Il Caimano - I debiti di Berlusconi
Diretor italiano, Nanni Moretti, usa o cinema para discutir os anos Berlusconi e denunciar o risco que ele representou para a sociedade italiana.
Filme dentro do filme, “O Crocodilo”, do diretor Nanni Moretti, mais do que a denúncia dos crimes praticados pelo magnata da mídia e ex-premiê, Silvio Berlusconi, é uma homenagem ao cinema político italiano dos anos 60 e 70.
Não é por acaso que um de seus expoentes, Giuliano Montaldo interprete um diretor (Franco Caspio) às voltas com o falido produtor de filmes B, Bruno Bonomo, que o quer para ajudá-lo a conseguir financiamento para sua última produção.
Evoca, inclusive, o clima daqueles anos quando a Itália estava mergulhada em sucessivas crises de governo e denúncias de corrupção, com seus políticos envolvidos com a máfia.
Diversos diretores daquela época, alguns ainda ativos, retrataram esta época em filmes memoráveis: Elio Petri (“Caso Mattei”, “Investigação sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita) e Montaldo (“Sacco & Vanzetti”, “Giordano Bruno”), para ficarmos apenas em dois exemplos, entre tantos que poderiam ser citados.
Quem quiser se aprofundar neste assunto, basta ler “Cinema Político Italiano – anos 60 e 70 (*)”, que traz o perfil e a cinebiografia de seus principais diretores.
Moretti evoca-os ao narrar o caso do produtor Bonomo que falido, tenta se recuperar, produzindo um filme sobre Cristovão Colombo, com produção da RAI, a TV estatal italiana. Enquanto ele tenta manter sob controle o prestigiado diretor Caspio, como fiador de sua produção, as coisas andam bem.
Mas, como desgraça nenhuma anda desacompanhada; as negociações emperram, seu casamento com Paola (Margherita Buy), com quem tem dois filhos, entrou em crise e ele se vê na contingência de morar no escritório de seu estúdio cinematográfico.
Durante a exibição de sua última produção, a jovem cineasta Teresa (Jasmine Trinca) entrega-lhe o roteiro de um filme que não sabe do que se trata, pois não deu a mínima atenção à moça.
Filme homenageia cinema italiano dos anos 60 e 70
Enredos desta natureza já renderam grandes filmes, dentre eles “Assim estava escrito”, do ítalo-americano Vincent Minelli, sobre produtor que tenta se reerguer depois de sucessivos fracassos.
E não se constituiria nenhuma novidade, não fossem os problemas enfrentados por Bonomo, que, em crise pessoal e financeira, perde o apoio de Caspio e não tem mais um projeto de filme para que a RAI possa produzir.
Surge daí, a necessidade de, mesmo sem ler o roteiro de Teresa em profundidade, propor ao diretor da emissora (Antonio Catania) a produção de “IL Caimano” (O Crocodilo). Só que, despreparado para defender o projeto, ele termina por cair numa armadilha: o filme em questão é sobre o premiê Silvio Berlusconi, que, naquele momento, enfrenta processo por enriquecimento ilícito nos tribunais italianos.
''O Crocodilo'' se justifica pela forma com que homenageia o cinema italiano dos anos 60 e 70 e discuti o momento histórico do país, a partir dos desmandos de Berlusconi e da coalizão de direita que o manteve no poder. Uma ligação que evoca os tempos da democracia-cristã, das tramas subterrâneas, não muito diferentes, no entanto, das transações submersas do magnata das comunicações travestido de político.
Moretti o faz em flashbacks, denunciando a forma como ele, Berlusconi, enriqueceu, sua megalomania e seus tropeços verbais no Parlamento italiano. Em princípio, ele aparece apenas como uma projeção da leitura que Bonomo faz do roteiro, depois se transforma no pesadelo que não o larga mais. Realizar o filme se torna uma obsessão não só por sua necessidade de produzir a todo custo um filme para salvar sua produtora, como também para mostrar à família que continua sendo uma pessoa influente.
