Resultado pífio da Nossa Caixa e lucro magistral do Banco do Brasil no 3º trimestre

O Banco Nossa Caixa encerrou o 3T08 com lucro líquido de R$ 69,8 milhões, apenas 17% do resultado obtido em 2º trim (R$ 411 milhões). Razões e motivações diretas para o pífio resultado são a péssima administração de recursos humanos, estratégia equivocada de negócios, táticas ultrapassadas de suas gerências regionais e execução desprovida de conhecimentos gerenciais nas unidades com o incremento do velho nepostimo que há 3 décadas dominam as piores práticas internas da instituição.

As Despesas Operacionais registraram R$ 294,7 milhões, sendo obtida pela redução de 52,2% das Despesas de Contingências Cíveis que totalizaram R$ 126,3 milhões.

As Despesas Administrativas, com total de R$ 671,7 milhões, foram superiores em 3,4% às do 2T08, impulsionadas principalmente pelo incremento de R$ 12,8 milhões nas despesas com
processamento de dados decorrente de atualizações implementadas no sistema de grande porte.

Operações de Crédito
A carteira de Operações de Crédito registrou crescimento de 8,5% no trimestre e de 31,5% no acumulado do ano. A evolução apresentada pelo Banco Nossa Caixa nesta carteira para estes
períodos foram superiores às registradas no Sistema Financeiro Nacional que apresentou
respectivamente evolução de 7,6% e de 22,7% .

Pagamento de Juros sobre o Capital Próprio
Em 24 de setembro de 2008, foi aprovado pelo Conselho de Administração o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio relativos à distribuição antecipada dos resultados do exercício de 2008, no valor de R$ 0,760549 por ação. Os pagamentos foram efetuados em 15 de outubro de 2008.

Performance das Ações – BNCA3
Ao final do 3T08, as ações do Banco Nossa Caixa – BNCA3, negociadas no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA, estavam cotadas a R$ 39,90 representando desvalorização de 3,6% no trimestre e valorização de 69,1% no acumulado do ano. A performance das ações foi bem superior à do índice Ibovespa que registrou desvalorizações de 23,8% no trimestre e de 22,5% no acumulado do ano.


BASE DE CLIENTES
Ao final do 3º trim, o Banco Nossa Caixa contava com 5,7 milhões de clientes, redução de 2,3% no trimestre.


GESTÃO DE PESSOAS
O Banco Nossa Caixa encerrou o 3T08 com 14.318 funcionários, dos quais 10.559 operacionais e 3.759 administrativos. Neste trimestre, houve 811 desligamentos e 421 contratações resultando em uma redução de 390 pessoas no quadro de funcionários do Banco em relação ao final do segundo trimestre de 2008.

Ressalte-se outro equívoco denominado "Cadastramento de Rede" promovido por sua direção em que, até o momento, não souberam esclarecer quais os critérios que originaram tamanha discórdia entre a expressiva maioria dos empregados, e a mais completa omissão do COREP, Conselho de representante de funcionários presidido pela esposa do dep. David Zaia.

Ativos

O principal indicador da saúde financeira de uma instituição apresentou redução de 1,05%, com retração de R$ 571,34 milhões em relação ao 2º trim. Ou seja, o Banco Nossa Caixa não vale o que o mercado diz que está valendo...

Patrimônio Líquido
Consequência direta do mau gerenciamento de seus recursos, também apresentou queda de 0,45% em relação ao 2º trim, com perdas de R$ 14,64 milhões.

Tratativas entre o acionista controlador do Banco Nossa Caixa e o Banco do Brasil Continuam as tratativas entre o Governo do Estado de São Paulo e o Banco do Brasil sobre a possível incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, em conformidade com o Fato
Relevante de 21 de maio de 2008.

Banco do Brasil desmente transação com a Nossa Caixa
O Banco do Brasil divulgou one, 12/11/2008, comunicado desmentindo informação publicada na imprensa hoje de que já teria teria concluído negociações para adquirir a Nossa Caixa pelo valor de R$ 7 bilhões.

"Reafirmamos, outrossim, que até o momento, não há decisão sobre aquisição de participação acionária em quaisquer instituições financeiras e que eventual decisão da administração sobre o tema será oportunamente comunicada ao mercado", diz o documento, assinado por Marco Geovanne Tobias da Silva, gerente geral de Relações com Investidores do banco.

Já o presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, afirmou nesta quinta-feira que a instituição segue interessada em crescer por meio de aquisições, mas ainda não concluiu as negociações com a Nossa Caixa.

"É humanamente impossível manter um banco deste tamanho crescendo apenas organicamente", afirmou a jornalistas após comentar os resultados do BB no terceiro trimestre. "Mas não queremos colocar para dentro qualquer coisa."

