Consumo: O conto do carro fácil

CONSUMO DESINTELIGENTE
CARRO - UMA PAIXÃO NACIONAL - PAGUE TRÊS E FIQUE SEM NADA!

"Um carro pode depreciar até 40% em um ano. 
Em um crédito de 60 meses, os pagamentos do primeiro ano amortizam
apenas 10% da dívida"
(ABBC)

Direto da Redação do CT 


Muitos consumidores que compraram carro, motivados por farta propaganda [enganosa] que prometem belas paisagens e estradas vazias, somente quando chegam em situações-limite se dão conta da burrice que fizeram.

Ao tentarem vender o seu precioso bem (veículo) descobrem, pasmos, que o carro deprecia muito rápido e, devido à grande oferta, o valor de venda não é suficiente sequer suficiente para quitar a dívida contraída. E o salário está congelado.

Para resolver o problema, muitos consumidores têm tentado uma solução desesperada:
  • repassar o automóvel e a dívida a outra pessoa. Às vezes, no desespero, até de graça.

Após a exuberância do crédito fácil e abundante dos últimos anos, clientes com dificuldade financeira se desesperam ao perceber que não basta vender o carro para quitar o empréstimo. Os que mais sofrem são aqueles que optaram pelo financiamento de 100% do veículo. Um tremendo erro. 
  • "Um carro pode depreciar até 40% em um ano. Em um crédito de 60 meses, os pagamentos do primeiro ano amortizam 10% da dívida. Esse foi o erro que cometemos em 2010 e 2011. Reduzimos muito o juro, facilitamos demais as condições e, por isso, a inadimplência subiu", reconhece o a Associação Brasileira de Bancos (ABBC).

Em outras palavras: o erro foi permitir que o bem que garante o crédito passasse a valer muito menos que a dívida. A partir daí, a entrega do carro já não é suficiente para resolver o problema gerado por um calote. O quadro fica ainda mais preocupante em situações como a atualmente enfrentada pelo setor, de inadimplência recorde.

(Em base de informações da ABBC - Associação Brasileira de Bancos)

Comentários: Ué, mas que importância tem isso, bloguista vulgar? O importante é a satisfação imediata do desejo de possuir esta paixão nacional que tanto a mídia faz questão de colocar na cabeça do cidadão mediano. 

Não importa, evidentemente, a constatação de que, ao entrar nessas "facilitadas" linhas de financiamento, o contraente vai pagar dois - ou até três - bens ao longo do tempo, usufruir apenas um, por algum tempo, e ao final descobrirá que caiu no conto do carro fácil. Ficou sem o carro, sem o objeto de desejo latente e sem o seu rico dinheirinho. 

Viva o consumo febril.

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