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Mostrando postagens com o rótulo luiz gonzaga belluzzo

Belluzzo: Clássico da economia

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 A obra de Keynes, que atravessa o tempo, propõe a “ação jurídica e política do Estado” contra os efeitos negativos do darwinismo social.    "O amor ao deus [dinheiro] pode-se transformar  num tormento para o homem moderno" (Sir John Maynard Keynes) Por Luiz Gonzaga Belluzzo M ais do que um economista , Keynes era um publicista, um homem que pretendia falar em nome do interesse público e que acreditava no poder de persuasão das ideias. Para Maynard – assim o chamavam os discípulos de Cambridge –, o estudo da economia – uma ciência moral – só valia a pena como um meio para a realização dos valores que a sociedade moderna promete, mas não entrega aos cidadãos. Publicado em 1930 na revista Nation and Atheneum e republicado em 1931 nos Essays in Persuasion, o artigo As Possibilidades Econômicas de Nossos Netos pretendia superar o pessimismo que afligia os tempos da Grande Depressão. Tempos açoitados pela derrocada econômica, pelo desespero social e pela turbação po

Belluzzo: Nos embalos das "conquistas históricas"

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Economia e mídia   "Por que os economistas midiáticos defendem com tanto ardor um sistema falido? Porque eles são pagos pelos bancos"  (Bertrand Rothé ) Por Luiz Gonzaga Belluzzo (*) P rofessor da escola de economia de Paris, Bertrand Rothé abre seu artigo na revista Marianne com uma pergunta: por que os economistas midiáticos defendem com tanto ardor um sistema falido? Ele responde: porque eles são pagos pelos bancos. Um tanto rude, a resposta. Mas Rothé mata a cobra e mostra o pau. Diz o economista que, em 10 de agosto, o jornal Le Monde publicou no caderno Debates 22 depoimentos de especialistas na matéria. Nesse grupo de sabichões, 16 (76,6%) são ligados a instituições financeiras. A promiscuidade vai longe. Anton Brender, reputado economista da esquerda francesa, hoje diretor de estudos econômicos do Dexia Asset Management usou duas páginas do Nouvel Observateur para concluir que “não são os mercados que estão em causa, mas a impotência política.” A

Mercado de Trabalho: O Desafio da Concorrência

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Há hoje no Brasil cerca de cinco milhões de estudantes universitários. A economia tem crescido lentamente nos últimos vinte e cinco anos, criando poucos empregos de qualidade. Numa época de inflação de diplomas, só os muito bem formados alcançam o sucesso profissional.  O Professor Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, fundador da FACAMP e da UNICAMP, reconhecidamente um dos maiores economistas brasileiros, analisa a situação do mercado de trabalho.   Como está a situação do mercado de trabalho? LGB – Todos hoje têm consciência de que o mercado de trabalho está muito competitivo. Milhares de jovens profissionais saem todo ano em busca do primeiro emprego. E há poucos empregos de qualidade sendo oferecidos. Pode-se dizer que o vestibular para o mercado de trabalho é muito mais difícil do que o vestibular para a entrada no ensino superior? LGB – Sem nenhuma dúvida. Só os melhores entram com o pé direito no mercado de trabalho e têm perspectivas de êxito profissional. E não só

Entrevista: Belluzzo diz que BC fornece "milho ao bode"

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 BC fornece "milho ao bode", d isse Luiz Gonzaga Belluzzo Da maneira como foi anunciada, isoladamente, a taxação do capital externo para aplicações em renda fixa e ações não é um remédio adequado para evitar a sobrevalorização do real. Essa é a opinião do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Em entrevista ao jornal Foia da Chuiça ,  ele criticou duramente o Banco Central por não tomar, ao lado do que decidiu o Ministério da Fazenda, medidas adicionais para segurar o câmbio. "O ministro Guido Mantega [Fazenda] usou corretamente o único instrumento do qual dispunha para lidar com o problema, que é o IOF. Medidas adicionais deveriam ter sido tomadas pelo Banco Central." Segundo Belluzzo, o BC deveria operar no mercado futuro, por meio da exigência de margens maiores nas operações de mercado futuro, o que coibiria a especulação. Além disso, segundo ele, deveria instituir uma política de compra de dólares minimamente racional e inteligente, que se anteci

