Água bateu na bunda, Meirelles começou a nadar

Ou desce os juros, ou pega o boné e se manda Mané!


Ato exige redução dos juros
Trabalhadores protestam na Avenida Paulista por redução de juros e preservação de empregos


"Estamos nas ruas para defender nossos empregos”

São Paulo - Redução drástica dos juros e do spread bancário para que haja mais crédito para ser investido na geração de empregos. Os trabalhadores, reunidos em ato em frente à sede do Banco Central (BC) na Avenida Paulista, deram esse recado aos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidem na tarde de hoje a taxa básica de juros, a Selic.

O ato promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, foi realizado em frente a sedes do BC ou do Ministério da Fazenda em todas as capitais brasileiras e em Brasília.

“Esse ato é muito importante. Não é só um debate pela redução da taxa de juros. Estamos nas ruas para defender nossos empregos”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, durante o ato que reuniu cerca de 300 trabalhadores. “Tivemos na última semana cerca de 400 demissões no Santander, outra centena no HSBC. Os banqueiros estão se aproveitando da crise para reduzir a categoria. Também se aproveitam da crise e a agravam quando não concedem empréstimo para as empresas, para os brasileiros”, afirmou Marcolino, ressaltando que a queda da Selic pode reduzir a dívida pública para ter mais recursos para a geração de empregos.

“O Copom tem que baixar os juros hoje e indicar tendência de queda para os próximos meses. No mundo inteiro as taxas estão caindo e no Brasil não pode ser diferente para que possamos retomar o crescimento.”

O diretor do Sindicato e secretário de Imprensa da CUT São Paulo, Daniel Reis, cobrou também o governo do estado. “Está na hora de baixar os juros e o governo do Estado também tem que agir fazendo investimentos voltados à produção.”

Sebastião Cardozo, presidente da Federação dos Bancários de São Paulo (Fetec/CUT-SP) e presidente interino da CUT estadual, questionou o formato do Copom. “Como podem tão poucas pessoas (presidente do BC, ministro da Fazenda, do Planejamento) decidirem sobre a riqueza da nação, sem levar em conta questões sociais fundamentais, como o emprego”, questionou o dirigente. O movimento sindical reivindica há anos a democratização dessas decisões, com a participação de representantes dos trabalhadores e do empresariado, inclusive.

Leia mais:
> Mercados têm que ser mais fiscalizados

Fonte: http://www.spbancarios.com.br/noticia.asp?c=10038
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Depois de ter seu cargo ameaçado por política monetária desastrosa e, pressionado pelas Centrais Sindicais que sairam às ruas para exigir corte do juro, COPOM se rende e reduz taxa Selic em 100 pontos.

É aquela história: quando a água bate na bunda, malandro começa a nadar para não morrer afogado.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na noite desta quarta-feira reduzir sua taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, passando de 13,75% ao ano para 12,75%. É o maior corte desde dezembro de 2003, quando o juro básico passou de 17,5% para 16,5%. Trata-se, ainda, da primeira baixa desde setembro de 2007.

BC inicia hoje ciclo de cortes enfáticos nos juros
A medida põe fim a um ciclo de alta que havia se iniciado em abril do ano passado, quando o juro básico subiu de 11,25% para 11,75%. O colegiado, no entanto, não foi unânime. O corte foi decido por cinco votos a três, sendo que os dissidentes defenderam uma redução de 0,75 ponto percentual. Muitos economistas se surpreenderam com a decisão.
A previsão dos analistas de mercado era de um corte de 0,75 ponto, segundo pesquisa realizada pelo próprio Banco Central com cerca de cem instituições financeiras. Apenas nos últimos dias ganhou força a aposta de alguns analistas de que era possível um corte de até 1 ponto.
Já os sindicalistas pressionavam por uma decisão mais agressiva do Copom. Durante a manhã desta quarta-feira, seis centrais sindicais, incluindo a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical fizeram uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, na frente do edifício do BC, reivindicando corte de 2 pontos na Selic.
'Flexibilização'
O Copom informou, em nota, que inicia um processo de "flexibilização da política monetária". "Avaliando as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 12,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,75 p.b. Com isso, o Comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, sem prejuízo para o cumprimento da meta para a inflação", diz a nota.
Quem decide os jurosO Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.
O Copom se reúne em dois dias seguidos. No primeiro dia da reunião, participam também os chefes dos seguintes Departamentos do Banco Central: Departamento Econômico (Depec), Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin), Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin).

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