Inflação: Brasil de Dilma do PT vive uma estagflação

O tormento da inflação
Economistas atribuem o aumento do custo de vida e o baixo crescimento a uma sequência de falhas da política econômica, a começar pela queda nos juros sem controle do gasto público.

"Especialistas apontam erros de política econômica do governo do PT 
que levam o país a viver uma estagflação - 
situação que combina  custo de vida em alta e baixo crescimento"

Inflação, quem te trouxe de volta?
Há pelo menos uma década, quando o Partido dos Trabalhadores assumiu o poder e os mercados não sabiam o que esperar, o assunto inflação não ganhava as ruas como nas últimas semanas.

Seja nas redes sociais, mesas de bar ou corredores de supermercado, a carestia está no centro do debate, sobretudo depois de ter estourado o teto da meta em março, quando bateu em 6,59% no acumulado de 12 meses, obrigando o governo a colocar a alta de juros de volta na agenda econômica.

O custo de vida corrói o orçamento das famílias por meio do tomate, da batata, do arroz, da farinha — alimentos indispensáveis ao brasileiro cujos preços dispararam e causaram a sensação de que o dinheiro está valendo pouco. Segundo analistas, foi o modelo de gestão adotado pelo governo nos últimos anos que empurrou o país para o atual cenário que combina inflação alta e baixo crescimento — no ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,9%. O fenômeno é chamado pelos economistas de estagflação.

A política leniente com a carestia, que defende que um pouco de inflação ajuda no crescimento, se mostra, na visão de especialistas, equivocada. O resultado da produção industrial e das vendas do comércio em fevereiro, que caíram de 2,5% e 0,4% respectivamente, mostra porque a alta generalizada de preços é, na verdade, perversa. Para os especialistas, ela tira renda de quem consome e confiança de quem investe. Sem investimento, o país perde produtividade e cresce pouco.

Segundo economistas, o atual quadro de inflação alta e baixo crescimento é resultado de uma sequência de falhas da política econômica. Os juros foram colocados no menor patamar da história — o que, em princípio, não é ruim — sem que houvesse controle do gasto público. Em 2012, mesmo maquiando os números, o governo não cumpriu a meta de superavit nas contas públicas, de 3,1% do PIB, e admite que também não vai fazê-lo neste ano. A política fiscal expansionista, combinada com juro baixo e crédito farto, gerou um volume de demanda que o sistema produtivo não conseguiu suprir.

No ano passado, quando o mundo vivia uma queda na oferta de alimentos e alta nas cotações de commodities, o governo permitiu que o dólar subisse, o que pressionou os preços dos importados. E, na tentativa de baixar as tarifas de eletricidade — objetivo, em si, também meritório —, o governo promoveu uma atabalhoada intervenção nos contratos de concessão de energia, que assustou o setor privado. Com isso, os investimentos terminaram o ano passado com queda de 4%, o pior desempenho desde 2009.

“Tudo isso pressiona a inflação”, constata Simão Silber, professor de economia da Universidade de São Paulo (USP). “O instrumento mais geral para segurar a inflação é a taxa de juros. Em segundo lugar, gerenciar melhor os gastos públicos, para eles não injetarem demanda adicional. É preciso ainda deixar de controlar o câmbio artificialmente. Do jeito que estão os fundamentos econômicos, tudo conspira para ter inflação elevada”, pondera.

Produtividade

Outro problema é a falta de qualificação da mão de obra, que fez os salários subirem muito além da capacidade produtiva dos trabalhadores e elevou custos para a indústria. Essa falha reduz a produtividade e tira a competitividade das empresas em relação a concorrentes internacionais. No Brasil, são necessários cinco trabalhadores para produzir o mesmo que um nos Estados Unidos.

A falta de capacitação é tamanha que, entre 144 nações avaliadas pelo Fórum Econômico Mundial, o país aparece no 116º lugar em educação, atrás de Chade, Suazilândia e Azerbaijão. Em ciências, Venezuela, Lesoto, Uruguai e Tanzânia estão mais bem posicionados que a bandeira verde e amarela, dona da 132ª posição.

Com a capacidade produtiva limitada, o caminho natural para suprir a demanda doméstica seria a importação. O governo, porém, impõe barreiras protecionistas, encarecendo os produtos estrangeiros. A justificativa da equipe econômica para manter o Brasil tão fechado ao exterior é a defesa do setor produtivo nacional. No entanto, o Planalto teme uma crise no balanço de pagamentos, que tem se deteriorado expressivamente nos últimos anos por conta do enfraquecimento das exportações.

Essas preocupações impedem o Brasil de se integrar a cadeias produtivas internacionais, o que se torna mais um elemento a tirar a capacidade de o país competir. “O Brasil tem condições de baixar a inflação e crescer se o governo atacar os problemas de competitividade. O que vai na direção de uma reforma tributária, de um programa de concessões de serviços públicos, de melhora na educação e da produtividade do trabalho”, alerta Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional e economista-chefe do banco J. Safra.

Na avaliação de Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, o Banco Central errou em 2011, quando obedeceu à presidente Dilma Rousseff e deu início ao processo que levou os juros para 7,25% ao ano — o menor patamar da história. “Agora ele está pagando a conta. Os erros estão vindo desde o segundo semestre de 2010, quando o BC deveria ter elevado a Selic, mas não o fez. Não é à toa que a inflação rompeu o teto da meta”, sentencia.

Ritmo lento
Diante do fraco desempenho das vendas do varejo e da produção industrial em fevereiro, o país encolheu 0,52% no mês, segundo dados do Banco Central. Com o resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano corre o risco de ser inferior a 1% e mostrar uma desaceleração frente ao último período de 2012.

O cenário preocupa o governo, que ainda vê o ritmo de expansão como gradual e aquém do desejado. Por isso, o Ministério da Fazenda está disposto a turbinar a economia com mais desonerações fiscais. Até o momento, a renúncia fiscal programada para o ano é de R$ 65 bilhões, mas o número pode ser maior caso a atividade continue a patinar. Para o Itaú Unibanco, o governo deve abrir mão do superavit primário. Em 2013, ele deve cair para 1,9% do PIB — em 2012 a economia havia sido de 2,4% — e para 0,9% em 2014.

Fonte: Correio Braziliense - 14/04/2013

Comentários: Produtividade da economia brasileira é esdrúxula, o governo petista é intervencionista - e não indutor - e a incapacidade de cumprir meta fiscal é fruto do aumento dos gastos públicos desnecessários em detrimento dos necessários investimentos que não foram feitos para fazer frente à crescente demanda impulsionada pelo incentivo ao consumo pelo viés do crédito e não do crescimento da renda per capita.

Faço minhas as palavras proferidas recentemente pelo ex-ministro das Comunicações do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros:
  • “Não só a gente não consegue acelerar o crescimento como há sinais preocupantes de desaceleração”, avalia. 
Na correta percepção do economista, "Dilma insiste em estimular o consumo quando o ponto de tensão é a produção". 

Não se atende demandas com discursos hipócritas ou promessas vazias, mas investindo em infra-estrutura, educação de qualidade e qualificação da mão-de-obra - tudo o que o PT não faz.

PT nunca mais.


Comentários

Unknown disse…
Incrível né, estamos estagnados há anos na educação, patinamos sem sair do lugar. Resultado de um governo despreparado que investiu na distribuição da miséria, na corrupção e na sua manutenção no poder, nada mais. Show Tato!

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