Diretor faz ataque frontal a Berlusconi
Moretti não poupa Berlusconi em momento algum. Mostra-o como alguém que acumulou poder em demasia (ele além de ter seus canais de TV, como premiê passou a controlar o poderoso sistema estatal de comunicação), não tem estatura, nem moral para exercer cargo de tamanha dimensão e, sobretudo, o faz em nome das forças conservadoras italianas, inclusive fascistas declaradas, aliadas ao governo Bush.
Não é demais lembrar que, quando da invasão do Iraque, ele foi um dos que a apoiaram, inclusive mandando tropas para Bagdá. Moretti o ataca frontalmente, sem escamotear seu nome, sua figura, que aparece desrespeitando a juíza que o interrogava. E se justifica, dizendo que nos EUA, os cineastas não têm receio em pôr o presidente em situações as mais diversas, dentre elas as de denúncias de corrupção.
Não bastasse isto, Moretti lançou seu filme durante a campanha eleitoral que terminou com a derrota de Berlusconi e a vitória de Romano Prodi, atual premiê. Muitos o acusaram de ter contribuído para isto. Pode ser. No entanto, falta a “O Crocodilo” o clima de filme político, a encenação em que as tramóias do personagem se mostrem obscuras, imorais, danosas à sociedade italiana, suas ligações com outras forças políticas, e o homem Berlusconi, fora da caricatura.
É o caso de “Cadáveres Ilustres”, filme dos anos 70, dirigido por Francesco Rossi, sobre a morte dos juízes responsáveis pelas investigações dos crimes praticados pelos políticos conservadores, que consegue reproduzir todo o clima político da época. Ele passa ao espectador a apreensão, os riscos que os juízes corriam, as dúvidas sobre a manutenção das instituições. Moretti apenas ataca Berlusconi, sem uma encenação que o mostre como o mal que realmente representou. Quando o faz é através de atores que não dão a exata dimensão do personagem, bufão, autoritário, escorregadio.
Talvez tenha lhe faltado o excepcional ator Gian Maria Volonté (“Caso Mattei”, “Investigação...”, “Giordano Bruno”, “Sacco & Vanzetti”, “A Classe Operária vai ao paraíso”) símbolo dos filmes políticos italianos dos anos 60 e 70, para dar a exata dimensão que o papel exigia.
Por ironia, ele é citado várias vezes por Marco Polici/Berlusconi (Michele Plácido), como um interprete digno de grandes papéis. Moretti mescla seus intérpretes entre atores-personagens que traem o tipo físico de Berlusconi, como se quisesse valer-se de uma interpretação brechtiniana, que, no entanto, reduz o impacto de suas ações. Sai-se melhor ao tratar da luta pela sobrevivência do cinema italiano, a partir das dificuldades de Bonomo.
Ator contribui para amenizar abordagem
Ajuda-o nesta tarefa a atuação do ator Silvio Orlando, frágil, às vezes, desastrado na abordagem de seus produtores e atores, mas humano na relação com a ex-mulher Paola, com os filhos e, principalmente, com a diretora estreante, imatura, Teresa.
Percebe-se que seus problemas como produtor é a mesma de seus congêneres terceiro-mundistas, que vivem longe da abastança hollywoodiana. Domina-o o idealismo, não o amor pelo cinema, que ele nem revela, sendo mais forte a necessidade de escapar às constantes arremetidas dos bancos credores. Ele, assim, não tem como escapar, ou faz o filme, mesmo que seja um ataque frontal a Berlusconi, ou perde a produtora e o respeito dos filhos pequenos.
Este é o dia-a-dia de dezenas de produtores brasileiros, latino-americanos, asiáticos e africanos. São os que fazem os filmes de baixo orçamento, que usam velhos atores ou estreantes, para continuar seus negócios. Uma crítica de Moretti, acertada por sinal, é a de mostrar que a RAI, TV estatal, sob o controle de Berlusconi, põe em risco a sobrevivência dos pequenos produtores como Bonomo.
