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Mostrando postagens com o rótulo crônica

Rádio Peão: A dois passos do paraíso

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 Foto Ilustrativa: Rádio Peão Direto da Caixa Postal O Clipping do Tato , após receber dezenas de centenas de milhares de e-mails, resolve tornar público o que segue.  Pelo que se subentende, trata-se da transcrição de um programa de rádio comunitária em remota área de Belas Minas. Lembramos que o conteúdo da missiva eletrônica é de total responsabilidade de seu(s) idealizador(es) produtor(es): "A Radio Peão 'ZYJ 171' operando em 1921 Mega Hertz, anuncia que estão para ser abertas três novas agências de Publicidade Corporate em SP, duas na capital e uma em Campinas. Este locutor que vos fala tem esperança que sejam abertas novas unidades também em Belos Montes - MG, pois morro de saudades de minha altaneira terra natal. Esta última meia hora da nossa programação teve o patrocínio do Blog do Tato - O arauto do deserto. Um blog cavernoso e vulgar, porém limpinho. Fique claro. São 15:55h. Nossa programação segue e o ouvinte Jack Bauher oferece a música "A DOIS PA

Frei Betto : Nós, os burros

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NÓS, OS BURROS Aluno, em 1964 , do curso de jornalismo, ficava a Escola, no Rio, próxima ao aterro do Flamengo, então um canteiro de obras. Ali pastavam animais de carga. Um grupo de colegas, no qual me incluía, não suportava o tom laudatório do professor Hélio Vianna, ao se referir ao marechal Castelo Branco, seu cunhado, e primeiro a ocupar a Presidência em nome da ditadura.  Decidimos pregar-lhe uma peça. Sequestramos um burro no aterro e o enfiamos na sala de aula. No corredor do andar de cima, ficamos a observar a reação do professor de história. Hélio Vianna entrou na sala e, para a nossa decepção, ali permaneceu em companhia do muar, durante 50 minutos. Dado o sinal, retirou-se impassível, sem demonstrar contrariedade ou queixar-se à direção. Deu mais trabalho fazer o burro descer do que subir os degraus da faculdade. Na semana seguinte o episódio parecia mergulhado no olvido. Hélio Vianna entrou em classe e - novo desaponto - não nos passou nen

Crônica: O Homem de Nazaré e os outros homens

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O Homem de Nazaré e os outros homens Quadro A Santa Ceia - Da Vinci A s escavações de Nazaré , ao revelarem uma casa da época de Cristo – que pode ter sido a da família de Jesus – mostram a pobreza daquele tempo, em que os romanos afirmavam seu império sobre a Palestina, com seus soldados e Herodes. Somos tentados, ao examinar as circunstâncias históricas, a definir Jesus como um homem político, mas, para isso, temos que escoimar a expressão, tão maculada ela se encontra. A política, e essa reflexão nos serve nestas horas brasileiras, como servia em Jerusalém, é a mais importante das ações humanas, e todos nós devemos praticá-la, como Cristo a praticou contra o Império. Vivendo em comunidade, tudo o que fazemos, e tudo o que deixamos de fazer, interfere no todo. Na política, como na física, podemos recorrer à famosa teoria do caos, de Edward Lorenz, e do efeito borboleta (dela intuído, embora de forma lateral). Assim como o bater de asas de uma borboleta, no Pacífico, pode deter