Presente impactado e futuro incerto

Casa Branca: "Acordo conceitual" sobre montadoras foi alcançado

Segundo a Reuters, de WASHINGTON,

1- A Casa Branca informou nesta quarta-feira que o governo de George W. Bush e líderes do Congresso norte-americano chegaram a um "bom acordo conceitual" sobre o pacote de resgate às montadoas dos Estados Unidos.

Mas o vice-chefe de gabinete, Joel Kaplan, disse que ainda há "muitos rascunhos" circulando no Capitólio à medida em que os dois partidos trabalham nos detalhes finais.

"Fizemos um progresso significativo e temos um bom acordo conceitual", afirmou.

Ele acrescentou que um projeto final pode apresentar duas possibilidades às montadoras que receberem ajuda: reestruturação ou falência.

2- Petróleo nos EUA sobe com plano de corte da Arábia Saudita

Os futuros do petróleo bruto negociados nos Estados Unidos subiram nesta quarta-feira com os comentários de que a Arábia Saudita, segundo fontes de tradings, teria alertado compradores que faria reduções significativas de sua oferta em janeiro.

Os preços também tiveram alta devido ao enfraquecimento do dólar, mas uma redução do ritmo de alta em Wall Street no final da sessão limitou os ganhos do dia.

"As notícias de que a Arábia Saudita está cortando (a oferta) empurraram o petróleo para acima de 46 dólares", disse Tom Bentz, analista da BNP Paribas Commodity Futures Inc.

"A falta de continuidade nas vendas depois da mínima de 40,50 dólares de sexta-feira mostrou suporte técnico, amparada pela ansiedade com um esperado corte de produção da Opep e com a incerteza sobre o plano de ajuda às montadoras norte-americanas e de outros pacotes de estímulo econômico", disse Mike Fitzpatrick, vice-presidente da MF Global.

Investidores esperam que a Opep decida seu próximo corte de oferta em seu encontro no dia 17 de dezembro em Oran, na Argélia.

Os futuros da gasolina subiram com o petróleo, mas o óleo de aquecimento caiu com um aumento nos estoques e com as previsões de temperaturas mais altas na semana que vem no principal mercado para o produto, o nordeste dos Estados Unidos.

Na Nymex, o contrato janeiro do petróleo subiu 1,45 dólares, ou 3,45 por cento, para 43,52 dólares o barril. Na maior alta do dia, os futuros chegaram subir 4 dólares, para 46,17 dólares o barril, maior valor desde o dia 4 de dezembro. O menor valor do dia foi de 41,89 dólares.

Em Londres, o contrato janeiro do petróleo Brent subiu 87 centavos, ou 2,09 por cento, para 42,40 dólares o barril, sendo negociado entre 40,92 e 45,27 dólares.

3- Dólar cai quase 2%, com leilões do BC e bom humor externo

O dólar encerrou a quarta-feira em queda de quase 2 por cento frente ao real, seguindo o otimismo dos mercados acionários globais e após atuações do Banco Central.

A moeda norte-americana fechou cotada a 2,430 reais, em baixa de 1,74 por cento, após ter chegado a subir mais de 1 por cento durante a manhã.

"Na parte da tarde, o mercado (de câmbio) veio acompanhando as bolsas se valorizando lá fora, com os avanços do plano de resgate das montadoras (dos Estados Unidos)", observou Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento.

Após o anúncio de que a Casa Branca e líderes do Congresso dos EUA chegaram a um acordo preliminar sobre o pacote de resgate ao setor automotivo, as bolsas de valores norte-americanas subiam e eram acompanhadas pelo principal indicador da Bovespa.

Nobrega lembrou que os investidores esperam a decisão sobre a taxa de juro brasileira, que será divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ainda nesta quarta-feira.

Especialmente na parte da manhã, o dólar operou com forte volatilidade, potencializada por um baixo volume de negócios. Com pressões do mercado futuro e fluxo de saída apontado por operadores, a moeda norte-americana encontrou espaço para subir.

Nesse contexto, o Banco Central realizou dois leilões de venda de dólares no mercado à vista e vendeu cerca de 3 bilhões de dólares em um leilão de swap cambial tradicional para rolagem de contratos que expiram no início de janeiro.

O BC também anunciou uma nova pesquisa de demanda para medir as condições de mercado para um eventual leilão de swaps na quinta-feira, dando sequência à rolagem.

Ainda nesta sessão, o Banco Central divulgou que o fluxo cambial do país ficou positivo em 7 milhões de dólares nos cinco primeiros dias úteis de dezembro, após uma série de leituras negativas.

Em novembro, foi registrada saída líquida de 7,159 bilhões de dólares, a maior desde janeiro de 1999.

4- Bovespa atinge a maior pontuação em mais de um mês

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em forte alta nesta quarta-feira, subindo 2,73%, aos 39.004,4 pontos. É a mais alta pontuação do Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) em mais de um mês (em 4 de novembro, havia marcado 40.254,8 pontos).

O resultado teve forte impulso das ações de empresas ligadas a commodities, embora o vigor tenha diminuído no final do dia com a volatilidade dos mercados acionários nova-iorquinos.

Petrobras e Vale, carros-chefes do Ibovespa, estiveram entre as líderes de ganhos. De acordo com operadores, prevaleceu no mercado o otimismo com os planos do governo dos Estados Unidos para obras públicas e salvamento das montadoras, o que pode beneficiar empresas ligadas a matérias-primas.

As discussões entre parlamentares democratas e republicanos nos Estados Unidos sobre um plano de ajuda às montadoras de automóveis têm avançado.

Os mercados asiáticos fecharam em alta, refletindo o possível socorro americano aos fabricantes de automóveis,

5- Acreditando na recuperação, Gradual lista treze ações recomendadas na semana

A corretora Gradual divulgou sua carteira recomendada para a semana de 10 a 17 de dezembro, listando treze papéis que, segundo seus analistas, representam boas oportunidades de valorização no período.

No tocante às expectativas para os próximos dias, a corretora ressalta o plano de infra-estrutura nos EUA, anunciado pelo presidente recém-eleito Barack Obama, o que pode acarretar em recuperação das cotações no final do ano.

"Para capturarmos os ganhos desta possível alta, decidimos montar uma carteira um pouco mais arrojada para esta semana", afirmam os analistas.

Alterações em foco

Em relação ao portfólio anterior, a instituição trocou os papéis da Brascan, dada a forte valorização acumulada nos últimos pregões, pelos da MRV, beneficiada pelas linhas de crédito especiais do Estado a população de baixa e média renda - principal demandante de seus imóveis.

Além disso, a Gradual redistribuiu os pesos da Vale para a Petrobras, alocando cinco pontos percentuais da primeira para a segunda. A corretora ainda incluiu as ações da Iguatemi, ao passo que a elevada geração de caixa, com relativa estabilidade da receita do segmento shoppings, manterá os rendimentos da companhia em patamares favoráveis.

"Por fim, substituímos Telesp, Light e Kroton por B2W, BMF&Bovespa e Sul América, em linha com a estratégia adotada de elevação do beta da carteira", conclui a Gradual.

Comentário: Vale ressaltar e não esquecer que toda previsão de mercado é no fundo uma torcida para o sucesso de sua própria carteira, e não um prognóstico "imparcial" de comportamento dos mercados.

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