Ou seja, a burguesia bloqueia a manifestação cultural e impõe seu monopólio em prejuízo de um ramo importante para a manutenção da identidade da sociedade italiana, no caso. Seria como se o presidente da Rede Globo, além do monopólio da área das comunicações tivesse ainda a presidência da República e, por extensão, o controle das TVs Educativas. A diferença é que, na Itália, cabe também a RAI o apoio à produção cinematográfica.
Berlusconi pôs em risco apoio ao cinema
O completo domínio de Berlusconi sobre as comunicações impedia qualquer manifestação democrática da arte e o acesso ao financiamento do Estado. Este o acerto de Moretti, que o faz em, no máximo, duas seqüências, mas o suficiente para se entender o risco que Berlusconi representava para as artes visuais italianas.
Mesclando estas discussões com o drama pessoal de Bonomo, Moretti tornou seu filme menos caústico, ajudado pela bela trilha sonora de Franco Piersanti. Silvio Orlando, atrapalhado, com o jeito carente, dá uma dimensão humana a Bonomo, em contraponto à arrogância e o desrespeito de Berlusconi para com o povo italiano. Com “O Crocodilo”, talvez Moretti tenha aberto uma porta para as discussões em tom maior dos problemas vividos por seu país e não apenas na arte cinematográfica.
“O Crocodilo” (IL Caimano). Itália/França, drama, 2006, 112 minutos. Roteiro: Nanni Moretti, baseado em idéia sua e de Heidrun Schleet. Música: Franco Piersanti. Direção: Nanni Moretti. Elenco: Silvio Orlando, Margherita Buy, Jasmine Trinca, Michele Plácido, Giuliano Montaldo, Jerzy Stuhr.
(*) Prudenzi, Angela, Resegotti, Elisa, Cinema político italiano – anos 60 e 70, Cosacnaify, Mostra, 2006.
*Cloves Geraldo, Jornalista
" O crocodilo": Berlusconi sob fogo
Filme dentro do filme, “O Crocodilo”, do diretor Nanni Moretti, mais do que a denúncia dos crimes praticados pelo magnata da mídia e ex-premiê, Silvio Berlusconi, é uma homenagem ao cinema político italiano dos anos 60 e 70.
Não é por acaso que um de seus expoentes, Giuliano Montaldo interprete um diretor (Franco Caspio) às voltas com o falido produtor de filmes B, Bruno Bonomo, que o quer para ajudá-lo a conseguir financiamento para sua última produção.
Evoca, inclusive, o clima daqueles anos quando a Itália estava mergulhada em sucessivas crises de governo e denúncias de corrupção, com seus políticos envolvidos com a máfia.
Diversos diretores daquela época, alguns ainda ativos, retrataram esta época em filmes memoráveis: Elio Petri (“Caso Mattei”, “Investigação sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita) e Montaldo (“Sacco & Vanzetti”, “Giordano Bruno”), para ficarmos apenas em dois exemplos, entre tantos que poderiam ser citados.
Quem quiser se aprofundar neste assunto, basta ler “Cinema Político Italiano – anos 60 e 70 (*)”, que traz o perfil e a cinebiografia de seus principais diretores.
Moretti evoca-os ao narrar o caso do produtor Bonomo que falido, tenta se recuperar, produzindo um filme sobre Cristovão Colombo, com produção da RAI, a TV estatal italiana. Enquanto ele tenta manter sob controle o prestigiado diretor Caspio, como fiador de sua produção, as coisas andam bem.
Mas, como desgraça nenhuma anda desacompanhada; as negociações emperram, seu casamento com Paola (Margherita Buy), com quem tem dois filhos, entrou em crise e ele se vê na contingência de morar no escritório de seu estúdio cinematográfico.
