Navegar é impreciso?

Viver não é preciso.

"Deus, como a elite brasileira é burra."










Interpretou um poema lindo, repleto de informaçoes e reflexões, de forma estapafúrdia.

Imagino quantas retorcidas no seu túmulo não teria dado o poeta maior da lingua portuguesa, Fernando Pessoa, ao sentenciar:

Navegar é preciso
Interpretação equivocada: preciso = necessário
Interpretaçao requerida: preciso = precisão, exato, certo. O contexto evocado diz-se do sistema de navegação cuja precisão é inequívoca e necessária para expansão comercial portuguesa.

Viver não é preciso
Interpretação equivocada: não é preciso = não é necessário.

Ora, seria Pessoa entao um suicida?...bestas ignorantes.

Interpretação requerida: não é preciso = impreciso. Viver, diferentemente de navegar, é totalmente impreciso, mas absolutamente necessário. Sentido lato da palavra cuja raiz é pre-cisão.

Economizar é preciso

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que está montando um agressivo plano de dois anos para estimular a economia do país, alertando que são necessárias medidas imediatas para prevenir uma crise maior e uma espiral deflacionária.

Segundo a Ag Reuters, "Se não agirmos prontamente e audaciosamente, a maioria dos especialistas sabe que podemos perder milhões de empregos no próximo ano", afirmou Obama em pronunciamento para rádio e vídeo divulgado semanalmente pelo Partido Democrata.

"Corremos o risco de cairmos em uma espiral deflacionária que poderia aumentar nossa grande dívida ainda mais", acrescentou. Um dia depois de as bolsas norte-americanas terem subido devido à aparente escolha de Timothy Geithner como Secretário do Tesouro, Obama fez uma avaliação desanimadora da economia em seus comentários mais detalhados sobre o assunto desde a vitória nas eleições, em 4 de novembro.

Em outubro, Obama pediu um plano de incentivo de 175 bilhões de dólares, mas seus comentários para rádio neste sábado indicam que ele está preparando um pacote muito maior, embora não tenha falado em valores.

O presidente eleito afirmou que o plano estabelecerá uma meta de criar 2,5 milhões de empregos até janeiro de 2011 e será "grande o suficiente para lidar com os desafios que enfrentamos".

A proposta de um plano de estímulo com duração de dois anos indica um esforço relativamente grande para reanimar a economia do país. Esses tipos de planos, em sua maioria, são pensados para o prazo de apenas um ano.

O número de norte-americanos na lista do desemprego chegou ao maior nível em 16 anos, subindo em mais de 540 mil, informou na quinta-feira o Departamento do Trabalho. Dados do governo também previram piora no setor imobiliário.

"As notícias desta semana apenas reforçaram o fato de que estamos enfrentando uma crise econômica de proporções históricas," disse Obama.

Fontes do Partido Democrata afirmaram que Obama escolheu Geithner, o respeitado presidente do Federal Reserve de Nova York, para assumir a direção do Tesouro e ajudar a tirar os EUA da crise econômica.

De acordo com a NBC, Obama deve anunciar Geithner oficialmente na segunda-feira.
Obama, que assume a Presidência em 20 de janeiro, afirmou que orientou sua equipe econômica para elaborar uma proposta de estímulo e estimou que o Congresso, liderado pelos democratas, aprovará o plano rapidamente.

"Trabalharemos os detalhes nas próximas semanas, mas será um esforço nacional de dois anos para aumentar a criação de empregos na América e estabelecer os fundamentos para uma economia forte e de crescimento", concluiu.

Enquanto Isso...

Três dias depois da eleição presidencial, a General Motors admitiu que sua liquidez está quase esgotada e corre o risco de parar de operar até o início de 2009.

A empresa já rodava com o tanque baixo há tempos e a crise de outubro queimou sua reserva. Na manhã de 20 de novembro, seu valor de mercado chegou a cair para 1 bilhão de dólares, menos, em termos reais, que em 1938, no tempo da Grande Depressão.

Seus títulos com vencimento em 2033 e juro de 8,375% eram cotados a 17% do valor nominal, um juro efetivo de 49%. O risco de falência da Ford, avaliada em 2,3 bilhões à mesma hora (recuperaram-se, um pouco, depois de o Congresso acenar com a possibilidade de apreciar um empréstimo em dezembro), é menos imediato, mas também grande.

O pacote de 8 bilhões de reais do governo brasileiro para financiar a venda de carros no Brasil valia mais que as duas maiores montadoras de Detroit juntas. A Chrysler, companhia fechada, não consegue tomar empréstimos e parece ir quase tão mal quanto a GM. Em outubro, as vendas de veículos leves caíram, em média, 32% e a GM teve o pior desempenho no setor, uma queda de 45%.

Se a crise imobiliária e o preço da gasolina já obrigavam os consumidores a procurar veículos menos caros e de menor consumo de combustível, a debandada foi agravada pela sua financeira, que, ante a deterioração generalizada da confiança, elevou mais bruscamente que as outras as exigências para concessão de crédito, esquecendo-se de que não estava em condições de escolher clientes.

Apesar de sucessivas medidas de apoio desde as campanhas “buy American” dos anos 80, quando as montadoras japonesas começaram a surgir como sérias rivais no mercado estadunidense e foram pressionadas a limitar “voluntariamente” suas exportações, as Três Grandes de Detroit encolheram cada vez mais.

