Mas, quando ocorre o inverso, diminuição do lucro, aí choram e reduzem os salários dos trabalhadores. Diminuir seus gordos bônus, nada!
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