Durante a exibição de sua última produção, a jovem cineasta Teresa (Jasmine Trinca) entrega-lhe o roteiro de um filme que não sabe do que se trata, pois não deu a mínima atenção à moça.
Filme homenageia cinema italiano dos anos 60 e 70
Enredos desta natureza já renderam grandes filmes, dentre eles “Assim estava escrito”, do ítalo-americano Vincent Minelli, sobre produtor que tenta se reerguer depois de sucessivos fracassos.
E não se constituiria nenhuma novidade, não fossem os problemas enfrentados por Bonomo, que, em crise pessoal e financeira, perde o apoio de Caspio e não tem mais um projeto de filme para que a RAI possa produzir.
Surge daí, a necessidade de, mesmo sem ler o roteiro de Teresa em profundidade, propor ao diretor da emissora (Antonio Catania) a produção de “IL Caimano” (O Crocodilo). Só que, despreparado para defender o projeto, ele termina por cair numa armadilha: o filme em questão é sobre o premiê Silvio Berlusconi, que, naquele momento, enfrenta processo por enriquecimento ilícito nos tribunais italianos.
''O Crocodilo'' se justifica pela forma com que homenageia o cinema italiano dos anos 60 e 70 e discuti o momento histórico do país, a partir dos desmandos de Berlusconi e da coalizão de direita que o manteve no poder. Uma ligação que evoca os tempos da democracia-cristã, das tramas subterrâneas, não muito diferentes, no entanto, das transações submersas do magnata das comunicações travestido de político.
Moretti o faz em flashbacks, denunciando a forma como ele, Berlusconi, enriqueceu, sua megalomania e seus tropeços verbais no Parlamento italiano. Em princípio, ele aparece apenas como uma projeção da leitura que Bonomo faz do roteiro, depois se transforma no pesadelo que não o larga mais. Realizar o filme se torna uma obsessão não só por sua necessidade de produzir a todo custo um filme para salvar sua produtora, como também para mostrar à família que continua sendo uma pessoa influente.
Diretor faz ataque frontal a Berlusconi
Moretti não poupa Berlusconi em momento algum. Mostra-o como alguém que acumulou poder em demasia (ele além de ter seus canais de TV, como premiê passou a controlar o poderoso sistema estatal de comunicação), não tem estatura, nem moral para exercer cargo de tamanha dimensão e, sobretudo, o faz em nome das forças conservadoras italianas, inclusive fascistas declaradas, aliadas ao governo Bush.
Não é demais lembrar que, quando da invasão do Iraque, ele foi um dos que a apoiaram, inclusive mandando tropas para Bagdá. Moretti o ataca frontalmente, sem escamotear seu nome, sua figura, que aparece desrespeitando a juíza que o interrogava. E se justifica, dizendo que nos EUA, os cineastas não têm receio em pôr o presidente em situações as mais diversas, dentre elas as de denúncias de corrupção.
Não bastasse isto, Moretti lançou seu filme durante a campanha eleitoral que terminou com a derrota de Berlusconi e a vitória de Romano Prodi, atual premiê. Muitos o acusaram de ter contribuído para isto. Pode ser. No entanto, falta a “O Crocodilo” o clima de filme político, a encenação em que as tramóias do personagem se mostrem obscuras, imorais, danosas à sociedade italiana, suas ligações com outras forças políticas, e o homem Berlusconi, fora da caricatura.
É o caso de “Cadáveres Ilustres”, filme dos anos 70, dirigido por Francesco Rossi, sobre a morte dos juízes responsáveis pelas investigações dos crimes praticados pelos políticos conservadores, que consegue reproduzir todo o clima político da época. Ele passa ao espectador a apreensão, os riscos que os juízes corriam, as dúvidas sobre a manutenção das instituições. Moretti apenas ataca Berlusconi, sem uma encenação que o mostre como o mal que realmente representou. Quando o faz é através de atores que não dão a exata dimensão do personagem, bufão, autoritário, escorregadio.