A Gazeta Mercantil traz hoje, 13/11/2008, matéria de capa na qual afirma:

Nossa Caixa pode custar um “Bradesco” ao BB
As negociações para a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil (BB) rendem especulações e muitas contas no mercado financeiro. Para a maior parte dos especialistas, o BB deve pagar um preço alto pelo banco estadual paulista. A medida de referência usada nos cálculos é a relação entre o preço e o valor patrimonial das ações.

Caso os rumores mais recentes se confirmem e a instituição seja adquirida por R$ 7 bilhões, a Nossa Caixa teria uma avaliação equivalente a duas vezes o patrimônio. Para se ter uma idéia, trata-se de um múltiplo superior ao do próprio BB e próximo ao de grandes bancos privados como o Bradesco, cuja ação é negociada a 2,1 vezes o patrimônio.

A rentabilidade da Nossa Caixa, porém, representa pouco mais da metade alcançada por BB e Bradesco. Ou seja, o banco deve pagar mais do que ele próprio vale no mercado por uma instituição que possui um retorno muito menor. E a baixa rentabilidade não deve ser revertida tão cedo, já que o balanço do banco paulista sofre um impacto trimestral de cerca de R$ 150 milhões, por conta da aquisição da folha de pagamento do funcionalismo estadual.

Tanto o BB como a instituição paulista divulgaram ontem o balanço do terceiro trimestre, o que trouxe ajustes a essa relação. Ficou claro e cristalino o processo de especulação financeira inflingido às ações das empresas envolvidas. Se, por um lado o BB teve seus papéis super desvalorizados, muito também por conta da crise financeira, a verdade é que nada justifica a super valorização dos papéis da Nossa Caixa, a não ser a manobra política que o governo paulista empreende.

Desde que anunciou a intenção de adquirir a Nossa Caixa em maio, os papéis do BB perderam metade do valor de mercado, a maior queda entre as principais instituições financeiras listadas na BM&FBovespa. Muitos investidores preferiram "mudar de lado", vendendo papéis do BB e comprando da Nossa Caixa com a perspectiva de conclusão do negócio

Lucro do Banco do Brasil cresce 37% no 3o trimestre
O Banco do Brasil teve uma alta de 37 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 1,867 bilhão de reais, impulsionado por salto na carteira de crédito.

No terceiro trimestre de 2007, a instituição financeira teve um lucro de 1,364 bilhão de reais.

A carteira de crédito total do banco - incluindo as carteiras interna e externa e prestação de garantias - atingiu 214,5 bilhões de reais. Pelo conceito fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a carteira ficou em 202,2 bilhões de reais, um aumento de 34,6 por cento em relação ao fechamento de setembro do ano passado, quando a carteira estava em 150,18 bilhões de reais.

Um dos destaques do avanço da carteira do BB foi o segmento de veículos. O financiamento para automóveis disparou 151,7 por cento, para 5,6 bilhões de reais.

A tendência deve continuar nos próximos meses, diante do crédito de 4 bilhões de reais que o banco ofereceu ao setor automotivo para combater a crise financeira que fez as vendas de veículos em outubro recuarem 11 por cento contra setembro.

No total, o crédito à pessoa física subiu 45,4 por cento, para 42,88 bilhões de reais. No segmento de pessoa jurídica, o crédito cresceu 42,7 por cento entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2007, para 85,16 bilhões de reais.
A carteira do agronegócio avançou 25 por cento, a 60,52 bilhões de reais.

PROVISÕES
Ao mesmo tempo em que o BB conseguiu aumentar sua carteira de crédito, as provisões também avançaram no trimestre.

De acordo com o balanço do banco, essas provisões subiram cerca de 11 por cento no terceiro trimestre, para 1,367 bilhão de reais.

O banco fechou os três meses encerrados em setembro com ativos totais de 444,702 bilhões de reais, crescimento de 26,5 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2007. Depósitos cresceram 33,6 por cento, para 230,05 bilhões de reais.

As captações no mercado aberto, que apesar de terem crescido 14,4 por cento na comparação com setembro do ano passado, recuaram 8,3 por cento em relação ao nível de junho deste ano.
O índice de retorno sobre patrimônio líquido médio (ROE), importante na medição da rentabilidade de um banco, ficou em 30,5 por cento no trimestre passado, uma melhora sobre os 26,3 por cento verificados no mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, o resultado bruto da intermediação financeira somou 3,579 bilhões de reais, queda ante os 3,85 bilhões de reais do terceiro trimestre de 2007.

O banco informou ainda que até setembro já havia negociado 1,5 bilhão de reais em carteiras de crédito consignado de outros bancos.

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