Monitoria: Um teste de morte

Y Generation: Aprendizado deficiente despeja profissionais medíocres no mercado

Leon, esse desalmado andróide, parece que não apreciou muito a rotineira sessão de monitoria, conduzida pelo asnático analista de inconformidades  da Amoebas Corporation Bank's.

"Pesquisa aponta que recém-formados não conseguem apreender 
sequer os significados dos conceitos que são transmitidos em sala de aula. 
Quanto menos aplicar inovações em sistemas obsoletos"
(Neuza Abbud) 

Ao analisar o comportamento de universitários do curso de administração, a pesquisadora Neuza Abbud chegou à conclusão de que parte deles não consegue apreender sequer os significados dos conceitos que são transmitidos em sala de aula (Quanto menos aplicar inovações em sistemas obsoletos). A constatação, em especial visando o futuro ingresso desses alunos no mercado de trabalho, pode ser preocupante.

Segundo Neuza, pensadores e estudiosos consideram que executivos eficientes no mundo global devem revestir seu desempenho com atributos de empreendedorismo, criatividade e racionalidade técnico-científica, saber pensar na teoria e prática.

"Tais atributos são características essenciais para a concepção, execução e avaliação de inovações e descobertas, tanto no campo de projetos quanto no caso de produtos concretos", diz Neuza.

Ela completa: 
  • "Eles não têm independência para raciocinar e proceder em suas atitudes de forma lógica, porque estão condicionados a apenas reproduzir".

Detalhe: A especialista solicitou aos alunos que fizessem uma redação sobre temática que os conduzisse ao relato de atividades vinculadas ao curso, que eles empreendiam profissionalmente. Além disso, eles deveriam descrever as dificuldades e como viam a ligação desta atuação ao que foi aprendido no primeiro semestre do curso de administração.

"Qualquer palavra era o suficiente para que eu fizesse o aluno se perguntar sobre quanto do significado desta palavra ele realmente entendia. Por meio de perguntas e mais perguntas, o estudante era instigado a refletir em busca de uma resposta, confirmando, ao final, o que poderia vir a ser o tema do pré-projeto científico a ser estruturado com base no método científico", descreve Neuza.
  • "Os estudantes (da tão propalada geração Y) acabam emitindo opiniões do senso comum e não desenvolvem críticas ou raciocínios inovadores por ausência de argumentos que eles mesmos já tenham refletido a respeito", destaca.

Fonte: Infomoney

Comentários: É absolutamente visível a olhos nus, não havendo necessidade de nenhuma "lupa", para constatar que a mediocridade ativa de toda uma geração, presente em diversos nichos de mercado, permite prognosticar um futuro ainda pior, em termos de aperfeiçoamento e inovação em gestão empresarial. 

Sujeitos de ensinos deficitários são condicionados a replicar, tão somente, comportamento aprendido e não questionar erros nevrálgicos de sistemas. 

Num primeiro instante, isto pode até forjar alguma vantagem, em termos de gestão de pessoal, a quem remunera esse tipo de profissional (?). 

Mas a história ensina que, em médio e longo prazos, esses não apenas vão tolher talentos, como também ceifarão qualquer avanço (melhoria de resultados) da  própria organização social. 

A isto se chama risco sistêmico, por miopia - para não dizer cegueira - de formação.

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