Belluzzo e os náufragos das anedotas e champanhotas

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Contra-corrente                                                                              Saudades das quarteladas Por Luiz Gonzaga Belluzzo   N o episódio hondurenho , as classes dominadoras e bem falantes do Brasil varonil retiraram seus coturnos do armário e enfiaram a botas num pântano semântico. As tormentosas trapalhadas com o significado das palavras marcaram os comentários, pronunciamentos e conexos a respeito “da remoção compulsória e involuntária de Manuel Zelaya do exercício das funções presidenciais”. Aqui me arrisco a mimetizar as cautelas nativas que perambulam entre o “quase golpe”, golpinho, governo de fato, governo provisório. Essas são apenas algumas, entre tantas teratologias semânticas banhadas no caldo da hipocrisia genética e generalizada da turma do andar de cima, outrora chamada, nas colunas sociais, de anedota e champanhota. Desde a transição democrática de meados dos anos 80, esse povo anseia pelo desfecho da desperança sem muda

Economídia: Belluzzo e os espíritos de porcos

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Eleições e mídia, tudo a ver Por Luiz Gonzaga Belluzzo E u estava na ante-sala de uma médica, em Salvador. Sábado, dia 29 de agosto. E apenas por essa contingência, dei-me de cara com uma chamada de primeira página – uma manchetinha – da revista Época , já antiga, de março deste ano de 2009: A moda de pegar rico – as prisões da dona da Daslu e dos diretores da Camargo Corrêa. Alguém já imaginou uma manchete diferente, e verdadeira como por exemplo, A moda de prender pobres? Ou A moda de prender negros? Não, mas aí não. A revolta é porque se prende rico. Rico, mesmo que cometendo crimes, não deveria ser preso. Lembro isso apenas para acentuar aquilo que poderíamos denominar de espírito de classe da maioria da imprensa brasileira. Ela não se acomoda – isso é preciso registrar. Não se acomoda na sua militância a favor de privilégios para os mais ricos. E não cansa de defender o seu projeto de Brasil sempre a favor dos privilegiados e a favor da volta das po

Economia: Belluzzo e a lista dos cães que não ladram

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Deu no Valor Econômico Recriminações tar dias Por Luiz Gonzaga Belluzzo Em um de seus posts no site do Financial Times , o economista Willem Buiter apontou as armas da crítica na direção das autoridades encarregadas de supervisionar e regulamentar os sistemas financeiros nos últimos 30 anos. Buiter detona o processo de criação e operação de um sistema financeiro "intrinsecamente disfuncional, ineficiente, injusto e regressivo, vulnerável a episódios de colapso", um exemplo de "capitalismo de compadres", sem paralelo na história econômica do Ocidente. "É uma questão interessante, para a qual não tenho resposta, saber se os que presidiram e contribuíram para acriação e operação [desse sistema] eram ignorantes, cognitivamente e culturalmente capturados ou, talvez, capturados de forma mais direta e convencional pelos interesses financeiros". Buiter lista as personalidades envolvidas na administração da economia americana e seu desempenho na avaliação dos ris

Economia: seminário debate a crise mundial com especialistas no assunto.

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Nesse seminário não tem leitoas nem sapatonas. Só tem feras Participe>> http://www.seminariocarta.com.br/ Comentário: Quando se trata de economia, não há espaços para amadores como mirians, márcias ou reginas. Em vez de ver, ouvir ou ler cópias mal feitas de homens é preferível aprender um pouco mais direto na fonte do conhecimento. Como dizia aquele outro filósofo grego, que passou uma temporada no nordeste brasileiro e morreu na regional sul do país: " Se é pra ter mulheres masculinizadas no poder, melhor que se tenha homens humanizados, afinal toda mulher-macho é um homem mal-acabado e sujo. "