Em meados dos anos 80, detinham três quartos do mercado interno. Em 2008, pela primeira vez, mais da metade dos carros vendidos nos EUA são de montadoras estrangeiras. De quase 40% do mercado em meados dos anos 80, a GM caiu para meros 20%. Tradicionalmente a maior, também foi a que mais desperdiçou as oportunidades de modernizar-se para enfrentar o século XXI, por se apegar ao modelo que fez seu sucesso no XX – ou seja, o modelo estadunidense de sociedade de consumo.

O drama de Detroit

Há alguns meses, quando os sinais de crise financeira somente se insinuavam nos EUA, entre os analistas havia esperança de que seus efeitos se confinassem a Wall Street. Nem o mais pessimista poderia imaginar que a economia real do país fosse atingida da forma rápida e devastadora como agora se pode constatar.

O noticiário econômico mostra um cenário desolador para alguns setores da economia norte-americana, sobretudo aqueles de produção de bens de consumo onde o crédito é essencial para sua realização no mercado.

O caso do setor automobilístico é emblemático. No dia 18 de novembro, o líder da principal organização sindical dos EUA, a UAW (United Auto Workers), ao lado dos presidentes das montadoras GM, Ford e Chrysler, unidos pelo desespero, apresentaram-se diante dos congressistas norte-americanos para convencê-los a votar a favor de um pacote de ajuda de 25 bilhões de dólares em recursos públicos, indispensáveis para evitar a quebra dessas empresas.

Trata-se de um apelo pela sobrevivência das três grandes corporações automotivas e de toda sua cadeia de fornecedores e revendedores. A opção seria o pedido de falência, com riscos reais de desaparecimento das empresas no mercado. É essa a situação atual da maior economia do mundo.

A evolução da crise nos EUA tem demonstrado que os dogmas liberais acerca do papel do Estado na economia são uma ideologia para exportação. Em vez disso, o liberalismo lá funciona mais como uma conveniência a serviço do interesse nacional, e disso estavam muito cientes os empresários, sindicalistas e congressistas que se encontraram para discutir o bilionário socorro às montadoras com dinheiro do contribuinte.

À parte algumas manifestações teatrais de senadores contra o ineficiente e perdulário modelo empresarial de Detroit, a audiência evoluiu para uma situação em que o socorro não viria de forma incondicional, mobilizando as montadoras a apresentarem um plano de auto-salvação.

Qualquer que seja a saída honrosa, é difícil imaginar que autoridades possam largar as montadoras nacionais à própria sorte, sem ao menos uma tentativa de ajuda, após terem injetado centenas de bilhões de dólares para resgatar instituições do mercado financeiro.

As atenções então já se lançam ao cenário posterior ao socorro governamental às montadoras. É quase um consenso entre os analistas de que são escassas as perspectivas de recuperação do setor na conjuntura econômica que se projeta para o país no médio prazo. Em se confirmando essas previsões, a bilionária ajuda às montadoras terá sido um paliativo inútil e dificilmente haverá apoio dos contribuintes para investimentos públicos adicionais. Nessa adversidade, os editoriais converteram os sindicalistas da UAW numa espécie de erva daninha do liberalismo.

O país do “vire-se você mesmo para financiar seu seguro saúde e sua aposentadoria” sempre teve exceção no setor automotivo de Detroit, onde os trabalhadores acumulam acordos que hoje lhes garantem benefícios acima da média nacional, como assistência médico-hospitalar vitalícia.

Como contrapartida, esses benefícios acrescentam um custo extra, estimado em média 2 mil dólares, ao preço final dos veículos produzidos pelas três grandes montadoras, roubando-lhes competitividade no mercado.

Um aforismo da época da Cortina de Ferro dizia que o problema dos países socialistas era que lá a sociedade vigiava para que todos fossem pobres, em vez de todos ricos. Os debates nos EUA revelam que essa índole agora pertence ao homem capitalista norte-americano, pelo menos nas questões sociais. É o que se pode constatar pela fúria dos analistas e comentaristas contra os padrões assistencialistas conquistados pelos trabalhadores de Detroit. Parecem querer convencer a sociedade de que não haveria problemas com a GM, Ford e Chrysler caso a UAW não existisse, varrendo assim para debaixo do tapete as muitas apostas erradas dessas montadoras, cujos veículos incompatibilizaram-se com as necessidades do consumidor num momento de aumento de preços de combustíveis e de crise econômica.

Somente a precariedade das políticas sociais da maior economia do mundo explica o porquê dos trabalhadores de Detroit terem buscado proteção junto às suas empresas. As montadoras de Detroit assumiram responsabilidades sociais negligenciadas pelo Estado norte-americano e, sob esse ângulo, o estado falimentar em que se encontram pode ser interpretado também como a falência dessa política de omissão estatal.

A última campanha presidencial foi um indicador da crescente insatisfação popular com essa situação. Entre seus temas centrais, esteve a deficiente política nacional de proteção social, inclusive o extorsivo e inacessível sistema privado de seguro-saúde.

Quando passar a moda de apedrejar sindicalistas, essa controvérsia deve evoluir para um debate mais sério em torno das insuficiências do sistema de assistência social dos EUA. A eleição de Barack Obama gerou expectativas de compromissos sociais e o novo governo será cobrado pelos trabalhadores do país, e não somente pela turma de Detroit que contribuiu com sua campanha.

Ao expor as vulnerabilidades e contradições do modelo de capitalismo norte-americano, a atual crise econômica pode representar uma oportunidade para se encaminhar soluções de históricos problemas do país.

Fonte: Carta Capital

Comentários

Beleza,Tato. Descobri seu blog hoje,lendo Paulo Henrique Amorim. Gostei.Acrescento ao seu comentário sobre as classes dominantes brasileiras que além de burra, são mequinhos, cruéis, enfim,a escória do planeta.

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