Talvez tenha lhe faltado o excepcional ator Gian Maria Volonté (“Caso Mattei”, “Investigação...”, “Giordano Bruno”, “Sacco & Vanzetti”, “A Classe Operária vai ao paraíso”) símbolo dos filmes políticos italianos dos anos 60 e 70, para dar a exata dimensão que o papel exigia.
Por ironia, ele é citado várias vezes por Marco Polici/Berlusconi (Michele Plácido), como um interprete digno de grandes papéis. Moretti mescla seus intérpretes entre atores-personagens que traem o tipo físico de Berlusconi, como se quisesse valer-se de uma interpretação brechtiniana, que, no entanto, reduz o impacto de suas ações. Sai-se melhor ao tratar da luta pela sobrevivência do cinema italiano, a partir das dificuldades de Bonomo.
Ator contribui para amenizar abordagem
Ajuda-o nesta tarefa a atuação do ator Silvio Orlando, frágil, às vezes, desastrado na abordagem de seus produtores e atores, mas humano na relação com a ex-mulher Paola, com os filhos e, principalmente, com a diretora estreante, imatura, Teresa.
Percebe-se que seus problemas como produtor é a mesma de seus congêneres terceiro-mundistas, que vivem longe da abastança hollywoodiana. Domina-o o idealismo, não o amor pelo cinema, que ele nem revela, sendo mais forte a necessidade de escapar às constantes arremetidas dos bancos credores. Ele, assim, não tem como escapar, ou faz o filme, mesmo que seja um ataque frontal a Berlusconi, ou perde a produtora e o respeito dos filhos pequenos.
Este é o dia-a-dia de dezenas de produtores brasileiros, latino-americanos, asiáticos e africanos. São os que fazem os filmes de baixo orçamento, que usam velhos atores ou estreantes, para continuar seus negócios. Uma crítica de Moretti, acertada por sinal, é a de mostrar que a RAI, TV estatal, sob o controle de Berlusconi, põe em risco a sobrevivência dos pequenos produtores como Bonomo.
Ou seja, a burguesia bloqueia a manifestação cultural e impõe seu monopólio em prejuízo de um ramo importante para a manutenção da identidade da sociedade italiana, no caso. Seria como se o presidente da Rede Globo, além do monopólio da área das comunicações tivesse ainda a presidência da República e, por extensão, o controle das TVs Educativas. A diferença é que, na Itália, cabe também a RAI o apoio à produção cinematográfica.
Berlusconi pôs em risco apoio ao cinema
O completo domínio de Berlusconi sobre as comunicações impedia qualquer manifestação democrática da arte e o acesso ao financiamento do Estado. Este o acerto de Moretti, que o faz em, no máximo, duas seqüências, mas o suficiente para se entender o risco que Berlusconi representava para as artes visuais italianas.
Mesclando estas discussões com o drama pessoal de Bonomo, Moretti tornou seu filme menos caústico, ajudado pela bela trilha sonora de Franco Piersanti. Silvio Orlando, atrapalhado, com o jeito carente, dá uma dimensão humana a Bonomo, em contraponto à arrogância e o desrespeito de Berlusconi para com o povo italiano. Com “O Crocodilo”, talvez Moretti tenha aberto uma porta para as discussões em tom maior dos problemas vividos por seu país e não apenas na arte cinematográfica.
“O Crocodilo” (IL Caimano). Itália/França, drama, 2006, 112 minutos. Roteiro: Nanni Moretti, baseado em idéia sua e de Heidrun Schleet. Música: Franco Piersanti. Direção: Nanni Moretti. Elenco: Silvio Orlando, Margherita Buy, Jasmine Trinca, Michele Plácido, Giuliano Montaldo, Jerzy Stuhr.
(*) Prudenzi, Angela, Resegotti, Elisa, Cinema político italiano – anos 60 e 70, Cosacnaify, Mostra, 2006.
*Cloves Geraldo, Jornalista
Ironia Berlusconiana (da Il Caimano)
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